Criando laços

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Tomás não disse nada até entrarmos no carro. Ele estava tenso e me deixando preocupada. Ligou o carro, mas antes de sair me puxou para ele me beijando. Era diferente dos outros beijos, esse era ansioso, agitado. Eu podia sentir seu medo. Não queria que ele se sentisse assim, então tirei o cinto de segurança e aproveitei que os vidros do carro eram escuros e me sentei no seu colo.

Ele passou os braços pela minha cintura me apertando mais contra ele e intensificando o beijo.

Eu pude sentir seu membro embaixo de mim ficando duro e rebolei sobre ele, fazendo Tomás gemer.

- Eu te amo.

Ele disse parando de me beijar e olhando nos meus olhos. Eu dei um beijo rápido nele antes de responder.

- Eu amo você também.

Nos beijamos outra vez e senti a mão dele apertando a minha bunda.

- Eu preciso de você, agora.

Concordei com a cabeça e o ajudei a tirar a minha calça. Depois que ele abriu a dele e chegou a minha calcinha para o lado, o senti entrando em mim. Nós dois estávamos famintos um do outro e chegamos ao ápice juntos, com nossas respirações aceleradas. Quando nos acalmamos, olhamos uma para o outro e começamos a rir. Era um riso de cumplicidade.

- Eu amo você, Bianca Valverde. E eu amo os nossos filhos!

Meus olhos se encheram d'água.

- E nós te amamos, Tomás Guerra.

Me aproximei dando mais um beijo nele e sentindo seu amiguinho lá embaixo dando sinal de vida.

- Outra vez? Falei espantada.

Sorrindo safado, ele apenas fez que sim com a cabeça.

- Totalmente sua culpa.

Rindo, saí do colo dele.

- Ah não. Volta aqui. Falou já me puxando de volta.

- Tomás, isso é arriscado!

- Eu sei. E por isso essa foi a primeira vez que fiz isso em pleno dia no meio da rua. Mas com você eu nunca consigo pensar direito. 

Falou já me dando beijos pelo pescoço e me deixando mole.

- Vamos para casa então. Lá podemos aproveitar melhor.

Falei tentando nós dar um pouco de lucidez naquele momento.

- Tudo bem!

Tomás me colocou de volta no banco e dirigiu para o seu apartamento. Acho que nunca chegamos tão rápido quanto naquela hora. Ficamos o restante da manhã toda na cama, só nos levantando para nós arrumar para o trabalho.

 Ficamos o restante da manhã toda na cama, só nos levantando para nós arrumar para o trabalho

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Duas semanas se passaram da minha visita ao meu pai no hospital. Eu ainda estava chateada com o que ele disse sobre o Breno ter direitos. Eu não sei o que esperava, mas acho que imaginava que ele fosse me defender do mesmo jeito que havia feito com a Geovana e mandar o Breno se ferrar. Mas não, meu pai ainda estava ajudando-o. Soube disse pelo detetive que ainda estava de olho neles.

Havia pedido para ele continuar pois não confiava em nenhum deles e queria saber se viriam atrás de mim ou das crianças, o que não aconteceu. Nenhum deles tinha tentado contato comigo até agora. Havia três ligações perdidas e uma mensagem do meu pai dizendo que precisava falar comigo.

Eu estava gravando então apenas respondi que não podia falar naquele momento e que ligava quando as gravações terminassem. Naquele dia, as gravações terminaram tarde, então só retornei quando o Tomás estava colocando os meninos para dormir, aquele acabou virando um momento dos três.  Eu torcia para meu pai já ter ido dormir e não atender, mas no quarto toque escutei sua voz do outro lado da linha.

- Bianca?

- Sou eu, pai.

- Oi, filha. Pensei que você não me retornaria.

- Eu estava gravando e terminou tarde hoje.  

- Tudo bem. Não tem problema. O importante é que você me ligou. Eu queria fazer um almoço aqui em casa nesse domingo e queria saber se você poderia vir e trazer os meninos. 

Não estava esperando por aquilo. Fiquei em silêncio pensando no que deveria responder. Eu teria dois dias para conversar com os meninos.

- Pai, eu posso te responder amanhã? Preciso confirmar a minha agenda de gravações e...

- Tudo bem, filha. Fico esperando. E você pode trazer o rapaz que está com você também. 

- O Tomás. 

- Isso. Quero conhecê-lo. 

- Tudo bem, pai. Te aviso amanhã. 

Ficamos ambos em silêncio. Era muito estranho não ter o que dizer para o homem que me criou.

- Pai, eu preciso desligar. Estou cansada e ainda preciso preparar algumas coisas para amanhã.

- Tá bom. Até amanhã. 

Desliguei quando Tomás estava entrando na sala.  Ele se sentou ao meu lado e passou o braço pelo meu ombro, me puxando para ele. 

- Ligou para o seu pai? 

Fiz que sim com a cabeça.

- O que ele disse?

- Ele nos chamou para almoçar na casa dele domingo. Quer conhecer os meninos. 

- E o que você respondeu? 

- Que veria a nossa agenda. 

Ele se virou para mim, para me olhar.

- Você quer ir?

- Eu não sei. Preciso conversar com os meninos antes e eu realmente não sei. Eu imaginei que seria tudo diferente quando ele descobrisse a verdade, pensei que voltaríamos a ser como éramos antes. Mas não foi assim. 

- Vai ser complicado.  Seu pai passou anos achando que você tinha feito uma coisa horrível e agora descobre que ele que fez uma coisa horrível com você.

- Ele ainda ajuda o Breno, sabia disso?

Fez que não com a cabeça.

- Eu pedi para o detetive continuar de olho neles. Tinha medo de virem atrás dos meninos, mas ontem ele me ligou dizendo que os dois almoçam juntos quase todos os dias.

Senti o Tomás ficando tenso.

- Então o Breno estará lá no domingo?

- Eu não sei. Disse para o meu pai o que ele me fez, mas parece que ele não acreditou ou então só não se importa.

Ficamos um tempo em silêncio até que ele voltou a falar.

- Vamos viajar com as crianças.

Levantei minha cabeça do seu peito para olhar ele.

- Como assim?

- Só temos mais duas semanas de gravação. Depois só ano que vem para a segunda temporada, ou seja, temos pelo menos dois meses livres. Podemos pegar os meninos e passar um mês curtindo e depois voltamos mais calmos, com a cabeça fresca para resolver tudo.

- E o almoço de domingo?

- Diz para o seu pai que não poderá ir e que vai precisar viajar, mas que quando voltar vai apresentar os meninos tanto para ele quanto para o bundão lá.

Ri com a cara que ele fez ao falar do Breno.

- Gostei da ideia. Se eu falar com os meninos do jeito que estou e do jeito que você está, não acho que seria bom para eles. Vamos viajar e depois pensamos nisso.

De volta para casaWhere stories live. Discover now