Capítulo 95- Is it so hard to see it?

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— Pai, por favor... Respira e fica calmo. – Ele permanece imóvel, seu olhar fixo em Aemond, a mão está no cabo de irmã negra, me movo lentamente para ficar na frente de Aemond, sinto a mão dele deslizar em minha cintura.
Quatro guardas entram em meu quarto e já ficam em posição para qualquer situação desastrosa, logo meu avô entra.
— O que está acontecendo aqui? – A voz dele é firme, ele não parece estar nada contente.
*Valiriano*
— Achei que ele só fosse conversar com você amanhã. – Aemond sussurra em meu ouvido e apenas balanço a cabeça em confirmação, eu também achava isso. Por que eles estão aqui?
O meu avô analisa o quarto, ele olha para a cama bagunçada, as roupas de Aemond jogadas próximas ao sofá lateral da janela, a minha camisola jogada no chão e por último repara no lençol que cobre o meu corpo, ele solta um longo suspiro.
— Aemond, vá para o seu quarto agora, espere ordens minhas de lá. – Seu comando sai firme e calmo ao mesmo tempo, mas meu pai decidi se pronunciar.
— Não, eu vou matá-lo agora mesmo. – Ele desembainha a espada, mas os guardas já se movem para impedir a passagem dele, dou um passo para trás e bato no peito de Aemond, sinto um leve aperto em minha cintura.
— Tirem Daemon daqui, levem ele para Rhaenyra. – Meu avô ordena, os guardas puxam meu pai, mas o mesmo continua lutando e tentando se soltar para avançar em Aemond, quando eles finalmente saem do quarto, solto um suspiro de alívio, mas ainda sinto que os músculos de Aemond estão tensos em minhas costas.
— Sua Graça... – Começo a falar, mas paro assim que meu avô levanta a mão.
— Aemond vá para o seu quarto e aguarde. – Ele desvia o olhar para a janela, suspira e volta a nos encarar, vejo algo como decepção, mas não tenho certeza se está direcionada à mim. — Sugiro que coloque uma roupa e vá encontrar sua mãe. – Ele fala para mim e ergue a sobrancelha como um questionamento ao Aemond, o mesmo entende o recado, vai até as roupas, veste a camisa e volta somente para dar um beijo na minha testa, logo sai do quarto. Meu avô apenas me encara por alguns segundos e sai, me deixando completamente sozinha.

******

— Não. Não. Você só pode estar brincando. Rhaenys, me diz que isso é uma brincadeira. – Baela começa a rir, mas quando percebe o meu semblante de desespero, ela entende que não há brincadeira alguma e seu rosto entrega que está prestes a entrar em desespero.
Não fui procurar minha mãe porque teria que encarar a fúria de meu pai, o olhar direcionado ao Aemond me deu calafrios, não quero nem imaginar o que teria acontecido se fosse apenas ele, se meu avô não estivesse ali com os guardas, Aemond dispensou Sor Braith para nos dar mais "privacidade", uma ideia idiota, muito idiota mesmo, eu deveria ter ordenado meu escudo a ficar, ele teria ganhado tempo para nós dois.
— Não é, foi tudo muito rápido, eu não sei o que fazer... – Começo a me desesperar, sento no sofá do quarto de minha irmã e coloco as mãos no rosto, tento pensar em maneiras de sair dessa situação, mas não há o que fazer.
— Primeiro fique calma, vocês estão noivos, pelo menos isso já ameniza um pouco e... – A porta se abre e Rhaena entra.
— O que aconteceu? Nosso pai está tendo um ataque, ele quase matou o Aemond no outro corredor, por sorte Alicent estava com Sor Criston e mais alguns guardas, assim conseguiram segurar ele. – Arregalo os olhos.
— Não tinha outros guardas com ele? O rei ordenou que os guardas levassem ele para minha mãe. – Ela nega, Baela solta um suspiro e me encara.
— Acho melhor irmos na sua mãe. – Balanço a cabeça negando e minha irmã questiona, ela quer saber o que aconteceu, Baela conta.
— Rhaenys, pelos Deuses... – Ela senta ao meu lado e puxa a minha mão. — Você não precisa ficar nervosa, provavelmente tentarão adiantar o casamento, porque com a reação do nosso pai, acho difícil a fortaleza inteira não saber o que aconteceu...
— Rhaena, isso não ajuda. – Minha irmã pede desculpa e tenta consertar.
— Olha, ele deve conversar com vocês e vai querer saber desde quando isso vem acontecendo, até porquê isso já foi um boato, não é? – Baela franze o cenho, mas logo sua expressão muda e ela arregala os olhos, seu semblante é assustador.
— Os boatos dos Baratheons... Merda. – Não é possível, hoje não é o meu dia, além de ter que lidar com o meu acesso de fúria na biblioteca, ainda vou ter que lidar com essa merda de situação, meu pai nunca vai esquecer isso, pelos Deuses, o ódio dele por Aemond só aumentou e agora... Não.
— Ei, se acalma, nós ficaremos ao seu lado, não se preocupe... – Uma batida na porta, Baela vai atender e quando abre a porta, Jace está parado na frente dela. Ele entra no quarto, seu semblante é indecifrável, ele solta um suspiro.

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora