𝗖𝗢𝗡𝗗𝗘𝗠𝗡𝗘𝗗 𝗦𝗢𝗨𝗟𝗦 ❯ QUASE UM SÉCULO HAVIA SE PASSADO DESDE QUE UMA guerra nuclear destruiu a civilização e o planeta Terra, tendo como sobreviventes 400 pessoas que encontravam-se em 12 estações espaciais em órbita. 97 anos e três geraçõ...
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✧ ཻུ۪۪⸙͎ ❲ 000 ❳ ࿐ ࿔ prólogo ━━━ sentença final.
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UM ANO, DEZ MESES, QUARENTA E TRÊS SEMANAS e trezentos e quatro dias. Este é o exato tempo desde que Celaena Castillo foi condenada e presa pelo assassinato de Matteo Castillo, seu próprio pai. Celaena se lembra de quando Jaha apareceu em sua cela semanas após o crime ter sido cometido, perguntando-a se ela havia se arrependido pelo o que havia feito. "Sim," respondeu ela, "me arrependo por não ter feito antes".
Nenhuma das palavras que saíram de sua boca naquele dia era mentira. Foi totalmente honesta quando foi questionada por Jaha. Não se importava de ter sido presa, havia finalmente se livrado do homem que fez de sua vida um completo inferno desde a infância.
Celaena conseguia se lembrar do dia que o sangue de seu pai sujou suas mãos como se fosse ontem. Se lembrava de ter pegado a faca na cozinha e a escondido embaixo do travesseiro em sua cama. Matteo tinha chegado do trabalho e, como sempre, estava bêbado. Ela sabia o que iria acontecer em seguida. Mais uma vez, ele iria gritar com a garota sobre como ela havia matado a própria mãe e, dependendo do tamanho de sua raiva, a espancanria novamente ─ não acertando em seu rosto para que não chame a atenção do conselho.
Com as luzes ainda apagadas, escutou o som do cinto dele caindo no chão e ouviu seus passos aproximando-se de sua cama. Ele a agarrou pela manga da camiseta e a puxou para o chão, o forte cheiro de bebida saindo de seu hálito quando ele começou a gritar. Matteo acertou socos na barriga da garota, que sentiu seu corpo enfraquecer a cada golpe.
Juntando as forças que tinha, Celaena acertou um chute na barriga dele e o empurrou para longe ─ tendo tempo suficiente de se levantar e correr até os armários. Matteo apressou-se para ir na direção de sua filha, agarrando o braço dela e fazendo com que ela se vire para si.
Antes que ele pudesse ao menos entender o que estava acontecendo, Celaena já havia sacado a faca e a cravado no pescoço dele. Matteo cambaleou para trás quando ela puxou a faca de volta, o olhar fixo nos olhos do monstro cujo tem o desprazer de chamar de pai.
Ela não tentou esconder o corpo dele, seria perda de tempo. Não havia como ela se livrar dele sem que alguém a visse, era totalmente impossível. Celaena apenas aceitou seu destino. Lavou o sangue de suas mãos o mais rápido possível e se deitou em sua cama enquanto esperava que notassem o desaparecimento de Matteo e viessem o procurar, apenas para encontrar com seu corpo e o sangue espalhado pelo cômodo.
