O herdeiro da pátria amada (Bolsolula)

Vale da neblina

   Então Bolsonaro andou pelo vale da neblina com o restante de sua equipe, e de repente ele começou a se sentir e se comportar de um jeito diferente do usual. Por exemplo, teve um momento que eles pararam para descansar da caminhada, e quando Bolsonaro foi no rio, ele começou a dar risadas altas e constantes.

   Então o Jubiscleiton decide perguntar por que ele estava rindo, "é que eu estou vendo um palhaço kkkkkkkkkkkkk" respondeu apontando para a água, nesse momento ele não entende a situação e se aproxima de Bolsonaro, que fala sem parar de rir "Olha o bozo!" indicando para o próprio reflexo na água. E já que Jubiscleiton também estava meio aerado, também começou a rir com o Bolsonaro sobre o Bozo.

   - Caraca moleque, eu sou um pão-dragão! - Jubiscleiton comentou alegremente enquanto tentava levantar voo batendo os braços em sentido anti-horário.

   - E eu me tornei um Lula com onze dedos - Bolsonaro comenta olhando para um espelho que somente ele conseguia enxergar.

   E com isso a equipe formada pelo pão-dragão, Lula de onze dedos, maconha antropomórfica que fuma seres humanos, Dora aventureira racista e alienígena que fugiu da área 51 resolveu de um momento para o outro se locomover pelo vale da neblina, por terem esquecido do objetivo que os reuniu, os cinco integrantes apenas vageavam por aí rindo das coisas (independentemente de serem engraçadas ou não).

   - Eita muleque, agora eu virei a winx da piranhagem! - Bolsonaro gritou alegremente, e depois todas as pessoas da equipe oscilavam entre as coisas ou pessoas que se tornavam, cada um se virava uma coisa mais bizarra que a anterior. Depois de muito tempo todos adormeceram por causa do cansaço, até que Bolsonaro acorda e diz.

   - Nossa, quem é esse zero à esquerda que eu virei dessa vez? Ata, sou eu - infelizmente ele voltou a realidade e percebeu que era um grande bostinha, mas pelo menos a neblina havia parado.

   E quem mais despertava (que por sinal ainda estava chapado, diferentemente daqueles cinco seres humanos que estavam ao resgate do anticristo) era Snoop Dogg, que observava o seu sucessor seguir seus passos, tal sucessor que por acaso também estava chapado e demonstrava ser um maconheiro mais experiente que o próprio Snoop Dogg.

   - É maconha, doido! - Sikêra falou e pegou outro cigarro.

   Sim, Sikêra Júnior era o homem que daria continuidade ao legado de Snoop Dogg. Ambos viviam juntos fumando uns bons baseados (que variavam de 15 cm a 20 cm de comprimento) a cada cinco minutos enquanto Snoop Dogg explicava coisas essenciais sobre si.

   As coisas que Sikêra falava no c̶i̶r̶c̶o̶ ̶t̶e̶l̶e̶v̶i̶s̶i̶o̶n̶a̶d̶o̶ programa dele eram apenas uma máscara para esconder quem ele realmente era, não muito diferente de um cara que se diz hétero e homofóbico, mas que ao mesmo tempo curte uma boa brotheragem, ou seja, o Enzo que se reúne com os amigos para assistir futebol e basquete.

   Snoop Dogg vivia chapado, e honestamente deve ser por isso que ele escolheu o Sikêra Júnior como seu sucessor, afinal ninguém em sã consciência iria depositar o seu legado em alguém que aparenta ter menos tempo de vida do que si próprio.

   O fato é que com o apagão repentino que eles dois maconheiros tiveram na noite passada, ficaram inconsciente por um determinado período, tempo o suficiente para que fumaça da maconha se dissipasse e o vale amanhecesse sem toda aquele ar alucinógeno. Isso mesmo, o local se chamava vale da neblina por causa da quantidade de fumaça de maconha que Sikêra e Snoop Dogg faziam aquele ambiente adquirir quando preparavam e consumiam os baseados.