The Fate of House Targaryen - Aemond Targaryen

Capítulo 45- Past or Future?

Estou caminhando por um campo, o verde de sua grama brilha, o azul do céu faz a paisagem parecer uma pintura, consigo ver crianças correndo, vejo mulheres e homens dançando, rindo e bebendo.
Estou próxima a uma vila, não consigo identificar em qual parte de Westeros estou, se realmente estou, quando chego mais próximo de uma casa, na janela vejo um garotinho, ele tem cabelos prateados, de repente ele some, não consigo mais ver ele, parece que correu, tento entrar na casa, mas está trancada, dou a volta, há uma porta lateral, essa está aberta, eu entro.
— Olá! – É uma casa simples, começo a reparar mas logo um barulho chama a minha atenção, vem de um dos cômodos, ando até ele e abro a porta lentamente.
O menino está parado só um pouco afastado da janela, ele observa algo, assim que entro ele olha para mim.
— Eles vão queimar todos nós. – Ele fala, seus olhos estão focados nos meus, consigo ver o medo nos dele. — Eles não vão parar até se destruírem. – Logo olha de novo para a janela e aponta lá para fora. — Ele está chegando, nós vamos morrer. – Quando ele fala isso, vou para a janela e consigo ter a visão do campo.
Aquele campo que antes era verde, o vermelho sobressai, vejo pessoas correndo e fogo, dragões, pego o menino no colo e corro para fora da casa, avisto três colinas enormes, corro na direção da mais próxima, mas não por muito tempo, o menino grita e só sinto as chamas nos consumirem.

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Levanto em um pulo, meu corpo está encharcado de suor, respiração ofegante, ainda sinto a sensação da minha pele queimando, ouço uma batida na minha porta e Sor Braith entra.
— Está tudo bem, princesa? Ouvi um barulho alto. – Vou até ele.
— Sim, sim, eu só... eu me assustei. – Ele confere se está tudo bem mesmo e sai.
Pelos Deuses, esses sonhos parecem tão reais, eu sinto todo o desespero, toda a dor, é completamente aterrorizante.
Tomo um banho, me arrumo e vou encontrar com Baela e Rhaena, mas assim que viro o corredor, vejo Rhaena e Aegon, ela está segurando a mão dele, ele puxa bruscamente e quase da um tapa nela, ouço ele se desculpar e ela dizer que estava tudo bem, que a culpa era dela, ele sai sem responder e ela vai atrás.
Eu fico completamente sem reação, ando o mais rápido possível para chegar ao quarto de Baela, saio entrando, ouço o guarda gritar algo, mas não paro.

— Baela, você não v... Pelo Deuses. – Viro de costas na mesma hora.
— RHAENYS. – Jace e Baela gritam ao mesmo tempo.
Os dois estavam... Ah, que horror, acho que nunca vou esquecer essa cena.
— Estou sentindo náuseas, sai logo daqui Jace. – Meu irmão me vira para olhar para eles, ele já está vestido, Baela está terminando de colocar a calça.
— Você não sabe bater? – Meu irmão pergunta.
— Ah, desculpa, eu não imaginei que uma hora dessa vocês estariam... – Baela chega mais perto.
— Espero que seja muito importante para você nos atrapalhar assim. – Ela cruza os braços, Jace continua me encarando, estão esperando eu falar.
— Na verdade, é um assunto de mulheres... – Falo e meu irmão faz uma daquelas caras de quem quer enfiar a cabeça no buraco, ele nunca sabe reagir quando falamos algo do tipo.
— Já estou indo. – Ele beija minha irmã e me da um beijo na testa, logo sai.

— Desembucha, anda. – Baela se apoia na mesa próxima a sacada do quarto. Começo a contar a cena que vi, minha irmã franze o cenho. — Você tem certeza? – Assinto. — Eu já percebi que ela age de forma estranha perto da Helaena, será que...
— Eu também tinha percebido isso, inclusive uma vez quando estávamos conversando sobre ele ser um babaca com Helaena, ela logo quis sair da conversa, achei muito estranho...
— O que será que ela está aprontando? Agora além de você, Rhaena também vai me dar dor de cabeça? Pelos Deuses. – Me sento no sofá de canto do quarto.

— Tem uma coisa... uma coisa que quero te contar. – Baela fica tensa.
— O que aconteceu? Aemond fez algo? – Faço sinal para que ela sente ao meu lado, assim que ela faz, começo a explicar todos os meus sonhos, detalhe por detalhe, sensação por sensação, cada vez que eu falo sobre um deles, meu corpo parece lembrar da dor, da angústia, do sofrimento, foi como estar de novo naqueles sonhos, Baela me encara com os olhos arregalados, assim que termino. — Rhaenys... Pelos Deuses, isso é bizarro, mas não acho que deva se preocupar, pode ser a tensão por conta da guerra, você só está com medo e seu corpo está reagindo dessa forma. – Baela me abraça e faz carinho na minha cabeça. — Não se preocupe, tudo vai ficar bem.

