Ato 2: Torcendo pela morte

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Alguns dias se passaram desde que Tay e Arm finalmente se estabilizaram com a nova vida namorando, mesmo que de mentira. O de fios negros, se acostumou rápido com o apartamento caro e a vida luxuosa que Tay carregava.

Para Tay as visitas frequentes à delegacia, já que, de alguma forma, seu namorando era um ótimo detetive e na maioria das vezes acabando por atrair muitos olhares sobre si. Por outro lado, Arm demorou um pouco a aceitar que sim, ele e o mais baixo estavam próximos o suficiente para sentir a liberdade de puxar e beijar Tay em frente aos paparazzis que lhes seguiam.

Se acostumar com a popularidade do loiro não estava sendo uma tarefa fácil, e agora que haviam descoberto seu paradeiro no departamento de homicídios, não poderiam parar de lhe importunar mais com perguntas frequentes de como se conheceram ou então pedindo entrevistas.

Às onze e trinta e dois em ponto, Arm estacionou o carro de maneira torta na entrada de um dos hotéis mais chiques de Londres. Ao seu lado, Tay suspirou, vendo que não era tão legal assim quanto imaginou ser o ambiente de trabalho do moreno.

— Você que pediu para vir comigo.

— Eu só queria vivenciar um dia de trabalho como detetive também. - O aloirado revirou os olhos, arrancando uma risada baixa do detetive, e os dois caminharam em direção a piscina do hotel.

Macau já estava lá com o resto da equipe, metade de seu corpo estava dentro da piscina junto com a vítima; uma garota, seminua, com a saia manchada de sangue e as costas rasgadas de forma que podia-se ler um recado.

"Estou observando vocês."

— A água destruiu quase todo o DNA. Novamente, não temos muita coisa. - Macau suspirou, agarrando-se a borda da piscina para sair de lá. Tirou as luvas de látex e colocou uma ficha na mão de Arm.  — Jovem tailandesa, 21 anos, aparentemente saudável. Era líder de torcida do time de basquete da escola que frequentava, conhecida pela maioria dos estudantes, pobre garota.

— Causa da morte? - Arm perguntou sem tirar os olhos da ficha, pouco se importando quem ela era.

— Insensível. Bom, apesar de ter perdido muito sangue por causa do... você sabe, o recado não muito amigável ali... a causa da morte foi por afogamento. Não há sinais de luta, preciso terminar a autópsia no laboratório, mas é bem óbvio que foi homicídio. - Limpou as lentes dos óculos e os colocou no rosto. — Foi morta entre às duas e quatro horas da manhã.

Tay tentava não olhar para o cadáver, mas era quase que inevitável. Agachou perto da beirada, tentando reconhecer a garota.

Ele conhecia muitas pessoas, ué.

Nada.

— Quem encontrou o corpo? - Perguntou Tay.

O - médico legista - novo amigo de trabalho de Arm, já havia se acostumado com o namorado do mesmo já que Tay frequentava à delegacia diariamente.

— Como vai Tay? E respondendo sua pergunta, o time inteiro de basquete. Vieram dar um mergulho depois da festa que confraternizavam na cobertura do hotel quando se depararam com o corpo da líder de torcida na água. - Macau olhou para o detetive em seguida. — Tem uns quinze jogadores para interrogar, sem falar nos colegas de classe, o
trabalho vai ser grande.

— Huh, que pena, isso vai estragar totalmente os planos que eu tinha para hoje. - O loiro sorriu com o comentário sarcástico de Arm e balançou a cabeça negativamente. — E o aviso? Foi feito com o quê?

— Pelo corte, foi feito por uma faca de cozinha bem afiada. O assassino não se preocupou em usar algo
mais.. hollywoodiano, como lâminas especiais e blá blá blá.

Crossroads | ArmTayOnde as histórias ganham vida. Descobre agora