6. Sentença

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Então, uma semana depois, tive vontade de mata-la novamente.

Estávamos no meu prédio, e ela dormia profundamente sobre meus lençóis, usando apenas aquela calcinha preta sexy. Fui até a cozinha e retornei com uma corda e um celular nas mãos.

Jamais me senti tão inválido e diabólico como naquele instante.

Eram quase duas da manhã, e eu a havia pedido em noivado naquela noite, na calçada da praça após um dia cansativo de trabalho para ambos.

Imagine só? Uma rainha e um condenado as minas?

Eu não podia submetê-la, e mesmo quando ligava para a polícia queria matar-lhe.

- Mas ela conseguiu afinal – disse o advogado – Conseguiu sobreviver a você.

- Sim – concordei – E agora está livre.

Por dentro minhas entranhas pareciam água, logo, barragem.

- Sabe, contou sobre Dália, mas e quanto as outras duas garotas?

- Anya foi minha primeira namorada, tínhamos dezessete anos quando nos conhecemos no último ano da escola. Ela era muito doce, meiga e descobri que meu pai gostava dela por um motivo especial. Então a sufoquei na nossa piscina em um final de semana e joguei o corpo dela no lago do parque estadual e Mandley. Para todos os efeitos ela nunca havia chegado a minha casa.

- E quando a Tessa?

- Tessa era divertida, mas era esperta demais para o próprio bem. Bêbado confessei o quanto minha vida era desgraçada o que a deixou desconfiada. Outro dia ela entrou no meu quarto em um apartamento e encontrou fotos suas, na rua, em casa. Havia um mural demoníaco dela, seus olhos entregaram que me denunciaria no mesmo instante em que saísse, então cortei-lhe a garganta com uma tesoura e levei seu corpo em um saco até o lixão.

Damiano engoliu em seco e tirou os óculos:

- A quanto tempo foi?

- Dois anos antes de Dália.

- Como consegue dormir a noite senhor Gregório Owen?

- Nem sempre durmo.

- Está contente pela liberdade de Havannah ou mudaria de ideia se a visse novamente?

- Jamais nos veremos novamente. Sou culpado e não tenho remorso suficiente para ser merecedor dela, a única de coração puro e gentil, e que meu amou sem que eu oferecesse nada, nada em troca eu repito.

- Poderia um sociopata amar alguém ou ser amado senhor?

PREDADORWhere stories live. Discover now