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A reunião já está acontecendo, minha mãe insistiu que seria bom Jace estar lá, assim como o meu avô tinha selecionado Aemond, ele fez com Jace, nós estamos no pátio agora, enquanto Luke treina com o pequeno Aegon, eu, Rhaena, Baela e Helaena estamos sentadas observando e conversando, bom, elas estão conversando, eu não consigo parar de pensar naquele maldito sonho, aquela criança...
Mais cedo, antes de sairmos do quarto, Baela disse que achava melhor não confrontar Rhaena, pelo menos não agora, ela quer investigar isso melhor, seria injusto atirar mil pedras em Rhaena para no final ser um mal entendido.

— Eu sinceramente acho que deveríamos sair hoje. – Helaena fala. Baela da um gritinho.
— Por favor, precisamos disso. – Rhaena ri e concorda, elas olham para mim.
— Hoje eu não tô muito afim, mas vocês devem ir, se divirtam. – Elas três me encaram confusas.
— Está tudo bem? – Rhaena pergunta.
— Está sim, hoje eu quero ficar com Storm no céu. – Baela me olha desconfiada, mas dessa vez não estou mentindo, tudo o que eu preciso é isso, me sentir bem e em "casa". — Mas posso encontrar com vocês antes de amanhecer, tá bom assim? – Elas concordam e ficamos conversando pelo resto do dia.

Já estava escuro quando decidi ir para o meu quarto, ninguém tinha dito nada sobre a reunião ter terminado ou não, mas não vi minha mãe, nem meu pai, nem Jace ou Aemond, nem qualquer um dos que foram selecionados, provavelmente a conversa vai se estender pela noite também.

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— Deu muito ruim. – Baela entra desesperada no quarto. — Muito, muito ruim. Eles não fecharam nenhum acordo e acabamos de saber que o exército Lannister está atacando Correrrio, por sorte, Rhaenyra já tinha preparado eles para um possível ataque, mas o exército deles está em maior número, coloca maior nisso. – Me levanto do sofá, coloco meu livro em cima da mesa e vou até Baela.
— Se acalma. Quais são as ordens do meu avô? Ele vai enviar os dragões para o suporte? Mais homens?
— Jace disse que ele já designou uma força que já está partindo, vai enviar dois dragões, além de Vhagar e Caraxes, já que Aemond e nosso pai são mais úteis lutando em terra, Jace e minha avó irão. – Ela se senta, está tão tensa.

— E quanto ao acordo? – Baela suspira e começa.
— O rei aceitou tranquilamente os termos de Jaime, principalmente porque Aemond o apoiou, mas quando Halbrand foi falar pelas Cidades Livres, Jace disse que eles estavam exigindo terras aqui, como Jaime tinha indicado, mas não era só isso, eles queriam ter influência na casa Targaryen e o controle de algumas casas menores, ele disse que estavam indo pelo pensamento de Colin Lannister, pediram uma união entre o atual príncipe de Pentos e você. – Pelos Deuses, eu sabia, eu sabia. — Parece que seu avô se propôs a mudar o acordo, disse que a união poderia acontecer, só que terras e comando de casas não aconteceriam, mas poderia ceder terras para você e com isso, Pentos poderia desfrutar de tais. Sor Halbrand disse que não era o suficiente, que o rei não estava disposto a ceder, mas seu avô tentou manter a passividade, mesmo assim, o homem decidiu fazer ameaças e foi aí que ele se direcionou a Jaime também, jogando na cara dele as promessas sobre tudo ser justo para todos, mas que o único que iria recebe era ele, com isso, Jaime disse ao rei que só fechariam um acordo caso fosse favorável a todos, então Aemond montou inúmeras propostas, nenhuma delas com casamento incluso, isso irritou Halbrand, que disse que o casamento era o ponto principal desse acordo, mas Aemond disse que não, que não haveria possibilidade de um casamento, o rei rebateu e tudo explodiu, metade defendia que você não aceitaria isso e a outra metade dizia que você tinha essa obrigação com o seu sangue.
No final, Halbrand não aceitou nenhuma das propostas, com ou sem casamento, e foi aí que chegou a mensagem vinda de Correrrio, Jaime e Halbrand disseram que não sabiam de nada, mas que de qualquer forma, o rei deveria mandar muita ajuda, pois as frotas de Pentos já estavam posicionadas e só estavam esperando o momento certo de atracar, que será quando o restante dos exércitos do rei chegarem. Parece que Jaime ainda tentou argumentar, mas Halbrand estava certo de que nunca chegariam a algo favorável para todas as partes e que era melhor eles partirem, assim fizeram, antes que alguém ali tentasse piorar a situação, com um assassinato.

Não tenho nem o que dizer sobre tudo isso, só que agora se tornou oficial, sem acordo, sem paz, nós teríamos que enfrentar isso de cabeça e vencer pelo bem de nossa família, ao que parece, essa será a primeira grande batalha.

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Boa noite!
Espero que todos estejam bem❤️
Não esqueçam de conferir se leram o de hoje cedo.