Capítulo 9

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Pov Callie.

Já tinha se passado quase 2 meses desde que a Arizona havia se internado, dois meses dela em coma ainda.

Sofia chorava todo santo dia, ela ia no quarto de Arizona, deitava em sua cama e chorava, eu acabava indo atrás dela e não aguentava também,  e no final dormia as duas alí.

Uma vez ou outra eu sonhava com a Arizona chegando no quarto e acordando nós duas, ou só a mim, mas eu sabia que era consequência do cheiro do seu travesseiro, eu não havia conseguido trocar a fronha ainda.

Hoje, por exemplo, eu acordei com o meu bipe tocando, era uma emergência no hospital.

Fui ao quarto de hóspedes e avisei a dona Barbara sobre Sofia estar sozinha, eu sinceramente não sabia o que ela poderia fazer se acordasse sozinha alí.

Ao chegar no hospital, eu me troquei rapidamente e logo segui para o andar onde estavam me chamando.

Eu ainda estava meio sonolenta, então demorei para perceber que eu estava indo para o quarto da Arizona, e eu só me dei conta quando ouvi uma leve discussão no mesmo.

- Vocês podem me explicar o que houve?- perguntei, parando entre a Bailey, April e Carina.

- Não tinha necessidade nenhuma de acordar ela.- Carina disse.

- A Torres ainda é o contato de emergência dela, depois dos pais.- Bailey disse.- Eu não poderia ligar para dois idosos as 02h da manhã.

- Mas a namorada dela sou eu.- Carina falou.- Se eu estou aqui, não tem porque ligar.

- Carina, não vá por esse lado.- April disse.

- Eu só sigo o que o protocolo manda, se é ela que está, eu tenho que ligar, independente de você estar aqui ou não. -  a chefe disse.

- Vocês podem me dizer o que houve com a Arizona?- perguntei tentando manter a voz firme.- Ela..

- Eu estou aqui.- Ouvi a voz baixa da Arizona soar no corredor.

- Foi fazer uns exames, ela quase matou um interno do coração.- Bailey disse.

- Eu só pedi água.- ela falou e nós entramos no quarto.

- Amor, você está melhor?- Carina perguntou.

- Você assustou a gente, Arizona.- Falei.

- Ela tem que descansar, amanhã vocês perguntam tudo a ela.- Bailey disse.- Amanhã a Amélia vem fazer outro exame em você.

- Eu fico com ela, vocês estavam de plantão, precisam descansar.- falei compreensiva.

- Eu posso ficar, não estou cansada.- Carina disse passando a minha frente.

- Nenhuma das duas vai ficar.- Bailey disse.- April, você pode?

- Claro que sim, melhor eu do que elas discutindo.

- Eu vou para o quarto de descanso, qualquer coisa me liga.- eu disse olhando para a April, que afirmou com a cabeça, e logo fui em direção a loira.- Se cuida e para de dar susto na gente. 

Eu sinceramente não sabia o que sentir naquele momento, eu estava no mix de alívio, felicidade e medo ao mesmo tempo.

O medo era pelo o que aconteceu com o Mark, e se acontecesse com ela também? E se eu a perdesse?

- Torres? Você está bem?- Miranda perguntou tocando meu braço assim que saímos da sala.

- E se.. eu não vou aguentar..

- Ela não é o Mark, Callie, ela está bem.- Miranda me abraçou e eu me acabei em lágrimas.

- Quem é Mark?- Carina perguntou.

- Pai da Sofia.- Bailey respondeu.- Soube da história do nome do hospital?- perguntou e a Italiana afirmou.- Então, é ele, ele teve uma súbita antes de morrer e isso abalou o hospital inteiro.

- Você acha que...

- Eu sinceramente não sei.- respondi a ela.- Sofia perdeu o pai muito nova, eu não sei se eu teria estruturas pra criar ela sozinha.

Acabei indo para a casa da Bailey ao invés de ficar no hospital, e a primeira coisa que eu fiz de manhã foi ir em casa contar o que havia acontecido.

Avisei que primeiro eu precisava da liberação dos médicos antes da visita, mas assim que liberasse eu ligava para eles para poder ir até lá.

Pov Arizona.

Depois que a minha filha voltou para NY, a minha vida ficou um tanto sem graça e eu estava sem ânimo para as coisas.

Eu estava tentando ser forte por ela, mas a falta dela me fazia mal.

O que me animava era receber uma mensagem da Callie para saber do meu dia.

Eu sempre acaba abrindo um sorriso depois daquilo.

Mas, o que me matou por dentro foi quando eu recebi uma ligação dela, era chamada de vídeo e eu animei em saber que eu a veria, ela e minha filha, mas alí só estava Sofia.

Minha filha havia me dito que, sua mãe estava no banho com a tia Penny, e foi ai que tudo tinha vindo a tona.

Elas ainda estavam juntas e estavam bem.

Depois de falar com Sofia eu me fechei mais, parei de comer, e a quimio foi me deixando cada vez mais fraca.

Um tempo depois, Carina disse que viria aqui em casa, e eu resolvi tomar um banho para receber a mesma e foi ai que eu me desequilibrei e caí da escada, batendo a cabeça na ponta da mesma.

Eu só lembro de acordar no hospital, com um dos internos me monitorando.

- Á.. água.. por favor..- minha voz saía baixo.- Eu.. você pode me dar água.

Eu vi o mesmo ficar pálido e cair para trás. Eu não entendia o que estava acontecendo, eu só queria molhar minha garganta.

- A dr Robbins.. ela... Chama a Bailey. - uma enfermeira apareceu na porta.

Bailey chegou com a Sheperd, e a mesma fez uns exames iníciais.

- Liga pro contato de emergência dela.- Amy disse para um interno.

- Chama a Torres pra uma emergência, é melhor do que ligar pros pais dela as 02h da manhã.- Bailey.- Aqui eu converso com ela.

- Quero um tomografia.- Amy disse.- A principio é só.

Fui fazer o exame que a Sheperd pediu e logo ouvi dizerem que a Carina não estava satisfeita por terem chamado a Callie sendo que ela estava no hospital. 

Quando eu voltei para o quarto as duas estavam alí, mas eu fiquei feliz em saber que a Callie estava alí.

Depois de um beijo na testa dela, e um selinho da Carina, eu e April ficamos sozinhas no quarto.

- Você está muito ferrada com elas duas.- April disse.



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Voltei, voltei!

Espero que gostem e até a próxima

Hold back the river Where stories live. Discover now