020. Evangeline Truss

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Assusto-me quando ouço um trovão forte, olho para a porta de vidro, o céu faz pequenas luzes brilhantes. Levanto-me e vou até a porta para fechar as cortinas, tenho medo de trovões e relâmpagos.

Ao me aproximar da porta, primeiro fecho a cortina esquerda e depois a direita, mas antes de fechá-las completamente, posso ver um vulto entre as árvores.

Fecho as cortinas rapidamente, a porta está trancada e as janelas também, para que nenhum animal entre.

Volto para a mesa, pego a tigela já vazia e vou até a pia a colocando dentro. Abro o armário de cima e pego um saco de biscoitos, um salgadinho, abro a geladeira e pego um suco sabor uva.

Dormi bastante o dia todo, então o sono vai demorar, nada que maratonar algumas séries não resolva.

Pego tudo nas mãos e caminho até as escadas, mas antes de subir ouço o barulho de algo caindo atrás de mim.

Sinto os pelos do meu corpo se arrepiarem, me viro rapidamente, nada. Estreito minha cabeça em busca. Nada.

- É só coisa da minha cabeça, está chovendo forte e trovejando e estou com medo. - tento me persuadir.

Viro as costas e dou o primeiro passo no degrau da escada. Novamente ouço o barulho de algo caindo, desta vez tenho uma ideia da direção.

Na cozinha.

Viro-me novamente, dou pequenos passos para trás. Agora, o barulho é de coisas sendo jogadas no chão.

Meu coração dispara quando vejo uma sombra.

Tem uma pessoa na minha cozinha!

Conto até três mentalmente, jogo minhas coisas no chão de uma vez e começo a correr para o meu quarto.

Subo as escadas, tropeço nos meus próprios pés, vejo a porta do meu quarto fechada, coloco a mão na maçaneta e empurro.

Ela não abre. Empurro de novo, mas ela nem se mexe.

A porta está trancada.

Alguém trancou.

De repente tudo escurece, a energia caiu ou foi apagada. Sinto meu corpo todo tremer, seguro as lágrimas de medo.

── Evangeline, pare de se esconder.── escuto uma voz masculina cantarolar.

Reconheço a voz, é a mesma da floresta.

── Não se esconda feito uma ratinha.── escuto seus passos na escada.

Dou passos para atrás, o quarto dos meus pais são trancado, então não adianta correr, o banheiro não tem saída e é apertado.

O escritório.

Corro para o escritório, giro a maçaneta e o abro, fecho a porta rapidamente. Rodo a chave trancando a porta, minhas mãos estão suadas e escorregadias.

Tento regular minha respiração, aperto minhas mãos em meus braços, as lágrimas já rolam pelo meu rosto.

── Como um rato caindo em uma armadilha.── escuto uma risada não muito distante.

Olho para o canto mais escuro do escritório, posso ver levemente uma silhueta alta.

── O que acha de brincar de pisque esconde na sua própria casa? ── a pessoa um passo para frente.

Ouço a porta se abrir.

Como? Essa porta só havia uma chave e essa estava na minha mão.

Os dois vem em direção, sendo encurralada na parede, abaixo a cabeça tentando não olhar.

São as mesmas roupas pretas e máscaras.

── Eu avisei para não abrir a boca e a primeira coisa que você faz é ir na delegacia? ── sinto a ironia em sua voz abafada pela máscara.

São esses dois imbecis que estão me mandando mensagem? Por favor, né.

── Como sumiu com as mensagens? ── pergunto. Aperto minhas mãos sentindo a raiva e medo se instalar em meu corpo.

── Acha que estamos brincando? ── sinto meu corpo ser empurrado pelo o da direita. ── Vamos brincar um pouco.

Sou puxada para fora do escritório, o que não estava segurando meu braço abre a porta do banheiro.

── Soube que você era boa na natação quando criança, vamos testar isso.── ele liga a torneira da pia e tampa o fundo. ── Por quanto tempo acha que consegue segurar a respiração?

── O tanto de tempo que sua mãe levou para parir você.── sinto o mesmo pegar minha cabeça e afundar na água.

Menos de dois segundos sou puxada novamente.

── Não me teste, Evangeline. ── ele segura minha cabeça, me forçando a olhar para o espelho. Vejo sua máscara se aproximar mais do meu rosto. ── Não sou eu o brinquedo aqui, você que é a diversão.

Sou empurrada para o canto do banheiro. Apoio-me no box e olho agora frente.

Um estava encostado na porta com os braços cruzados e o que me segurava virou as costas e saio do banheiro.

── Não seja estúpida, se abrir a boca novamente, matamos vocês.── ele se desenconsta da porta. ── Não me faça fazer isso e não irrite ele.

Ele vira as costas e sai.

Espero os barulhos dos passos se distanciarem, mas nada.

Nenhum barulho.

Nenhum barulho

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NOITE DE HALLOWEEN (+18)Where stories live. Discover now