𝗵𝗶𝗴𝗵 𝘀𝗰𝗵𝗼𝗼𝗹 𝘀𝘄𝗲𝗲𝘁𝗵𝗲𝗮𝗿𝘁𝘀 ✓

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𝐕𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐇𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫 | 𝐋𝐨𝐬 𝐀𝐧𝐠𝐞𝐥𝐞𝐬,𝐂𝐀

Saio do banheiro vestindo um moletom e uma bermuda igualmente na cor preta. Apesar do calor externo, eu havia ligado o ar condicionado então estava meio frio aqui dentro.

Vejo Aurora sentada na cadeira onde eu jogo enquanto mexia no celular. Quando nota minha presença, ela sorri, parando tudo que estava fazendo e vindo até mim.

— Porra, você é muito lindo.

Eu ainda não tinha me acostumado com esses elogios que fico recebendo do nada.

— Hm, obrigado? Você também é. — ela sorri minimamente em agradecimento.

— Enfim, combinamos de estudar, certo? — não tínhamos combinado nada especificamente mas preferi me manter quieto. — Você quer começar por qual matéria?

Me sento na minha cama, a incentivando a fazer o mesmo. Logo ela repete o ato trazendo todos os materiais consigo.

— Artes pode ser? — sorrio amarelo e a vejo revirar seus olhos.

— Muito engraçadinho. Fala aí: química, física, biologia ou matemática?

Se eu me jogar no chão, será que ela acredita que eu desmaiei e não vamos mais estudar? É, acho que não.

— Okay é, hm, pode ser física já que é tem prova. — ela dá pulinhos animados, indo até sua mochila e tirando de lá dois livros que imagino serem da matéria.

— Certo, então vamos começar pelo básico: leis de Newton.

— Em primeiro lugar, quem era Newton? — pergunto confuso.

— Quem era Newton? — ela pisca os olhos algumas vezes, me encarando sem reação. — Tem alguma coisa que você se lembra da matéria?

— Sendo bem sincero? Não. — suspiro sabendo que vai ser difícil. — Estava rabiscando no meu caderno ao invés de prestar atenção na aula.

— Meu Deus Vinnie. — ela começa a rir do nada, me deixando confuso. — Eu jurei muito que você era tipo sei lá, um nerd ou coisa assim. E daí agora você falando esse tipo de coisa... não sei, não se encaixa na visão que eu tenho de você na minha cabeça.

— Eu sou um nerd em humanas! — me defendo. — E que visão é essa que você tem de mim?

— E um caos em exatas e biológicas mesmo. — ela debocha e resmungo algo sem sentido. — Ah, pensei que além de treinar no seu tempo livre você também era um aluno de primeira em tudo e fazia tudo certinho. Você não se defende na escola, achei que seu negócio era ser o aluno perfeito que só obedece.

— Me vigiando esse tempo todo e tem essa ideia de mim? Acho que ser espiã não é para você mesmo. — faço um som de desaprovação, vendo ela revirar os olhos.