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DESDE O dia da festa de aniversário de Jisung, duas semanas atrás, Changbin tem percebido uma estranha mudança no comportamento do seu filho mais velho.
Jeongin a todo o instante se perdia em seus pensamentos, tropeçava, derrubava coisas no chão e até mesmo negligenciava seus afazeres mais básicos, fazendo seu pai se preocupar até o último fio de cabelo por não saber o que fazer para ajudá-lo com seja lá qual for o problema.
Tentou, sutilmente, de todas que conhecia fazê-lo conversar sobre o que quer que esteja acontecendo com o ruivinho, porém de nada adiantava.
Até que um dia as respostas finalmente caíram do céu milagrosamente, quando, Changbin, mandou Jeongin buscar Jisung na escola e na volta ele adentrou correndo a confeitaria com as bochechas coloridas num mesmo tom de vermelho que os seus cabelos e se escondera na cozinha antes que Seungmin, Jisung e o pai do amiguinho dele passasse pelas portas de vidro da confeitaria.
— Bom dia Sr. Seo... — o sr. Christopher Bang cumprimenta educadamente estranhando como Jeongin desaparecera. — Eu estava de carro e dei uma carona para seus meninos até aqui, espero que não se importe.
— Tudo bem Bang Chan, eu agradeço... — sorriu servindo uma fatia de bolo para cada um dos recém chegados. — Se me derem licença, eu preciso resolver um probleminha na cozinha…
O tal probleminha já estava bem perto de enfiar sua cara numa tigela de chocolate no momento em que Changbin se aproximou com um sorrisinho malicioso no rosto.
— Jeongin... Querido... Tem algo para me contar?
— Não tem absolutamente nada acontecendo, pai... Eu só estou um pouco... confuso. — explicou Jeongin se distraindo em separar os M&M's por cor, ao mesmo tempo em que Hyunjin e Félix pararam seu trabalho para observar, discretamente, a conversa.
— Confuso?
— É... tipo... eu gosto de garotas, mas a pouco tempo eu descobri que eu gosto de outros caras também... — esclareceu escondendo o rosto com as duas mãos. — Eu sou uma aberração…
— Jeongin, ser capaz de amar meninos e meninas não te torna uma aberração. — Félix manifesta tentando ajudar. — Sabe, o que importa é se a pessoa te faz feliz.
— E se o tio Hyunjin fosse uma mulher? — interroga cruzando os braços.
— Eu continuaria amando ele da mesma forma que o amo. — respondeu Félix com sinceridade, se virando imediatamente para um Hyunjin sorridente ao notar o que acabou de falar.
— Você nunca me disse isso antes... — o confeiteiro comenta com os olhos brilhantes puxando seu parceiro pela cintura sem quebrar o contato visual. — Pode dizer novamente?
— O que? Que eu amo muito você? — Félix murmura timidamente dando de ombros. — Porque eu amo…
— É... eu acho que te amo muito também… talvez não seja possível que todos os poetas do mundo coloque em palavras o quanto eu amo você. — Hyunjin declara sorrindo bobo apanhando um mini-cupcake de cenoura na mesa e se pondo de joelhos no chão. — Te amo tanto que ser apenas seu amigo não é mais suficiente... Então, camundonguinho, quer ser meu namorado?
— Eu seria muito idiota se dissesse não... — Félix expressa se abaixando para ficar da mesma altura dos lábios rosados do seu amado, se perdendo neles com risinhos e mais declarações, esquecendo-se completamente da questão que os levaram aquele pedido…
— Eles são mesmo reais? — questiona Jeongin impressionado observando a cena com adoração.
— Felizmente, agora vamos deixar os pombinhos a sós, porque temos outros assuntos a resolver, não é mesmo senhor Seo Jeongin?
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