My Once Upon a Time

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“Esse tem que ser meu era uma vez. Esse era uma vez. Eu finalmente vejo meu era uma vez desta vez.”

Por todos os 16 anos em que viveu na Ilha dos Perdidos Mal limitou sua criatividade dentro dos limites da barreira. A única vez que seus pensamentos fugiram de seu controle foi no dia em que sonhou com o belo príncipe azul. Jurou que era um pesadelo até vê-lo com seus próprios olhos meses depois.

Entretanto, mesmo vivendo em Auradon já há dois anos, pensava que havia limites para a magia e impossíveis. Deveria haver um limite, não é?

Teria tempo para refletir sobre isso, porque agora sua mente estava ocupada vendo, aliás, se vendo. Era ela, mais velha e com algumas rugas, mas sim, era ela. Não existia muitas mulheres de cabelos roxos. Por mais tendência que fosse os cabelos coloridos em Auradon, agora. Só havia uma única mulher que ostentava esse tom de roxo da raiz até as pontas, ela era única, pelo menos, nessa década.

Mal acharia que era uma ilusão se não tivesse visto tantas coisas impossíveis na última hora, além disso, somente duas pessoas tinham uma marca de nascença em forma de dragão no braço, de novo, pelo menos nessa década era assim.

— Deve estar achando que está louca.

A outra ela respondeu em um sorriso cordial. É, a covinha na bochecha esquerda estava ali também.

— Não. — Deveria estar tímida em frente a ela mesma? — Hoje está sendo um dia bem estranho.

— Quando pensávamos em Auradon não imaginávamos que seria assim, não é?

A rainha caminhou e a chamou para andar ao seu lado pelo jardim que era mais familiar para ela.

— Não sei o que dizer, entre conhecer uma coruja que se transforma em homem e um homem que parece com um gato e me ver, não sei no que menos acredito.

Confessou sem coragem de encarar a mulher que era poucos centímetros mais alta que ela, provavelmente por causa dos saltos da bota de combate.

— Não posso dizer sobre o primeiro, mas Rash é bem real. — Avisou sobre um dos seus melhores amigos. — É um mago extraordinário e um amigo, aliás, melhor amigo, é parte da minha família. — Elas não notavam, mas até o modo como andavam era idêntico, sempre passos fortes. — Quanto a mim, serei real para você em alguns anos.

— Quantos anos tem?

— 39 anos. Estranho pensar em si tão mais velha, não é? — Não precisava concordar, a mais velha sabia que esse era o pensamento. — Bom, posso te garantir que ainda odiamos acordar cedo, qualquer coisa com morangos nos deixa felizes e ir ao Lago Encantado com o Ben ainda é o nosso programa de domingo favorito, embora, tenha tempo que não vamos lá só os dois.

— Como ele está?

Não resistiu a curiosidade de saber como o marido deveria ser na casa dos 40 anos.

— Igualmente fofo, mas com mais barba e de óculos.

— O que quis dizer com não conseguir sozinha ao lago? — Imaginava a resposta, mas precisava ouvir ser tangível ao seu pensamento. Quando a sua versão velha se confundiu com as palavras, sabia que ela estava nervosa. — Se refere a filhos?

— Blumes disse que perdeu um bebê, eu sinto muito.

Parou de andar e fitou os olhos verdes que ainda estavam brilhando.

— Então, na sua dimensão não houve aborto.

Concluiu com um sentimento agridoce no peito. Era uma dor que não desejava a ninguém, mas saber que outra ela passou e estava bem a poderia trazer uma certa dose de esperança

Antes do Livro Se FecharWhere stories live. Discover now