Capítulo 55- A Leader

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— Acha melhor voltarmos hoje mesmo? – Baela me intercepta, eu estava indo para o pátio de treinamento, Aemond me acordou mais cedo para avisar que já estava saindo para treinar e eu disse que assim que acordasse, iria para lá.
— Acho que sim, o nosso objetivo já foi concluído. Entregamos a carta e conseguimos mais apoio, até o momento está tudo tranquilo por lá, mas tudo pode acontecer, podem querer aproveitar que não estamos lá... – Ela concorda.
— Está bem. Está indo para o pátio de treinamento? – Assinto. — Vou com você.

Minha irmã começa a falar de como foi o reencontro dela com Jace, detalhadamente, um horror, só me faz lembrar do dia que flagrei os dois... Eca.
— Eu estava pensando em... – Eu travo na hora que entramos no pátio.
— Está tudo bem? – Vejo Erick conversando com Jace e Aemond, eles parecem estar conversando algo sério. Baela olha na direção deles e depois me olha com os olhos arregalados. — Consegue agir naturalmente?
— É óbvio... – Eu olho para o rosto de Erick e depois me viro para Baela. — Acho que não, eu olho para ele e lembro daquela noite... Pelos Deuses, é vergonhoso.
— Ei, Rhaenys. – Ouço a voz do Erick, nós duas viramos para ele.
— Erick... Bom ver você. – Nós nos aproximamos e ele me da um abraço.
— Digo o mesmo. Eu soube do que tem feito na Campina... Você tem sido ovacionada pelo povo e odiada pelos nossos inimigos. – Lhe dou um sorriso tímido.
— O que veio fazer aqui? – Erick apoia sua mão em meu ombro, me dando um sorriso "acolhedor".
— Vou ajudar a trazer o seu irmão de volta, estão reunindo os melhores espadachins e arqueiros, vamos partir para Rochedo. – Olho para Jace que está com uma cara de "Desde quando vocês tem tanta intimidade?" e Aemond olha fixamente para a mão de Erick.
— Você não precisa trocá-la para poder falar. – Jace balança a cabeça concordando.
— Também não acho correto você abraçá-la, não se esqueça, contato demais pode fazer as pessoas falarem... Coisas, inventarem boatos. – Aemond concorda com Jace. Ontem os dois estavam quase se matando e agora estão concordando? Só pode ser brincadeira.
— Vocês estão falando sério? Ah, pelos Deuses, vão caçar o que fazer. Erick, desculpa por isso, os dois não estão batendo bem da cabeça. – Baela fala e eu concordo.
— Ei... – Rhaena desce rapidamente a escada. — Sala do conselho agora, parece que chegou um aviso importante de VilaVelha. – Me despeço de Erick, Jace da um tapinha no ombro dele e sobe, depois vejo Aemond falar algo baixinho para ele, os olhos do homem se arregalam de leve.

*Valiriano*
— O que você disse para ele? – Puxo Aemond pelo braço.
*Valiriano*
— Que não gosto quando encostam no que é meu. – Ele saí andando, alcança Jace e eles conversam sobre algo que não consigo ouvir, não parece mesmo que quase se mataram ontem.
— O que que deu neles dois? – Baela pergunta, Rhaena faz uma expressão de confusão e nós três ficamos encarando os dois andando juntos e conversando.
— Bizarro... – Rhaena fala, assim seguimos caminho para a sala do conselho.

******

— O comandante Ilyas quer negociar... Mas apenas com o líder dos ataques. Na carta que enviou para o lorde Ormund deixou bem claro, ele quer estar cara a cara com quem ordenou e ajudou no massacre dos exércitos deles... – Meistre Oslew fala.
— Mais da metade do exército de Norvos está de pé, não sei onde ele viu um massacre ali. – Baela rebate.
— Diga para lorde Ormund se encontrar com ele para ver o que quer, fale também que terá um prazo de sete dias para respondermos, assim a Campina terá uma trégua. – Meu avô responde e Oslew faz uma cara esquisita.
— Mas não é com o Lorde Ormund que ele quer se encontrar... Meu rei, eles consideram a princesa Rhaenys como a líder dos exércitos. – Todos me olham, é agora que eu preciso manter minha postura, como Gusly, Richter e Ormund me ensinaram.
— Mande lorde Ormund marcar esse encontro, quero que seja em Bandallon, um território neutro. Exija que ele vá com apenas uma pequena escolta, diga que só levarei o próprio lorde.
— Nem pensar. – Aemond começa e todos olham para ele, mas o mesmo não parece ligar, ele olha para mim fixamente. — É uma armadilha, ele não quer negociar, ele quer matar você. – Reviro os olhos.
— É óbvio que é uma armadilha, não sou idiota, mas se matarmos o comandante, o exército vai fraquejar, mesmo que por apenas um momento, até outro assumir, é ai que podemos atacar... Esse encontro pode ser vantajoso, só temos que colocar tudo em nossos termos, já que foi ele que mandou a mensagem e não a gente.
— Rhaenys tem razão, pai, se for uma armadilha, ela vai estar preparada e pode desestabilizar eles, mas se não for, ela vai conseguir uma trégua, o que pode nos dar tempo para pensar ou até mesmo de movermos os Starks para lá. – Minha mãe fala e Aemond balança a cabeça negando.
— Sim, é uma vantagem, mas é muito arriscado mandar ela praticamente sozinha... – Eu o interrompo.
— Eu sei me defender e estarei com Storm também.
— Pai, é arriscado demais... Envie mais alguém com ela. – Ele se vira para mim. Será que esqueceu que não estamos sozinhos? Idiota. — Sei que sabe se defender, mas você virou um alvo, alguém que eles querem matar a qualquer custo, você é odiada por eles. Me envie com ela, depois desse encontro, eu volto para Correrrio. – Meu avô fica intercalando o olhar entre nós dois.
— Concordo com Aemond. – Baela começa. — Nos últimos ataques, ela era o alvo principal, só quando ela não estava por perto que eles focavam em mim, e acredito que se Ilyas for esperto mesmo, ele não vai aceitar nossos termos. Uma pequena escolta contra um dragão? Ele não vai querer, pode achar que também é uma armadilha. – Ela suspira. — Não precisa nem ser o Aemond, só envie alguém com mais experiência, como minha avó ou nosso pai. Só que o bom de enviar o Aemond, é que se eles quiserem negociar mesmo, ele é o melhor para isso.
— Nesse ponto, tenho que concordar, meu rei. Aemond é a melhor opção para acompanhar Rhaenys. – Otto afirma.

