Capítulo - 3

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Eu não sabia quão louca isso me fazia, mas o fato era que eu amava assistir a um Rafael adormecido. Suas feições bonitas de deus do Olimpo se suavizam quando ele estava assim, completamente relaxado, algo que não parecia ser possível quando sua cabeça estava tomada por seus pensamentos nos negócios.

Sendo dono da Amethystós, a joalheria referência número um no mundo, não era de se estranhar que sua cabeça estivesse sempre se voltando para os negócios. Eu servia apenas café e, quando um dos meus colegas de trabalho precisava faltar o turno, era o bastante para que eu ficasse preocupada com o atraso das entregas dos pedidos.



— Você vai ficar aí parada me provocando com esse cheiro de bacon ou vai vir tomar o café da manhã na cama comigo?

Rafael abriu apenas um dos olhos para mim, a prova incontestável de que estava acordado.

Mas que fingido!
Será que ele notou que eu ficara tempo demais em pé, segurando a bandeja do nosso café da manhã, só para ter uma chance extra de olhar para ele adormecido, antes de interromper seu sono?



— Você está ficando mal acostumado com essa coisa toda de café na cama.


Foi o que escolhi dizer, caminhando com cuidado até a cama e entregando a bandeja para Rafael, para que pudesse me acomodar ao seu lado.

Ele fincou os pés de madeira da bandeja no colchão macio, certificando-se de que estava firme e a uma boa altura para que pudéssemos comer ali.




— Não vou discutir quanto a isso, você tem me deixado mal acostumado em muitos sentidos.


Raf se esticou na minha direção, e o gesto simples foi o suficiente para fazer
minha garganta se apertar e meus olhos arderem pelo choro contido.
Eu precisava contar a ele sobre o bebê, não podia esperar mais.
Na noite anterior minha covardia e o medo de perdê-lo foram maiores do que meu bom senso, mas eu precisava dar um basta naquilo. Raf merecia saber a verdade o quanto antes.



— Eu trouxe um presente!


Ele anunciou enquanto bebia um gole de seu café puro. Era como ele gostava para começar o dia.

Mas que fingido!
Será que ele notou que eu ficara tempo demais em pé, segurando a bandeja do nosso café da manhã, só para ter uma chance extra de olhar para ele adormecido, antes de interromper seu sono?

Pensei em perguntar se ele trouxera um potinho da areia da praia de Mykonos de lembrança, mas achei melhor não.
Se meu presente fosse outra coisa, eu não queria parecer como alguém que criara expectativas.

Raf se estendeu até sua mesinha de cabeceira, e por um momento contive minha vontade de revirar os olhos.
Ele não se atreveria a trazer preservativos gregos para mim, certo?
Não que fosse uma má ideia, já que os que eram comercializados nos EUA não terem servido seu propósito.

Foi quando Raf me entregou uma caixinha de veludo sofisticada que eu soube que, fosse o que fosse seu presente, eu não o merecia.

Contudo, nem mesmo tive tempo de usar esse argumento, já que ele mesmo abriu a caixinha para mim, exibindo uma pulseira que era um misto de delicadeza e sofisticação.
E diamantes. Muitos deles, por todo o comprimento



O Bebê Secreto do Milionário GregoWhere stories live. Discover now