▹ 02. comeback

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ANY, point of view

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ANY, point of view.
Los Angeles, EUA.
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Uma parte importante a ser citada de toda a minha volta é o fato de eu não ter mencionado aos meus pais quando ela seria. E menti a data verdadeira, alguma coisa eu precisava inventar.

Antecipei em cinco dias, sendo precisa. É o motivo de estar trocando de roupa no aeroporto. Acho que se minha família me visse do jeito que estava durante o vôo, perguntariam se eu atravessei o oceano nadando.

É o tipo de piada que Nour faria. Estou com saudades deles já.

Coloquei um vestido branco e grampos no cabelo. A única maquiagem que tem no meu rosto é um batom. Pela preguiça, isso já é mais que suficiente.

♫ ♫ ♫

Tenho dois planos, ambos elaborados por Sav, Alex e eu: torcer para ninguém estar em casa quando chegarei e nem terem trocado a fechadura. E na falta desse, entrar pela varanda do quarto do Bailey.

Acho invadir a casa uma expressão muito forte.

Alex me disse que, para não ser presa graças à um vizinho, era melhor contar a eles. E que ironia, os vizinhos sabendo antes dos meus pais que eu voltei.

Enfim, assim que tiro todas as malas de dentro do táxi, noto que nada na casa faz barulho ou mostra sinais de que há alguém lá dentro. Corro para colocar tudo ali e agradecer por todos terem saído.

Meu quarto ainda está do mesmo jeito que era quando saí. Claro, com a limpeza em dia graças à mamãe; algumas coisas que estavam na parede e na bancada sumiram, provavelmente tiveram motivo.

Escuto a porta lá de baixo e tranco a minha sem fazer barulho. Deixo as malas ao lado do armário e termino de me arrumar.

— Lembra se tranquei a porta da sua irmã? — escuto a voz da minha mãe.

— Comentou ontem sobre, mas não lembro.

— Ah. — a escuto se aproximando e entro em pânico por conta das malas. Se as movesse, faria barulho, se as deixasse ali, ela as veria.

— Relaxa, mãe. Você ainda vai voltar nesse quarto antes dela voltar mesmo. — escuto mais passos, agora indo e voltando.

Acho que em quase dezenove anos Bailey nunca foi tão útil como agora.

Uma hora tinha que ir.

— Meu pai está dormindo?

— Está se arrumando, vai trabalhar daqui a pouco.

Sim, eles costumam conversar alto. Se é o eco da casa, estarem perto da escada ou qualquer outro, eu não sei, mas é comum.

Ok, quando escutar os três fazendo barulho, irei de fininho e imaginem barulhos de surpresa e explosão de canhões de festa.

only me².Where stories live. Discover now