O37. vinnie | elle

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— Quem não te conhece, que te compre! — Huxhold diz e eu rio.

Por mais que eu esteja com saudades de tocá-la, eu sei que a mesma não está com cabeça para isso, portanto, só quero dar um meu apoio.

Me despeço dos dois e mais uma vez da Rory, avisando que depois resolvemos uma certa questão.

Enquanto dirijo, coloco uma música em volume ambiente e encaro algumas vezes o meu celular grudado no painel.

Foda-se. Digo a si mesmo em voz alta e peço a Siri para ligar pra Elle. Meu coração palpita a cada "tum" indicando que está chamando.

Oi. Vinnie. — ela atende, falando em pausas. Escuto barulho de água caindo.

— Estou atrapalhando? Posso ligar outra hora. — digo, receoso.

Pode falar! Aconteceu algo? — insiste e eu respiro.

— Queria te convidar pra jantar, mas não sei se você está com cabeça pra isso.

Ela fica em silêncio e o nervosismo toma conta do meu corpo.

Um minuto em silêncio. Merda, eu sabia que não era uma boa ideia.

Adoraria. — esboço um sorriso. — Mas… — o desfaço. — Eu estou exausta pra sair para qualquer lugar. Passei a noite e o dia no hospital. — explica e eu compreendo. — Me desculpa!

Eu entendo, mas isso me frustrou. Fiquei o dia todo planejando isso.

— Não se preocupe, eu entendo. — aperto os lábios. — Descansa. Até mais!

Vinn- — ela não consegue concluir, porque sem querer desliguei. Ela havia ficado em silêncio de novo.

Retorno a ligação.

— Ia dizer algo? Encerrei sem querer.

Não, deixa pra lá! — escuto um riso curto.

— Ok. Estou dirigindo, depois a gente se fala. — falo. — Pode voltar para o seu banho. — dou um risinho e ela se despede.

Volto a focar na estrada, mas não totalmente, porque mais da metade dos meus pensamentos são ocupados pela Elle e no que ela pensa, ou sente, em relação a mim.

Eu sei que ela tem bloqueios por conta do que já passou, mas eu só queria um sinalzinho… uma palavra de afirmação, porque é muito difícil estar num lugar do qual você não tem certeza em como a outra se sente em relação a você.

Encaro um ponto nada específico, com o polegar sobre os lábios e o cotovelo na janela da porta,
enquanto espero o sinal abrir novamente.

Gostaria de presentear a sua amada ou amado com uma tulipa?

Uma voz feminina me tira do transe.

É uma garota, que aparenta ter uns dezenove anos ou menos, de cabelos ruivos na altura do pescoço, perguntou com um sorriso em seus lábios.

— Me desculpa, mas não tenho quem presentear. — lamento e ela murcha.

— Pode ser sua mãe… ou irmã. — voltou a sorrir. — Ou pode apenas comprar pra me ajudar?

Fico poucos segundos em silêncio e quando volto a falar, é pra perguntar o preço.

— É apenas dois dólares. — ela avisa quando eu entrego três a mais para ela. Digo para ela ficar. — Vai querer qual? — mostrou diversas cores.

— O que significa cada uma?

Ela olhou para frente e eu também. O sinal abriu e não demora muito para ouvir buzinas.

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