Torta de climão

1.2K 196 58
                                    

Oi gente, voltei. Vi que novas pessoas estão acompanhando a história então peço que favoritem os capítulos e comentem, isso ajuda a historia ganhar alcance e ser lida por mais pessoas. Me sigam no Twitter Alexandrafanfic para saber mais informações sobre essa história e até quando terá atualizações. 

____________________________________________________

Pedi ao Gustavo que pegasse uma roupa pra mim, pois vestir uma da Meila nos entregaria fácil, depois de prontas ela sugeriu que eu entrasse primeiro na sala de descanso dos professores. Entrei cumprimentando a todos, dei um abraço na Delphine e sentei em um pequeno sofá, onde não havia ninguém, mas bastou que eu sentasse para a Ana Clara saiu da sua cadeira e sentou do meu lado.

_ Oi sumida_ disse ela sorrindo.

_ Sumida?

_ Sim, quase não te vejo aqui no internato, parece até que anda se escondendo.

_ Estou bastante ocupada esses dias, fiquei bastante no meu quarto e hoje ajudei a Delphine com as tortas.

_ Você sabe cozinhar? Nossa, vou adorar comer algo feito pelas suas mãos.

Ela pegou a minha mão que estava no meu colo e começou a fazer carinhos. E como eu tenho muita "sorte", bem nessa hora a Meila entra, fala com os professores e senta ao meu lado, eu estava no meio do conflito armado e pior, ela havia visto a Ana Clara segurando a minha mão.

Olhei desesperada para a Glória pedindo socorro, ela me mandou outro olhar que parecia dizer "amiga, eu já vou encomendar as flores para o seu funeral". Que amiga eu fui arranjar hein. 

Delphine e uma outra funcionaram cortaram as tortas e deixaram tudo pronto para que todos se servissem. Quando estávamos todos servidos ela resolveu fazer um anúncio.

_ Já que todos estão com as suas fatias, inclusive os mais famintos já estão comendo_ ela olhou para o Gustavo, que parou de mastigar_ Eu quero dizer que coloquei algo na torta_ todos arregalamos os olhos e emitimos um som de susto, Gustavo até tossiu por engolir o que estava na boca de uma vez_ Não é algo ruim_ respiramos aliviados_ Quer dizer, pode ser para alguns_ novos surtos_ Se acalmem crianças. No meu país, temos um costume durante esse feriado, fazemos bolos e tortas, até mesmo um enorme bolo é servido na praça principal e dentro colocamos alianças. Acreditamos que durante esse feriado almas gêmeas, mesmo a que estão a muito tempo perdidas ou distantes, podem se encontrar. Agora comam com cuidado e tentar achar as alianças.

_ E o que acontece com quem acha a aliança? _ Glória perguntou.

_ É como pegar um buquê Glória, quem achar a aliança tem grandes chances de ser o próximo a casar ou achar um grande amor. Vamos, comam as tortas.

Gustavo: _ Com a sorte que eu tenho capaz de engolir esse anel.

Demos risadinhas. Depois cada um se concentrou na sua fatia.

Ana Clara: _ Seria melhor a Delphine ter colocado whisky nesse doce de maçã_ ela remexeu seu pedaço de torta com pouco interesse.

Glória: _ Não tem interesse em casar Ana?

_ Não tenho interesse em monogamia e o casamento é só o reforço disso. O maior símbolo na verdade, se bem que muitos casamentos são abertos, só que um dos parceiros não sabe.

Ela comeu um pedaço da torta e passou a colher na língua me olhando. Olhei para a Meila e percebi que ela estava se controlando para não cometer um assassinato, a veia da sua testa estava bem evidente e suas unhas estavam cravadas na palma da mão. Comi minha torta quietinha, melhor não mexer no vespeiro. Depois de comer dois pedaços eu pensei que estava livre, mas mordi algo duro e quando peguei com os dedos era uma aliança.

Gustavo: _ olha, já temos a primeira noiva.

Glória: _ Achei uma também_ ela balançou a aliança com a mão, exibindo para todos. Depois deu um selinho no Guilherme.

Gustavo: _ Já comi tudo e nada, triste fim da gay encalhada.

Ana Clara: _ Graças a Deus nada aqui.

Delphine: _ Quem diria, encontrei uma das alianças. Espero que agora dê certo.

Eu não sei se foi impressão minha, mas vi ela e o Joseph trocando olhares e sorrisos, não sei se é real, mas já shippo.

Meila ainda estava comendo, ela estava levando um pedaço de torta a boca com o garfo quando um grito a assustou e fez o garfo cair de volta no prato.

_ Amiga! Uma aliança!!!

_ Porra Gustavo! Vai matar outro poxa_ ela ficou alguns segundos com a mão no peito_ depois pegou a aliança suja de recheio e ficou olhando sem dizer nada.

Joseph: _ Duas alianças encontradas por pessoas que vivem implicando uma com a outra, mas que de repente passam a se dar bem, muita coincidência.

Gustavo: _ Eu não digo é nada.

Guilherme: _ Tá rolando algo ali? _ Ele pergunta baixo pra Glória, que promete falar com ele depois.

Ana Clara: _ Retiro o que disse sobre casamentos, com a pessoa certa pode valer a pena.

Ela sorri de forma lasciva e me olha. Meu Deus, essa mulher não para, ela quer o que? Pelo visto um duplo homicídio, eu não tive coragem de olhar para a Meila ainda, mas tenho certeza que ela queria nos matar nesse momento.

_ Respondendo a especulação de vocês, acredito que as alianças não significam um casamento, no meu caso e no da Valentina, porque afinal de contas já somos ou melhor, fomos casadas_ Meila disse e todos nos olharam surpresos.

Ana Clara: _ Você é casada Valentina?

Joseph: _ Eu trabalho aqui há anos, desde antes de você se tornar diretora e juro que não sabia que você tem um marido senhorita Bernal.

Meila levantou com toda classe que ela tem, colocou mais uma fatia de torta no prato, encheu a xícara de café e sentou-se novamente e respondeu o mais velho.

_ É porque eu não tenho Joseph, quando eu disse que fui/sou casada, quis dizer com a Valentina.

Gustavo: _ Eu estou em choque! Como assim nós somos melhores amigos e você nunca me contou isso?!

Pude perceber Ana Clara se remexendo no sofá insatisfeita e todos os olhares sobre nós, enquanto a Meila tinha aquele sorriso nos lábios, aquele de psicopata. Eu não estava entendendo nada. Não era pra manter em segredo?

____________________________________________

Valentina: Então vamos deixar baixo?

Meila: Não vai não amor.

Eu adoro essas duas, kkk.


Se não fosse aquela noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora