24 ⇝ a perfeição imperfeita;

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Pela semana de merda que Rin estava tendo havia uma coisa que poderia piorar tudo, o período do mês que ela perde controle do próprio corpo

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Pela semana de merda que Rin estava tendo havia uma coisa que poderia piorar tudo, o período do mês que ela perde controle do próprio corpo. Menstruar era comum pra quem tem útero, mas os fatores eram diferentes em cada corpo, pode ser mais intenso, mais dolorido, mais longo, pode até ser tranquilo.

Pra Rin os piores dias sempre são os últimos, ela fica mais sensível aos sentimentos e chega a ser irracional as vezes, usa a emoção antes da razão. Por isso ela sempre falta na escola nos últimos dias de seu período, só pra não acabar xingando nem batendo em alguém.

— Rin. — Ela ouviu alguém chamar na porta de seu quarto e estranhou, já que não tinha ninguém em casa, seu pai trabalhava e seu irmão estudava, então quem estaria lá? Ela abriu os olhos e apareceu Ichigo ao seu lado, uma feição preocupada no rosto dele.

— Oi, Ichigo...aconteceu alguma coisa? — Ela perguntou o encarando, era quase que instinto perguntar se aconteceu alguma coisa quando procuram ela, talvez Rin se preocupasse muito.

— Não, todos estão bem...eu deixei o almoço pronto pra você. — Ele explicou e Rin sentiu seu coração palpitar. — Vim ver se você precisa de alguma coisa, quer que eu vá ao mercado ou algo do tipo?

— Não precisa...mas obrigada por isso. — Rin afirmou com um sorriso no rosto e recebeu um carinho na cabeça de Ichigo.

— Se precisar de alguma coisa, qualquer coisa, pode ligar pra mim, vou trabalhar, mas fico atento no celular. — Ele disse suavemente e sorriu ao ver ela concordar se derretendo no carinho. — Até mais tarde, Rin...qualquer coisa me ligue, ok?

— Ok, obrigada, Ichigo. — Ela sorriu ao ver ele saindo, o carinho que ela nunca teve da mãe aconteceu por conta do namorado do pai, Ichigo.

Rin era carente, ela sempre foi uma criança que queria atenção e carinho dos pais, que mesmo ausentes percebiam isso, mas sempre colocaram outras necessidades acima dos filhos. Rintarou é quieto assim porque sempre era ignorado quando criança, ele sentia que os pais não o amavam e nem ligavam pra ele.

Num dos jogos de vôlei dele seus pais nunca apareceram, mesmo ele convidando e avisando um dia antes do importante jogo pra seu time infantil. Rintarou odiava quando isso acontecia, e ele prometeu pra si mesmo que nunca mais acreditaria que eles viessem, mas um grito na arquibancada deixou Rintarou surpreso.

— VAI RINTAROU! — O grito soou pela quadra e ele se virou rápido, achando a figura de sua irmã levemente descabelada e suada, mas sorridente e torcendo por ele. — BOA JOGADA! MAIS UMA, VAI!

Seus pais não foram, nunca foram na verdade, mas sua irmã estava lá desde o primeiro ponto que fez, desde o primeiro bloqueio e desde o primeiro jogo dele. Rin era pra ele o que seus pais nunca foram, presente.

Numa comemoração de dias das mães da sala de Rin ela era a única sem a presença da mãe, pra quem ela cantaria aquela música que deveria ser pra sua figura materna, pra quem deveria entregar a pulseira que fez junto da sala? Mesmo triste ela se apresentou, em todo momento procurava pelos cabelos vermelhos da mãe, que não apareceu. Porém, na primeira fileira apareceu seu irmão, com um sorriso grande no rosto e em pé numa cadeira, pra ter uma melhor vista dela.

NATIONAL ANTHEM ∫ miya osamuOù les histoires vivent. Découvrez maintenant