Capítulo 11

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Dylan

Charlotte salvou meu irmão de ser morto por uma lança, mas ainda assim, não consegui evitar sentir ciúmes ao vê-la sobre ele, especialmente com as provocações dele.

Apesar das constantes provocações de meu irmão, os sentimentos humanos são volúveis, e essa raiva pode se transformar em amor. Com meu irmão, ela teria uma família, mas comigo, é improvável. Não seria surpreendente se ela o escolhesse.

No entanto, não é momento para dúvidas; devo me concentrar em concluir a missão. Charlotte sugere que todos descansem, mas meu irmão a agarra, repreendendo-a por desrespeitar suas ordens. Enquanto escuto, a humana reclama sobre a necessidade de ir ao banheiro, e a levo para longe do grupo.

Subitamente, algo me envolve, me derrubando no chão. "Não tive escolha, sinto muito", diz a humana, e zumbis aparecem. Avanço em direção a ela, e ela explica que o zumbi é importante para a super soldado.

Sou levado pelos zumbis e, eventualmente, jogado no chão. Escuto rosnados ao meu redor. Um homem se aproxima, sem lábios e dentes afiados. Ele me cheira, passa a língua no meu pescoço e ri. Fico olhando para ele, intrigado e apreensivo.

"Os humanos conseguiram domesticar um zumbi," - fala, e fico impressionado que ele pode falar. Maria falou que ele só rosna. Mas vejo que estava mentindo - não tem cheiro e nem gosto da morte. Mesmo assim, precisa usar essa máscara porque eles não confiam em você,"-  segura a minha máscara, - "mas algo chamou a minha atenção, um cheiro em particular. Jamais me esqueci desse cheiro e ele está no seu corpo," solta a minha máscara, - "ela deixou um ser insignificante tocar no corpo dela e isso não me agrada," - fala e rosna. - "Vejo que você é racional, agora entendo porque é muito importante para ela. Mas será que continuará sendo quando ela ver que se tornou um de nós," - fala e sinto algo entrando no meu pescoço. - "Logo você será só um pião sem cérebro e vou adorar vê-la estourando seus miolos," - avanço nele e sou segurado. - "Não lute contra o meu veneno se não ele vai agir mais rápido, então aproveite os minutos que te restam, animalzinho dos humanos."

"Maldição," pensei.

(...)

Charlotte

Eu deveria ter eliminado aquela humana assim que o bebê nasceu, evitando que Dylan fosse levado. No entanto, minha confiança excessiva me impediu.

Assumo total responsabilidade por isso. Convenci-a a me conduzir até Jacob, enquanto ela lamentava a distância de seu filho durante todo o percurso.

Embora tenha exagerado ao ameaçar o bebê, nunca machucaria uma vida inocente. A bluff foi necessário para fazê-la revelar o paradeiro de Zumbi.

Mais tarde, ela para e menciona que Jacob está dentro do shopping. A faço se sentar enquanto elaboro um plano. Subitamente, escuto passos, ordeno que ela se esconda. Oculto-me também e, ao perceber passos se aproximando, me preparo para atacar.

Ao sair de meu esconderijo, interrompo o ataque ao perceber que é o irmão de Dylan.

"Você não deveria estar resgatando os adolescentes?"

"Meu irmão é mais importante. Então, qual é o seu plano?"

"Entrar e matar todos e depois resgatar o Dylan."

"Você não tem um plano" - fala e solta um suspiro - "Se eu não tivesse vindo, vocês iriam morrer antes de chegar no Dylan. Sua sorte que não confio em você."

"Dylan é importante para mim."

"Sua palavra não vale nada para mim. Esse amor todo é muito estranho vindo de alguém como você."

"Por favor! Quando essa missão acabar, vá a um prostíbulo e coma geral, essa raiva toda deve ser porra acumulada."

"Minha vida sexual não é da sua conta."

"Nem vida sexual você tem, Spider" - falo e ele fica paralisado - "Use esses músculos perfeitos e tire seus atrasos, porque está sendo foda com você irritado e jogando suas frustrações em mim."

"Você é desprezível."

"Pelo menos não estou frustrada."

"Não tem como ser legal com você" - fala e vira de costas e solto um suspiro e escuto passos rápidos.

"Meu coelhinho está tentando fugir" - falo e saio correndo e agarro a Maria - "Onde vai, coelhinho?"

"Já mostrei onde está o seu zumbi, agora deixe-me ir."

"Você servirá de moeda de troca, caso precise. Agora, senta" - falo e empurro ela, e a mesma cai no chão - "Te ajudei, e você mentiu e me traiu. Então agradeça por estar viva."

"Não tive escolha."

"Todos nós temos escolhas. Você poderia ter recusado."

"E ficar para sempre servindo de fábrica de bebês para um monstro" - fala com raiva - "Faz dez anos que estou vivendo no inferno. Tive que ver meus bebês nascerem mortos ou morrerem depois. Não sou companheira dele como pensa que sou. Jacob não se importa com nada além dos objetivos malignos dele."

"E quais são os objetivos dele?"

"Criar uma nova raça mais forte e resistente para dominar o mundo."

"Vejo que meu velho amigo está louco" - penso e fico pensando - "Você sabe alguma passagem segura para entrarmos no shopping?"

"Vamos todos morrer de qualquer jeito."

"Você sabe, Maria?"

"Me sigam" - fala e se levanta e começa a andar, e seguimos ela.

"Vai confiar nela?"

"Dessa vez ela disse a verdade" - responde e ele fica em silêncio e minutos depois ela para na frente de uma farmácia.

"Vamos entrar por aqui" - entra na farmácia e fazemos o mesmo - "O que está fazendo?" - pergunta ao me ver olhando as prateleiras.

"O plano B" - respondo e pego cinco seringas e agulhas, então tiro o meu uniforme até a cintura e amarro uma borracha no meu braço e começo a tirar o meu sangue.

"Por que está tirando seu sangue?"

"Logo saberá" - tapo as seringas e entrego para ele - "Guarda para mim."

"Charlotte."

"Só dessa vez, confia em mim" - falo e ele pega as seringas e guarda - "Isso é pelo bem do Dylan."

"Espero" - volta a andar e faço o mesmo e tempo depois estamos dentro do shopping.

"Conhecendo o alfa, seu zumbi estará preso no centro da praça de alimentação e estará sozinho para servir de isca" - responde e aprendo com algemas - "O que está fazendo?"

"Você é minha moeda de troca" - falo e olho para o Spider - "Então qual é seu nome verdadeiro?"

"E por que você quer saber?"

"Porque vou fazer o dono do nome se ajoelhar e beijar os meus pés" - falo e ele dá uma gargalhada.

"Meu nome é Dion. Mas você nunca me fará se ajoelhar e muito menos beijar seus pés" - fala e dou risadas.

"Fica de olho nela."

"Vou te ajudar."

"Sua segurança é minha prioridade, comandante" - falo ao tocar no ombro dele, e o mesmo fica paralisado - "Eu sei, sou foda pra caralho" - falo e me afasto e começo a andar.

"Traga o meu irmão para mim e veremos se é foda como diz ser."

"Então você irá beijar os meus pés?"

"Nem fodendo" - fala e dou risadas e volto a andar.

love and zombiesWo Geschichten leben. Entdecke jetzt