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APÓS MAIS um dia corrido na confeitaria, Hwang dirigia, ansioso, seu carro rumo à escola de Jisung, para apanhá-lo, como havia prometido mais cedo ao pequeno.
Uma parte do motivo pelo qual se dispôs a buscá-lo foi por conta de, tanto Changbin quanto Jeongin, estarem ocupados com os preparativos da "festa não tão surpresa" do moreno. No entanto, outra parte de si, estava curiosa para conhecer o admirável rapaz, sobre o qual escutara, inúmeras vezes, a história de como, corajosamente, livrara Jisung de ser espancado por alguns garotos maiores na saída do colégio. Como Changbin e Jeongin já tiveram a honra de conhecer o bravo garoto que se sentava, no final das aulas, ao lado de Jisung, o protegendo, até alguém de confiança vir buscá-lo, Hyunjin achava injusto apenas ele não poder agradecer ao misterioso, e muito bem falado, Félix por cuidar tão bem do seu pequeno.
Porém, chegando à escola, ao contrario do que esperava encontrar, viu Jisung sentado sozinho, com um olhar tristonho estampado no rosto e a caixinha de cupcakes intacta no colo.
Sem pensar duas vezes, Hyunjin, apressou o passo até seu afiliado para saber o que teria acontecido para ele parecer tão cabisbaixo.
— Jisung? Querido, está tudo bem? — questionou se apoiando sobre um joelho para ficar da mesma altura do menor.
— Ele não veio hoje, tio Hyunjin... — respondeu com a voz chorosa. Logo, Hwang deduziu que o tal "Ele" se referia ao tão mencionado Félix das histórias contadas por Jisung. No mesmo instante os músculos de Hyunjin tencionaram, quem aquele moleque pensa que é para decepcionar o seu afiliado dessa maneira? — Estou preocupado com ele.
— O Félix deve apenas ter se esquecido, meu anjo. — pontuou, Hyunjin, tentando consolá-lo.
— Você não está entendendo Jinnie, o Lix nunca falta, nenhum diazinho sequer, faça chuva ou faça sol. — defendeu com a voz quebradiça. — Estou com medo de algo ter acontecido com ele.
— O que você quer fazer a respeito, pequeno? — Hyunjin pergunta com o coração na mão por ver aqueles olhinhos dourados lindos estarem brilhando pelos motivos errados.
— O Lix me disse uma vez onde ele costuma ficar. — começou. — Você pode me levar até lá? Só para conferir…
Como dizer não para aquela criaturinha?
Com esse pensamento, ele apenas pegou as chaves no bolso da calça e voltou para o carro, sendo seguido por Jisung, que dizia quais direções tomar para chegar ao destino desejado.
No instante que Jisung pediu para parar perto de um parque um pouco mais afastado do centro de Seoul, Hyunjin, notou que o lugar não era muito distante da sua loja, que estava localizada há apenas duas quadras de distância. Porém, mesmo estranhando o fato, manteve o pensamento para si, continuando a seguir o pequeno, que parecia a todo instante procurar por algo em meio aquela imensidão de árvores.
— Pensei que estávamos indo para a casa do seu amigo. — murmurou, quando não podia mais conter sua curiosidade ao que o garotinho o arrastava mais e mais pelo interior daquela diminuta floresta, enquanto o sol já se punha, despreocupado no horizonte. — O que estamos fazendo aqui Jisung?
— Estamos procurando a casinha do Lix, ora essa! — respondeu um tanto frustrado, sem parar de procurar, deixando Hyunjin um tanto mais confuso que antes.
— Sungie, estamos em um parque, ninguém mora aqui... — tentou explicar. — A não ser que ele…
— Oh Hyunjin, às vezes você é tão lerdo que dá pena... — Jisung pareceu por um instante se divertir com a ignorância do seu "tio", mas parou assim que finalmente avistou uma pequena barraquinha de camping armada não muito longe dali, exatamente como Félix descrevera.
Imediatamente correu, deixando Hyunjin para trás, estava preocupado demais com seu amigo para se importar com certas formalidades. O mais velho somente suspirou, observando Jisung desaparecer dentro da barraquinha. Como não conhecia Félix, decidiu dar um tempo para ele e o menor se resolverem em particular.
No entanto, demorou menos de um minuto para que a cabeça de Jisung aparecesse na entrada e gritasse para que Hyunjin viesse até eles, e pelo olhar desesperado naquele rostinho adorável, deduziu que algo estava terrivelmente errado.
— O que houve? — questionou ao pequeno se agachando perto da porta, avistando assim um rapaz de em torno 18 ou 19 anos deitado inconsciente no interior da barraquinha, sua pele estava pálida demais para ser considerado saudável e sua respiração descompassada demais para estar tendo um sono tranquilo.
— Ele tá doente, tio Jinnie, ajuda ele, por favor! — implorou Jisung em pânico acariciando os cabelos loiros daquele ser tão frágil. — Eu não posso perder meu amigo.
— Jisung, me escuta com atenção, ok? — ordenou sério. — Você não vai perdê-lo, vamos levá-lo para um lugar seguro e cuidar dele, eu prometo.
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