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Antes que Antony acabasse fazendo uma besteira, eu seguro sua mão, e digo.
─ Por favor, não faça isso, você vai se machar por culpa dele, ele não merece essa felicidade.
Ele me olha e então balança a cabeça afirmando e me diz.
─ Eu só preciso que me deixe ir ao banheiro tá bem? - Ele me pede.
Eu digo "tudo bem" e então ele deixa seu celular na mesa e se levanta.
Nisso quando olho para Oliver, ele estava conversando alegremente com o guarda, que tremendo filho da puta.
E então quando mexo no meu celular minutos depois, sou surpreendida quando ele vem até mim sozinho e diz.
─ Olha, olha, se não é a minha ex, S/n, é bom te ver também sabia?
─ Eu estaria infinitamente grata se você desse o fora daqui, e você sabe da medida protetiva, se não quiser que eu mostre ao segurança, é melhor sair de perto de mim agora.
Porém isso não muda, ele continua falando calmamente.
─ Ah, mas você não faria isso, sei que quer deixar isso por baixo das cobertas. Sabe, você não demorou muito pra me superar né? Olha só, já tá saindo com outro. Mas eu confesso que as vezes que eu fui ao estádio, e eu te via ali, ficava altamente excita-
Acontece tudo muito rápido, Antony havia o virado bruscamente e lhe acertado um soco.
Oliver cai no chão.
─ Tá maluco?! - Ele grita.
As pessoas soltam exclamações.
Quando Antony começa a bater, bater, bater e bater.
─ ANTONY!! POR FAVOR, PARA, PARA, PARA!! - Eu digo o agarrando.
Os seguranças vem até ele e os separa. Antony fala com raiva.
─ Vocês não tão vendo o quanto canalha esse cara é?! - Ele grita. - Eu ainda não terminei!!
─ Se quiser terminar alguma coisa, vai ter que ser na delegacia garoto.
Olho pro chão, pra Oliver, ele estava cheio de sangue.
Bom, ele deveria ter pensado antes de sair falando merda por aí.
Antony e eu somos levados para uma viatura.
─ Pensei que fosse enfrentá-lo sozinha de novo.
─ Você não tá mais sozinha, você não precisa tá sozinha. Se acalma, deixa que eu vou resolver tudo. - Ele sorri pra mim e me dá um beijo na testa.
Oliver estava recebendo cuidados na ambulância, mas depois seria levado também para a delegacia.
Quando chegamos lá, o delegado senta a nossa frente, respira fundo e diz.
─ Por favor, não me digam que trouxeram encrenca de estádio pra cá.
O guarda toma nossa frente e diz.
─ Esse rapaz agrediu um garoto chamado Oliver senhor, o qual estava conversando com essa moça.
─ É, mas ele... - Diz Antony.
─ Por favor, Antony certo? Deixa a menina falar. - Diz o delegado calmamente.
─ É S/n senhor. - Eu digo, e então tiro a medida da bolsa e a coloco na mesa. - O senhor não foi o delegado que me deu a medida protetiva, foi outro delegado, mas oque eu quero dizer, é que Oliver veio até minha mesa, ciente da medida protetiva, e me assediou verbalmente, foi quando Antony o agrediu.
─ Certo senhorita, mas como deve saber, só trabalhamos com provas então...
─ Com licença. - Antony pega seu celular, e o coloca em uma mensagem de voz.
E lá estava toda a nossa conversa, eu estava paralisada, até que Antony toma a palavra.
─ E se quer saber mais senhor, esse cara ia pra o estádio em que ela treinava somente para assisti-la, provocá-la, nada mais que isso, agora quero saber delegado, será que isso não poderia ter sido evitado, se não tivesse tomado medidas mais racionais? Só uma medida protetiva foi o suficiente? Aquele cara poderia ter feito algo bem pior com ela, enquanto vocês estão aí, sem nem sonhar, e sem querer acreditar na palavra dela.
E então eu tomo a palavra.
─ Se o senhor quiser e precisar de testemunhas, eu tenho todas as minhas companheiras do time, e meu primo.
O delegado me olha, até que ele diz.
─ Não será necessário senhorita, agradeço seu depoimento, e sinto muito, muito mesmo pelo oque passou.
─ Está tudo bem. Obrigada.
E então quando Oliver chegou, os guardas o algemam, ele iria ficar preso por pelo menos um ano, sem direito a um advogado.
Ele começa a lutar, mas é paralisado.
E assim eu e Antony saímos da delegacia.
─ Você foi imensamente corajoso, não sei como te agradecer.
─ É só a verdade, é esse o efeito que ela causa.
─ Foi muito inteligente o lance do gravador, mas, é sério, obrigada por ter dito oque eu não tava tendo coragem de dizer.
─ Que nada. Eu que sinto muito por o nosso encontro ter sido um fiasco. - Ele diz triste.
─ Não precisa ter sido um fiasco, não foi você que estragou. - Digo e então eu o puxo para um beijo.
Ele sorri e então me beija novamente, e então é como se o mundo tivesse parado, e só existisse nós dois.
─ Garnacho vai ficar louco quando descobrir que eu faço parte da família dele agora.
