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O forte aroma da xícara de café recém preparada invadia suas narinas enquanto você preparava um café mocha mentolado para o mesmo cliente rotineiro.
Daqui uns dias vai fazer quatro meses que o mesmo garoto passa pela porta do café em que trabalha, exatamente as 6:40 da manhã e pede a mesma coisa para você. Suzie, sua colega de trabalho de cabelos rosa chiclete disse que quando seus dias de folga caem durante a semana, ele vem ao café e vai embora sem comer nada quando descobre que não está. As manhãs quando ele chega são consideravelmente intrigantes. O garoto vem até o balcão, onde você atendia nesse mesmo horário, faz o mesmo pedido do mocha mentolado e o bolinho de amendoim com menta e pede exatamente dois sachês de açúcar mascavo, do qual ele só consome diariamente um e meio. Ele volta ao balcão para pagar - com você também- e sai todos os dias por aquela mesma porta as 7:00 a quase quatro meses e por todo o tempo em que fica no lugar ele troca olhares com você varias vezes.
Você quase já cheguei a questiona-lo sobre isso mas nunca encontrou a coragem que precisava.
O porte alto, cabelos loiros e olhos amarelos intimidantes que sempre te olhavam de maneira que nunca conseguiu identificar ficaram em sua memória dês do primeiro dia em que ele passou por aquela porta. As vezes, vê que ele vem com o possível irmão gêmeo, já que se não fosse pelos olhos e cor de cabelo seriam idênticos.
Nesse momento, você percebe os olhos dele mirados em sua direção enquanto termina o pedido dele, colocando o bolinho de amendoim no pequeno prato de porcelana ao lado dos dois sachês de açúcar e uma colherinha junto da xícara de o café na bandeja para finalmente Suzie levar em sua mesa.
No final de todo esse esquema, na hora de pagar pela comida, ele deixa um papel junto do cartão preto que sempre usa para pagar. Depois que ele sai, você abre o pequeno pedaço de folha pautada onde está escrito exatamente assim:
Atsumu Miya, ou, amor da sua vida
***** - ****
Vocêri da cara de pau daquele homem, em seguida virando naa pequena folha quando percebe que na parte de trás também havia alguma escrita.
Devolva este papel amanhã apenas se quiser, do contrário fingirei que isso nunca aconteceu.
Nome : ( já sei seu nome, mas coloque mesmo assim )
Telefone : ( gostaria muito de saber, obrigado)
E então, você preencheu.
[...]
- Mas mamãe, se você tá com o papel ainda, quer dizer que a senhora mamãe não devolveu né?
Os olhinhos negros de seu filho lhe miraram o foco, a olhando com curiosidade
- Do contrário, Levi. eu preenchi e entreguei a ele no dia seguinte.
