VII. 220

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Ela quer ser minha namorada...
Vive pedindo pra sair comigo
Eu faço meu dever de casa
Ela divide o tempo dela comigo
Ameaça me dar porrada
Toda vez que eu cometo um vacilo
E eu fico pensando lá em casa
Talvez eu esteja perdendo o juízo

🦋❤️‍🔥🦋

ANDREW

Caminhar com Angela pela manhã havia se tornado um hábito no último mês. Ela estava morando comigo definitivamente após a briga com Annette, apesar do apartamento estar melhor do que antes após a reforma, a irmã dela desaprovou completamente o fato dela estar esperando um filho agora... um filho meu. Eu não sei até onde ela acompanhou a minha vida, mas em sua fiel percepção, eu não sou bom o bastante pra Angela e ela é imatura demais pra gerar e criar uma criança... devem ter imagino o quão irritada a gestante cheia de hormônios ficou com esse jato de palavras. E eu, que estava aguardando do lado se fora, tive que entrar com pressa ao ouvir o barulho de coisas caindo, encontrando as duas quase se atracando no meio da cozinha americana enquanto a pequena raivosa procurava coisas para acertar em Annette enquanto berrava inegavelmente mais alto que a mais velha. Seria cômico se não fosse trágico.

- Andy. - A olho, a medindo por completo, parando meu olhar em seu rosto vermelho e ligeiramente suado. Ela está cansada. - Eu preciso de água... água de coco.

Anuo, pegando seu pulso com delicadeza, começando pela medição de seus batimentos cardíacos. Sinto que ela me observa com atenção enquanto pego a garrafa cinza do suspensório em minha coxa esquerda, a abrindo e entregando na mão da pequena, que bebe o conteúdo com velocidade. 120bpm. Torço o lábio e começo a segunda medição, pressão arterial. Angela estava focada em saciar sua sede com qualquer coisa que não fosse água mineral, nesse caso, água de coco, o meio alternativo já que, segundo ela, água mineral está pesando em seu estômago e lhe deixando enjoada.

- Angel... tá se sentindo bem? - Questiono, observando o 9x6 estampado em seu relógio, direcionando meu olhar á mesma na sequência. Estava me trucidando mentalmente nesse exato momento por tê-la convencido a caminhar em uma manhã excepcionalmente quente. ‐ Angel?

‐ Hum? - Me olha, tentando umedecer os lábios, aparentemente sem muito sucesso.

- Tá se sentindo bem? - Volto a questionar, a analisando por completo. Era uma pergunta idiota, inclusive. Já que a resposta era óbvia. - Não, não está. - Constato, a pegando nos braços com facilidade enquanto a mesma sequer protesta, apenas se aconchega. ‐ Vamos pra casa. - Dou meia volta, caminhando a passos largos e rápidos, a mesma quase afunda o rosto no meu peito. - Angie... tá suado. - Protesto em um resmungo.

- Pode ter certeza que esse sol escaldante me incomoda muito mais...

Ela rebate em um murmúrio. Noto a exaustão carregada em sua voz e prefiro me calar. Ao invés disso, aumento os meus passos o quanto posso, chegando em coisa de dez minutos no apartamento, adentro e vou em direção ao elevador, a morena parece suspirar em deleite ao sentir o ar-condicionado.

Verificar a sensação térmica e a previsão do tempo antes de sair com ela das próximas vezes... anotado.

🦋❤️‍🔥🦋

Ela comeu assim que chegamos e, após  isso, dormiu literalmente a manhã e a tarde inteira, Vitor me disse apenas para observá-la, mas que poderia ser o fator gravidez em conjunto com o pico de exaustão que teve pela manhã. Ela acordou para comer às 5 da tarde, permaneceu acordada por duas horas, e voltou a dormir.

O Pai Do Meu Bebê 《ANDREW GARFIELD FANFIC》Onde as histórias ganham vida. Descobre agora