Capítulo 6

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Horas haviam se passado e o silêncio acabou se tornando perturbador, porquê enquanto eu queria me explicar e resolver de uma vez a nossa situação, ela preferia permanecer irredutível

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Horas haviam se passado e o silêncio acabou se tornando perturbador, porquê enquanto eu queria me explicar e resolver de uma vez a nossa situação, ela preferia permanecer irredutível.

Eu entendia seu lado, pois não foi fácil passar todos aqueles anos sem saber notícias minhas.

Fiquei chocado quando soube na época que meus pais haviam se mudado, pois pensei que eles estivessem mantendo contato com ela, mas nem isso fizeram.

Cheguei a questiona-los, mas minha mãe desconversou, dizendo que já tinha contado tudo e ela havia aceitado, agora vejo que era tudo mentira, ou não teria reagido dessa forma quando viu a aliança em meu dedo.

Olhei rapidamente para ela, que havia se encostado mais no sofá e resolvi iniciar o meu relato.

— Eu sei que nada do que eu disser, vai mudar o passado. — Iniciei, vendo-a olhar para um canto fixo na mesinha de centro, se mantendo calada.

Parecia estar anestesiada, sem querer dizer nada e então fez um pequeno gesto para que eu continuasse.

— Quando eu acordei nu naquele quarto, a mulher com quem eu supostamente passei a noite, havia dito que tínhamos transado, mas eu nunca tive a plena certeza disso, pois até hoje eu não lembro de nada, é como se nunca tivesse acontecido. — Contei, bebendo um gole do vinho que tinha servido recentemente.

— Isso não justifica nada... — Sussurrou, levando as mãos cobertas com luvas pretas aos lindos cabelos loiros, soltos e espalhados pelos seus ombros.

— Eu sei, mas eu preciso falar, para que você entenda, porque foi depois disso que a minha vida, desandou.

Depois de horas ali, foi a primeira vez que me encarou, seus olhos estavam marejados e lutava para segurar o choro, talvez não quisesse se mostrar vulnerável na minha frente.

Ela sempre foi assim, segura de si e nunca demostrava fraqueza na frente dos outros.

— Eu tenho até medo de ouvir. — Falou, sorrindo forçadamente.

— Não precisa ter, só quero que me dê uma chance de explicar. — Digo, me aproximando mais e alisando uma mexa loira que cobria seu rosto.

— Estou lhe dando, mesmo contra minha vontade! — Exclamou, apontando para a porta trancada a nossa frente.

Não pude evitar sorri, porque não queria que a mesma fosse embora e não me deixasse falar, pois era exatamente isso que faria se por um acaso eu não tivesse agido.

Eu a conhecia bem, sabia do que era capaz e não arrisquei.

— Depois daquele dia, semanas depois a mesma mulher me procurou, dizendo que a nossa noite inconsequente tinha gerado uma gravidez. — Contei, vendo suas expressões mudarem e sair do estado de inercia em que estava.

E de repente, ela se manteve alerta, se preparando para o que eu diria a seguir.

— Contei aos meus pais, minha mãe me obrigou a casar e assumir o filho. — Levantei a mão e mostrei a aliança.

— Então você formou uma família? — Indagou, se levantando e indo até o frigobar, onde havia algumas garrafas de agua e bebidas.

Me surpreendi quando pegou uma lata de cerveja e começou a tomar, parecia que estava querendo alguma coisa para tirar a tensão que vi em seus ombros.

— Não foi o que aconteceu, ela perdeu o bebe e continuamos casados por conveniência, até eu descobri que ela tinha outro e pedir o divórcio.

Ela gargalhou, na certa a bebida fazendo um certo efeito em seu corpo, pois ela não era acostumada com esses tipos de bebidas e quando decidíamos relaxar, era o vinho que nos dava esse alivio.

— Ou seja, ela colocou um belo chifre em sua cabeça. — Debochou, esvaziando a lata de cerveja.

— Entenda como quiser. — Ralhei, me levantando do sofá e indo até a varanda, queria respirar um pouco de ar puro.

Era de madrugada e as ruas estavam calmas, não havia carros passando com frequência, nem pessoas andando na rua, tudo estava completamente silencioso, mas a minha cabeça estava um turbilhão de pensamentos e quando pensei que relaxaria, senti passos cautelosos vindo em minha direção.

— Em algum momento vocês se apaixonaram?

Franzi o cenho diante daquela pergunta, ela achava mesmo que eu simplesmente deixei de ama-la e me apaixonei pela minha ex-mulher?

Aquilo era completamente ridículo, de tantas perguntas que imaginei que fizesse, aquela foi a que mais me deixou irritado.

— Você sempre foi a única em minha vida! — Exclamei, virando-me para ela, olhando diretamente em seus olhos, para que ela visse toda a minha sinceridade.

Ela pareceu entender, tanto que se aproximou mais de mim, tocou o meu rosto e beijou suavemente a minha bochecha, me deixando completamente surpreso ao revelar:

— Você também sempre foi o único em minha vida...

❤❤❤

Beijos e até o próximo capítulo

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Beijos e até o próximo capítulo...

Para Sempre SuaWhere stories live. Discover now