Ok, isso é um tanto nojento.

E impossível.

Neste exato, momento eu estava deitado na minha cama, as mãos por debaixo da cabeça e o olhar no teto estrelado. Clichê? Talvez um pouco, mas que culpa eu tenho de as pessoas gostarem de estrelas a ponto de isso se tornar tão comum?

Bom, o fato é que enquanto alguns dizem: ''Encaro meu teto como se fosse a coisa mais interessante do mundo'', eu, diferente deles, posso afirmar - com certeza - que o meu teto é a coisa mais interessante do mundo.

- Argh! - Aquilo acabou com toda minha linha de raciocínio. Além de me assustar também.

Apoiei-me no cotovelo e notei um garoto tentando entrar de forma desajeitada no meu quarto.

Um garoto... No meu quarto...

Um. Garoto. No. Meu. Quarto.

- Quem é você? - Me levantei de imediato.

- Você deveria colocar uma escada na droga da parede. Tem noção do quanto eu ralei tentando subir isso aqui? - resmungou. Então finalmente conseguiu colocar os pés no chão, tirando o cabelo da frente do rosto.

- P-por que você tentaria subir no meu quarto? - perguntei confuso, e ao mesmo tempo assustado.

- Uh, pizza! - Ele exclamou, olhando diretamente para a caixa em cima da mesinha da centro do meu quarto. O garoto, ignorando completamente a minha existência, caminhou até lá e abriu a caixa, pegando uma fatia da pizza de mussarela. - Isso aqui não está já fazendo aniversário, está? - Me encarou. E antes que eu abrisse a boca, tornou a falar: - Ah, quem liga? Cara, eu estou morrendo de fome! - Deu uma mordida generosa no alimento em sua mão.

- Será que dá para agir como se fosse super normal invadir o meu quarto e comer a minha pizza? - perguntei incrédulo.

Ele me encarou, e então fez careta.

- Cruzes, que óculos ridículo! - Novamente ignorado. Eu já deveria estar acostumado. Ele se aproximou e tirou meu óculos - Bem melhor assim, bonitinho. Adorei seus cachos, devia usar mais vezes assim ao invés daquele penteado ridículo like a vaca lambeu.

- Como sabe...

- Eu sei de tudo sobre você. Ou quase tudo - deu de ombros se jogando na minha cama - Sei que adora seu teto, por exemplo. - Mordeu mais um pedaço da pizza.

- Mas quem é você? - Franzi o cenho.

- Ah, que falta de educação a minha - bateu a mão na testa. - Sou Louis - estendeu a mão, que não estava ocupada com a pizza, na minha direção. - Sabia que é falta de educação deixar os outros no vácuo? - arqueou a sobrancelha.

- Sabia que é falta de educação invadir o quarto dos outros? - rebati.

- Eu já me apresentei. - O garoto deu de ombros.

- Mas isso não explica o fato de você me conhecer e saber coisas sobre mim, sendo que eu nunca te vi na minha vida.

- Ah, eu já estava chegando nessa parte. - O garoto, Louis, se deitou novamente - Então, você quer a má ou a boa noticia primeiro? - Eu o encarei confuso, sem saber o que dizer. - Estou brincando, não há má noticias - riu - Enfim, eu sou um gênio.

- Ah legal, você deveria estar ganhando um Nobel então, e não invadindo o quarto dos outros - debochei.

Maluco.

- Não, não esse tipo de gênio - revirou os olhos - Sou um gênio, como aquele lance do Alladin, sabe?

- Da lâmpada mágica? - arqueei uma sobrancelha e ele assentiu - Puxa, que legal.

I wish (larry stylinson)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora