Capítulo 1: O começo

27 4 2
                                    

   Há 7 anos, num planeta muito distante, dois irmãos gêmeos não idênticos completaram seu 19° aniversário. Eles eram Gaboro Yantara e Yontoro Gaba. Sua mãe, Felícia, presenteou cada um com um artefato antigo de família; para Gaboro, ela entregou um anel que era de sua avó, já para Yontoro, ela entregou as abotoaduras que eram de seu avô.

   Yontoro sabia que o anel era importante e que havia magia nele, mas não sabia pra quê serviam as abotoaduras, então foi perguntar à sua mãe:

   - Mãe, por que a senhora me deu essas abotoaduras? Elas não possuem magia nem nada, já pro Gabo vc deu o anel da vovó, que é mágico...

   - Filho, o importante não é se ele é mágico ou não, o importante é o valor sentimental. Seu avô usou essas abotoaduras no casamento dele com sua avó, e deu de presente pro seu pai se casar comigo. Já o anel, sim, ele é mágico, mas eu só dei ele pro Gaboro justamente porque esse anel também foi usado pela sua avó no casamento.

   - Mas isso não é justo! Você sabe que ainda não temos 20 anos pra usar magia, e vc dá logo um artefato mágico pro meu irmão? Agora ele vai jogar na minha cara que ele já usa magia e eu não...

   Yontoro, então, começa a chorar e vai correndo pro seu quarto.

   - Filho, espera...

   - Mãe, deixa o Yon. Eu acho que também ficaria triste se vc desse um item mágico pra ele e pra mim não, porque eu sei que ele jogaria na minha cara, mas eu não sou de fazer isso.

   - Ok, Gabo...

   O dia se passou e Yontoro não saiu de seu quarto, mas, naquela noite, ele decidiu que seria uma ideia boa roubar o anel de seu irmão.

   - Se eu ainda não posso ter magia, então ele também não pode.

   Ele, então, sai de seu quarto de fininho e vai em direção ao quarto de seu irmão.

   Ao chegar na porta, ele percebeu que ela estava trancada.

   - Cara@#*, esse filho da mãe trancou a porta! Heh, mas ele não vai me parar por nada.

   Yontoro sai dali e vai em direção à porta da frente da casa, para ir ao jardim. Chegando lá, ele vai pra trás da casa em direção às janelas dos quartos de sua mãe e seu irmão e, ao se aproximar, tenta abrir a janela do quarto de seu irmão, mas falha também, então diz:

   - Esse pequeno pedaço de bost@ é realmente sagaz, viu! Ma eu sou pior!

   Então, num ato de raiva, ele pega uma pedra no jardim e quebra a janela, acordando tanto Gaboro quanto Felícia.

   - Hã? Yon, o que você... O ANEL!

   - Heh, irmãozinho, esse anel agora é meu!

   Yontoro põe o anel na mão e tenta lançar um feitiço em Gaboro, mas o feitiço dá extremamente errado e cria um portal atrás dele, o sugando para dentro.

   - YONTORO, NÃO!

   - FILHO!

   - GABOROOOoooooo...

   O portal se fecha, deixando Gaboro e Felícia sem saber o que fazer, calados, até que ele abre a boca:

   - Não se preocupa, irmão, apesar de tudo, não deixarei na mão... Mãe, assim que eu fizer 20 anos e passar pelo ritual cerimonial, eu irei atrás de Yontoro, e não descansarei até encontrá-lo.

   - Ok, filho...

   Felícia abraça o filho e começa a chorar horrores. Três anos se passam, e Gaboro, já bem treinado na arte mágica dos Niphylis, chega para a mãe e diz:

   - Mãe, chegou a hora de cumprir o que prometi há 3 anos atrás: vou procurar Yon por toda a galáxia, e quando o encontrar, o trarei de volta para a casa.

   - Eu entendo, filho, vá! Siga seu caminho e vá atrás de seu irmão!

   Gaboro vira de costas pra mãe, cria um pegasus de magia e diz:

   - Até uma próxima, mãe. E não se esqueça: caso aconteça algo com a senhora, use a lua para me avisar, porque não importa em qual planeta estarei, a mensagem na lua poderá sempre ser vista por mim...

   - Tchau, filho, e eu não esquecerei...

   E num piscar de olhos, o pegasus levanta vôo e vai em direção à estratosfera do planeta.

   - Adeus, Luphyos, vc sempre será meu planeta preferido...--diz, enquanto some diante as estrelas.

A vida de Gaboro YantaraWhere stories live. Discover now