04 | Suicida bem fofoqueiro

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    Dazai batucava os dedos na mesa do professor pensativo à respeito do acontecimento nas escadarias do colégio com o Chuuya. Ele realmente o surpreendeu naquilo, sua música de algum modo transmitia um sentimento que Dazai conseguiu detectar como raiva, parecia uma mistura de nostalgia e raiva ao mesmo tempo, aquilo era curioso.

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    O moreno estava simplesmente cabulando mais uma aula como de costume, as escadas e o térreo geralmente ficavam vazias nos horários de aula tornando eles um lugar perfeito para passar o tempo. Depois de uma desculpa esfarrapada de dor de barriga ele se retirou da sala e foi pelo caminho oposto da enfermaria onde deveria ir e permaneceu atoa pela escola até o sinal do almoço tocar, assim que tocou e ele encontrou com seus amigos o moreno inventou uma desculpa que nenhum de seus amigos acreditou e levou um soco de Kunikida por ser irresponsável e preguiçoso, além de uns minutos de sermão que ele não deu ouvidos.

    Com um pouco de sorte e desvios ele fugiu do ataque de sermões do loiro de óculos e fugiu para as escadas. Descendo por elas ele ouviu alguém xingando e curioso inclinou a cabeça para observar sem ser visto.

"Ah, é o cachorro raivoso que me fez tomar advertência semana passada da sala do meu tio." pensou.

— Se não der certo eu taco na cabeça do Tachihara.

— Tacar o que na cabeça do Tachihara? — falou descendo mais três degraus ficando no pé da escada. Chuuya o encarou assustado e o moreno se segurou para não rir.

    Dazai desde que conheceu Chuuya através dos seus amigos, sempre teve uma rivalidade irracional com ele. Muitas vezes brigaram por motivos infantis e sem sentido, mas Dazai não fazia isso por ódio ou raiva dele, era pura implicância em busca de diversão, pois o mais alto amava ver a expressão raivosa e os surtos repentinos do Chuuya. Poderia dizer que eram seu passamento favorito e não poderia ser diferente no dia do violino.

     O moreno fez questão de dizer na cara do mais baixo que ele estava consertando o violino completamente errado, tudo estava errado até as cordas, doía seu coração de luthier ver uma cena daquelas. Para esfregar o quão superior e melhor ele era que o ruivo, Dazai fez questão de consertar o violino.

    Quando fez o Chuuya tocar, ele sentiu-se abismado surpreendido com o talento e a ferocidade de Chuuya. Era difícil para ele explicar, mas ele pode depois de tanto tempo sentir um pequeno respingo da luz em seu peito. Mesmo que só aquilo não fosse o suficiente para ultrapassar todas as barreiras existentes, Dazai queria ouvir mais daquilo e saber porque ele desgastava aquele talento todo encondendo para si. Ele havia notado que Chuuya parecia com mais raiva do que o de costume, no entanto preferiu não comentar ou insistir e só se despediu dele e o ruivo foi embora levar o violino para a sala de música.

    Dazai ficou lá por mais uns minutos pensando sobre aquilo e quando o sinal tocou ele se levantou para se esconder no térreo antes que o vissem.

— Fui notificado da sua "dor de barriga", se sente melhor? — perguntou Oda atrás de Dazai, o moreno congelou no lugar. — Parece que sim.

— Ai que dor! — exclamou se curvando com a não na barriga. — Acho que vou precisar ficar mais tempo na enfermaria...

— A sua próxima aula é comigo então eu posso cuidar de você enquanto estuda, ou se preferir podemos ir no hospital aqui perto. — deu uma pausa e antes que Dazai começasse a atuação Oda adicionou: — Provavelmente vão te dar alguma injeção e—

𝗛𝗶𝗸𝗮𝗿𝘂 𝗡𝗮𝗿𝗮 | 𝙎𝙤𝙪𝙠𝙤𝙠𝙪Where stories live. Discover now