HOGWARTS SERPENTS • Draco Malfoy

{56} Namorados.

Era sábado, ou seja, o dia que Malfoy marcou com Sandy para a pedir em namoro. E, bem... ele realmente estava fodido. Não havia comprado nem mesmo um anel.

Mas..., ele pensava: e se eu não comprar um anel igual todo casal faz? Draco queria ser incomum, não queria ser como os outros casais, por que ele sabia que Sandy não seria qualquer namorada.

Draco, por sorte, acordou cedo. Eram seis da manhã quando o sol começou a incomodar seu sono, e ele despertou com um banho relaxante.

Quando Draco já estava pronto e muito bem-vestido, Theo, Blaise, Jack e Adrian ainda estavam acabando de acordar, os três de cara amassada e olhares de desgosto para o nada: estresse matinal.

- Dia bonito hoje, 'né? - Draco provocou, sabendo que para os quatro seria mais um dia comum, diferentemente para ele.

- Vai.Se.Foder. - Adrian resmungou.

- AH! - Draco se virou para o Pucey, se jogou na cama dele, e enrolou seu braço em torno do mal-humorado, provocativamente. - Lembra da Sandy? Sandy Slytherin? Aquela menina que você 'tava de papinho? Sabia que vou pedir ela em namoro hoje?

Os outros garotos do dormitório riram, Adrian revirou os olhos, mas depois sorriu. Ele realmente já gostou romanticamente de Sandy, mas acabou que, no meio do caminho, se apaixonou por outra pessoa. E agora depois que tudo passou, ficava feliz pelo seu amigo estar com a garota que adorava.

Ficava feliz, claro, mas um sonserino gostava de provocar.

- Bom pra você, mas continuo sendo o cara que segurou a cintura dela enquanto dançávamos no baile mais importante da adolescência dela.

- Ah, pegou pesado... - Draco emburrou a cara e saiu do quarto, agora os garotos riram dele também.

Draco foi para o salão comunal que ainda estava deserto, exceto por uma pessoa de cabelos longos e loiros. Mas... não era Sandy, como pensou. Tinha roupas da Corvinal.

Então ele reconheceu-a, era uma colega de Sandy:

- Di-Lua?

A garota levantou os olhos, que antes focavam as próprias pontas do cabelo. Seus olhos sempre tiveram um brilho diferente da maioria, Luna era diferente da maioria, mas dessa vez eles brilhavam de forma diferente.

Brilhavam por lágrimas.

Draco não entendeu por que, já que não era nem minimamente próxima da garota, mas sentiu pena.

- M-Meu... Meu nome é... L-Luna... - Ela disse em meio a soluços, parecia estar assim há horas.

- Ok, Luna. Por que essa cara de quem quer muito pular da Torre de Astronomia? - Ele parou em frente a garota, que estava sentada no sofá, e cruzou os braços.

- Vicente... ele...

- Vicente Crabbe? - Draco levantou as sobrancelhas, Luna assentiu com a cabeça. - Ele fez alguma coisa?

Luna soluçou ainda mais, parecia não conseguir tocar no assunto no momento. Draco sabia muito bem que Vicente Crabbe era um filho da puta do caralho, todos sabem disso, e ele sempre implicava muito com Luna, mas ela nunca ligava. O que houve dessa vez...?

- Luna Lovegood, o que ele fez? - Draco começou a ficar nervoso. Todos sabiam que Malfoy não era a flor que se cheire, mas ele tinha limites e um cérebro normal na cabeça, Vicente não. - FALA!

- Ele me obrigou a ficar com os joelhos no chão, me ajoelhar e... Desculpa, eu não sei bem o que significava, mas foi horrível!

- Não precisa terminar, eu entendi. Apenas vá atrás de Sandy Slytherin, você vai achar o nome dela em uma das portas, certo? - Malfoy manteve a calma, mas surtando por dentro, Luna assentiu chorosa e foi em direção aos dormitórios.