𝐿𝑒𝑎𝑡ℎ𝑒𝑟𝑓𝑎𝑐𝑒 - 𝑈𝑚𝑎 𝐻𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟𝑖𝑎 𝑁𝑎𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑎 +18

IV

Thomas foi tomar o banho dele, e o esperei assistindo desenhos antigos, e um deles agora era a Pantera Cor-De - Rosa.

Logo após ele chega com um sorriso aparenta ser de alívio, o chamo e ele se senta ao meu lado.

- Oi...

Ele acena com a mão.

- Sabe.. Temos que arranjar o jeito de você se comunicar...

Sorrio e o observo.

- Ei.. Tire a máscara... Pode tirar.

O mesmo apenas balança a cabeça em negação olhando para o lado. Suspirei.

- Tudo bem... O que ficou fazendo enquanto estive no mercado?

O olhei e este devolveu o olhar, e percebo ele erguer as sobrancelhas.

- Não vai me dizer que ficou o tempo todo olhando o relógio.

Ele aparentou sorrir e acentir.

- ... Ah. Não era necessário...

Mais tarde, ouvimos o noticiário enquanto tomávamos café da noite.

- "Boa noite, Texas! As autoridades disseram que irão continuar os toques de recolher! O assassino ainda à solta, e não atacou mais, apenas houve mais roubos.."

Desligo a pequena TV de cubo em cima da mesa e respiro fundo tentando ignorar a voz da jornalista em minha cabeça, e lanço um olhar para Bubba que olhava seu prato já limpo.

- Amanhã, te ensinarei a... Falar. Ou pelo menos tentar, não sou uma boa professora.   - Sorrio divertida o fazendo rir movendo seus ombros. Que isso dê certo.

Manhã Seguinte...

Eu estava o ensinando o alfabeto, e a juntar palavras. Ele estava atento a tudo, mas não conseguia. tirar muito som pela boca, além de um grunhido que parece de dor, ou um gemido baixo.

Fiquei mais de uma hora tentando fazê-lo dizer uma única palavra se quer.

- Será que são suas cordas vocais?

O olho confusa e cansada, e ele me olhou atento com uma feição magoada.

- ... Eu sei que você está se esforçando.  - Faço carinho em seu cabelo -   E ainda iremos conseguir fazer você falar, está bem?

O mesmo acente sorrindo.

- Ótimo!

E logo escuto um latido alto vindo do porão, e olhei para lá automaticamente.

- O que..?

Percebo o olhar desesperado de Thomas e assim que me levanto, ele se põe na minha frente.

- Tommy... Tem um cachorro no porão?    - O mesmo balançou a cabeça negando  - Como não?! O ouvi...

O observo seria e dou a volta por ele mas sinto a forte mão dele me segurar e me trazer de volta.

- Thomas.  - Digo em um tom sério e sinto sua mão afrouxar o aperto.

Consigo me soltar e caminho rápido até a porta, mas assim que escuto sua voz alta e clara, rouca e grave, me faz conter o passo.

- Sarah!   - Me viro para ele com um olhar de espanto, e o mesmo respirava forte, e me volto para Thomas caminhando em sua direção.

- Sabe falar?

Ele apenas nega a cabeça.

- Sabe falar?!    - Me aproximo com um olhar sério, e o mesmo apenas engole em seco se encolhendo... Droga..   -  Okay... Okay. Você sabe falar mais alguma coisa?

Ele nega a cabeça.

- ... Estarei confiando nisso!

E vou para a porta e abro vendo sair um cão-pastor que pula sobre Thomas o qual o faz carinho.

- Thomas...

O mesmo aponta pro dedo no chão, e sei bem o que ele quis dizer.

"Ele fica aqui"

- Thomas.. Se eu pudesse, eu deixaria.. Mas não tenho dinheiro o suficiente pra comprar ração e essas coisas...

Apenas o vejo abaixar a cabeça e acentir. Que ódio de mim.

- Olha, desculpa, Tommy... Mas.. Eu também, sempre quis um cachorrinho na infância...

Digo me aproximando e fazendo carinho no belo animal de quatro patas.

- Eu prometo que assim que eu conseguir um trabalho.. E dinheiro suficiente.. Posso abrir mão e te dar um cachorro.. Mas.. Não agora.

O mesmo suspirou e balança a cabeça em concordância e leva o pastor-alemão para fora.

- Desculpa...

Digo baixinho e ele volta e me abraça de leve, e fecho os olhos.

- Que abraço bom... Quentinho...

Minha voz começa a abaixar, como murmúrios, e acabo por sentir cansaço e não sei o que me deu e apenas... Apago.

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Olá meus amores!
E ae? Gostando da história?
Desculpa pela demora...
E talvez eu demore mais ainda
pra postar o próximo então...
Já os desejo um bom Natal!
E um ótimo Feliz Ano Novo!
❤️