Bom, de certa forma, tenho que concordar, Aemond é muito bom em negociar, eu não tenho experiência com isso, não sei o que posso oferecer sem causar mais brigas e se for uma armadilha... Talvez seja bom ele ir comigo.
— Se eles não estiverem mentindo sobre a intenção de um acordo, será bom o Aemond ir, ele pode tentar conseguir algo na medida, sem entregarmos muito poder a eles. – Meu avô parece pensar no que fazer, ele olha para Otto e a mão do rei balança a cabeça em confirmação.
— Mandem um aviso ao lorde Ormund, mande marcar esse encontro em Bandallon, Aemond irá com Rhaenys. – Meu avô se direciona ao meu tio. — Se conseguir um acordo vantajoso mesmo, feche-o, nem precisa trazê-lo, você sabe o que podemos ou não dar à eles, se ver que o acordo está indo além, apenas peça uma trégua de sete dias para me entregar o acordo.

Todos concordam com a decisão do rei, meu pai não gostou muito, mas ele relaxou um pouco depois que minha mãe falou algo em seu ouvido, ele balançou a cabeça concordando e suspirou alto, dizendo que ela estava certa...

******

— Quero que tomem muito cuidado, não quero que mais filhos meus sejam aprisionados, quero que voltem em segurança para casa quando tudo isso acabar. – Minha mãe começa, depois meu pai faz um discurso sobre os cuidados que devemos ter ao ficar perto de Aemond, tento argumentar, digo que ele não fará nada, inclusive pontuo que ele só está indo porque é bom em negociar, e talvez por conta de um pouco de preocupação com a sobrinha dele... Meu pai pareceu pensar nisso, logo incrementei dizendo que mesmo que ele fale muita merda, ele ainda está correndo atrás para resgatar Luke, sinal de que no fundo ele se importa com a gente. A resposta do meu pai foi:
— É... Preocupado com a sobrinha, claro. Eu também me preocupava muito com a minha. – Me deu um beijo na testa e saiu andando, Baela vai junto.
Termino de me despedir dela e vou para o meu quarto.

— Ele nem esconde mais a preocupação com você. – Levo um susto, Baela já está sentada na minha cama assim que entro.
— Pelos Deuses... Quer me matar? Cruzes. – Ela ri. Antes de ir até ela, alguém bate na porta, assim que abro, Aemond.
*Valiriano*
— Quero partir o quanto antes, coloque a armadura. – Eu lembro do que ele falou sobre ela ontem... Lhe dou um sorriso malicioso.
*Valiriano*
— Já está doido para me ver nela de novo, não é? – Ele tenta disfarçar o sorriso.
— Parem com isso, por favor, eu também entendo Valiriano. – Baela vem até a porta. — Vou trocar a roupa... – Ela faz cara de nojo quando, mas logo começa a rir. Abro passagem para ele entrar, ele já está com sua armadura e pelos Deuses...
*Valiriano*
— Vou me vestir, senta aí. – Indico o sofá para ele, caminho em direção para onde guardei ela e assim que a pego, já começo a retirar a roupa.
*Valiriano*
— Você realmente tem feito um estrago... Líder dos exércitos. – Termino de colocar a armadura e vou em direção a ele.
*Valiriano*
— Bom... Baela e Daeron também fizeram, todos nós estamos fazendo, isso não quer dizer nada. – Coloco as mãos nos joelhos dele, me inclino e lhe dou um beijo, só paro quando fico sem ar. — Vamos, melhor partirmos para VilaVelha logo, assim podemos traçar um plano com Ormund, caso seja uma armadilha.

Ele levanta e vem atrás de mim, descemos para o pátio e encontramos Baela pronta, ela está se despedindo de Jace, vejo Rhaena também, minha irmã vem me abraçar e desejar boa sorte, falo com Jace também, ele me passa um sermão, dizendo que tenho que tomar cuidado, para não tomar nenhuma atitude imprudente e outras coisas, algo desnecessário, já que não sou nada imprudente, quando eu disse isso, todos me olharam e fizeram uma cara de "Você está afirmando isso mesmo?" fazendo Baela cair na gargalhada, assim que tomo todos os sermões possíveis, nós saímos da fortaleza para ir ao fosso dos dragões.

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Boa tardeeee❤️
Não esqueçam de conferir se leram os anteriores, wattpad não está avisando de capítulos novos...

Ai gente, eu passo mal com os comentários de vocês, juro que vou responder todos, só estou esperando ter um tempinho para isso... Continuem porque eu amo, juro🤣🤣🤣❤️❤️❤️

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenWo Geschichten leben. Entdecke jetzt