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Carla

-Não está na cara?- falei olhando com um sorriso debochado para Catarine. Sorriso esse que não passou despercebido, a mesma me olhou com cara de poucos amigos

Ela se virou e foi em direção ao elevador com a cara emburrada, eu aproveitei pra ir atras, aproveitando a vista que me é concedida, olhei, analisei, ela tá com a calcinha enfiada no cu, literalmente

-Não tem vergonha de usar essas calcinhas pequenas? A calça tá marcando bonito

-Não, e você, não tem vergonha de vir me encher a paciência na minha casa?

Ela estava brava, por que ela estava brava?

Entramos no elevado, Catarine apertou o botão do seu ap e subimos em silêncio, que caos

-O que você veio fazer aqui- ela disse abrindo a porta do seu apartamento

Olhei para o mesmo, havia uma mala no canto da sala, aproveitei que estava lá, sentei no sofá

-Eu estou querendo uma resposta do por que você não vai comigo?

-Porque tenho compromisso. Achei que havia deixado óbvio na mensagem, eu tenho prova, tenho tcc, a última coisa que quero é desfocar da minha faculdade

-Neném, te ajudo no que precisar- falei me juntando atrás dela beijando seu pescoço-A gente por ir no cinema e depois do filme voltamos, irei lhe ajudar nas tarefas da faculdade.

Beijei lentamente o ombro dela, subindo para seu pescoço novamente, sentir Cata suspirar, certo, eu estava vencendo

-Não, não- ela falou se desfazendo do meu abraço. Olhei confusa, ela parece uma adolescente de 14 anos

-Cata...

-Nao, Carla, não dá, por favor

Suspirei pesado, olho para a mesma e a vejo entrar em seu quarto. Ok, vamos lá

Entrando no quarto da mesma, ouço barulho de água vindo do banheiro, acredito que ela foi tomar banho, o quarto da Cara era bem organizado, era notável que a mesma era caprichada nos seus afazeres e responsabilidades. Sua cama que ficada no meio da cama era um pouco maior que uma cama de solteiro, cabia fácil duas pessoas ali, seu quarto tinha uma tonalidade branco com uns desenhos bem fofos, havia livros separados, a primeira prateleira havia uns romances, a segunda era comédia, a terceira prateleira eram casos criminais, a quarta era contos a quinta eram uns livros mais religiosos e poemas e a sexta, mas não menos importante, eram os livros da faculdade, todos enfileirados.

Vendo mais algumas coisas no seu quarto, como sua escrivaninha, sua tv e um frigobar, olhei algo que me chamou atenção, bem ao lado da sua cama, um criado mudo com um caderno bem pequeno, nele havia um poema, a letra era de Catarine, não que eu seja curiosa, eu gosto de me manter informada, apenas.

Sentei na cama, o chuveiro ainda estava ligado, peguei o caderno e olhei, nele estava escrito o seguinte poema

"As ruas estão vazia, já não há iluminação
Olho para o céu, está sendo iluminado por estrelas
Percebo o quão linda estão, e o quanto elas me lembram você
Sinto a presença ao meu lado
Seguro sua mão como se você estivesse aqui
Me sinto segura em saber da sua presença

Acordo ofegante, não passou de um sonho
Você não estava aqui, você se foi
Dói em mim, a sua partida me faz mal
Mas sei que em algum momento seguirei
O luto eu não consegui supera, eu vivi com ele
Te amo, pra sempre meu eterno agente"

Catarine Jones

-O que está fazendo?- assustei com Catarine quase gritando

-Eu, ah- tentei falar mais as palavras não saiam

-O que faz com meu caderno?

-Perdão, eu só estava esperando você o caderno estava na mesa

Ela suspirou e foi em direção ao seu closet, entrei para tentar conversa mas parei no estante que vi Catarine se despindo, sua bunda grande e redonda em uma calcinha que não cobria quase nada, droga, ela me tira de órbita

Voltei pra cama, não era o melhor para estar

-Quem é agente? - perguntei curiosa quando a mesma saiu do banho.

Ela me encarou por alguns segundo e ficou em silêncio, saiu do quarto e minutos depois voltou com que acredito ser o lanche dela

-Quer um pedaço?- ela perguntou me oferecendo um sanduíche natural

-Não obrigado

-Eu também não sei, na verdade sei e não sei. Eu tenho tido alguns sonhos com alguém que não sei o que é, sinto a presença de alguém em meus sonhos, sinto o peso do luto, mesmo nao o conhecendo, sei que já não está aqui. Eu contei pra minha psicóloga e ela disse que é normal quando moramos juntos sonharmos com isso

-Desde quando está tendo esses sonhos?

-Não sei, há umas semanas. É meio perturbador sabe?! Eu sinto algo estranho quando estou sozinha, e até ouço algumas vezes vozes

-Aham. Entendo.-Eu disse beijando sua boca em um beijo carinhoso

O restinho de tarde foi assim, não saímos, Catarine sentou e estudou e eu apenas observei, seus olhos são bonitos quando estão ficados em um ponto isso é bonito

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Catarine

As horas se arrastaram durante a tarde, mas quem não arrastou o pé foi a professora que estava aqui em casa até agora. Já era quase 22:00hrs de uma segunda feira chuvosa, a chuva lá fora estava um caos, parecia que o mundo ia desabar, aproveitei antes da chuva pra colocar o carro pra dentro, Carla resolveu me ajudar com algumas coisas

Nesse momento estávamos sentadas na sala, comendo sushi assistindo um filme de comédia romântica. Olho para Carla que está comendo seu sushi tão refinadamente que me sinto mal por comer isso daqui da maneira que como, ela é tão rica, que ridículo.

-Quer algo pra sobremesa? Posso pedir

-Vai fazer um motorista trazer sobremesa na chuva ?

-Ah, é... posso fazer se quiser, caso tenha algo

-Você não tem que ir pra casa descansar?

-Não, já descansei a tarde toda na sua cama- Ela falou se levantando, que filha da puta

Segui ela até a cozinha, a mesma tratou de olhar a geladeira, aproveito pra pegar meu celular e avisar meu pai a data do tcc, quando ouço um barulho estranho

-O que ce tá fazendo- Perguntei incrédula vendo Carla jogar minhas coisas no lixo

-Você quer morrer? Tá tudo vencido

-Eu sei, mas eu como- Ela me olhou com uma cara incrédula, gente, ela acha que eu sou milionária? Meus pais não me baca mais pow

-É serio? Tá de sacanagem. Como tu não passa mal?

-Deve ser por que quando eu eta criança eu comia lama-Falei rindo

-Que nojo

-Fala sério, vai dizer que você nunca comeu terra ou lama? Ou se jogou em uma lata de lixo que encheu de água da chuva?

-Eu tive pais sabia? Eles sabiam que tinha uma filha.

-Que sem graça

-Sabia que não tem nada no seu armário na validade?- ela falou retirando algumas coisas

-Sei, por isso nao faço comida para meus pais quando estão aqui

-Me lembre de não comer nada que não tenhamos comprado no dia, por favor, a última coisa que quero é ter uma intoxicação alimentar

Eu comecei a ri, fala sério, eu não parava em casa, eu simplesmente não comia também aqui. Eu ia fazer comprar, na próxima, próxima volta de Jesus

E assim encerramos nossa noite, após eu tomar um banho e Carla também, deitamos na cama, de conchinha, e dormimos

A gostosa da minha professora +18Where stories live. Discover now