Capítulo 51- For my people, I give my life

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Dia seguinte

Entro na tenda principal, Ormund está tenso, Daeron parece que está prestes a matar um.
— Aegon e Lucerys. – É a única coisa que meu tio fala. Fico sem entender, Aegon está Porto Real e Lucerys em Correrrio, pela expressão dele parece até que os dois se mataram. Ormund repara a minha confusão e explica.
— Seu avô enviou Aegon para Correrrio. Os dois Targaryens capturados são Aegon e Lucerys. – Na mesma hora parece que um cratera se abriu bem aos meus pés, Baela entra e percebe que tem algo errado, Ormund explica e ela imediatamente se vira para mim.
— Ei, calma, vai ficar tudo bem, nosso pai deve ter algum plano... Ele não vai deixar nada acontecer com o Luke. – Ela me abraça. Ultimamente tenho tido alguns ataques de pânico, só por imaginar o que pode acontecer com as pessoas que eu mais amo, Baela e Daeron tentam me acalmar ao máximo, mas mesmo assim, é difícil, eu nem me lembro o que é conseguir dormir.
— Não falaram mais nada? – Daeron nega, antes que ele possa falar algo, Gusly entra na tenda.
— Nós estamos mortos, o exército é muito maior do que o nosso, eles tem o triplo dos nossos homens, pelo menos metade está bem de frente ao castelo de Tarly, se preparando para avançar, Qohor recuou para voltar com eles, nós estamos ferrados.

Passamos praticamente a manhã toda reunidos na tenda, traçando inúmeras estratégias, desde planos idiotas à planos suicidas, não estamos descartando nada, a desvantagem é nossa, eu imaginava que estavam em maior quantidade, mas não o triplo do que temos.
— Estou pensando em algo, mas é muito arriscado... – Ormund fala e senta, apoiando a cabeça nas mãos.
— Mas você acha que esse plano pode dar certo? – Ele me encara.
— Talvez, mas será muito arriscado para você, Baela e Daeron. – Olho para minha irmã.
— Explique seu plano, depois nós decidimos se vale a pena o risco ou não.

O plano de Ormund seria um elemento surpresa, eles sabem que nós atacamos com dois dragões, eu sempre tento distrair e Baela ataca, ou ao contrário, mas já estão mais espertos quanto a isso, mas eles se esquecem que nós temos Tessarion, já que Daeron está lutando em terra, isso seria uma vantagem para todos nós. A quantidade de balistas no castelo é absurda, para conseguir chegar perto, o dragão deve ser muito ágil, o montador deve ter total controle sobre ele, coisa que eu tenho sobre Storm. Baela atacaria o exército que já está posicionado junto com Qohor, isso chamaria a atenção deles e eu tentaria atacar a sede, com isso, eles não esperarão um ataque vindo de cima, é quase o que Baela e eu fizemos no início, mas dessa vez o risco é maior.

Mesmo que não estejam esperando mais um dragão, eles ainda posicionam balistas para todos os lados, isso seria arriscado para Daeron também, nós não teríamos como defender uns aos outros, cada um teria que se preocupar em desviar com o próprio dragão, porque se nós ficarmos perto demais uns dos outros, será mais fácil para acertar.
Se conseguíssemos desviar delas, ao nos aproximarmos das torres principais, poderíamos bater tanto Tessarion, quanto Storm, nelas e derruba-las, com isso, impediria a saída deles ou a entrada de ajuda, poderíamos queimá-los ali mesmo. O exército que cerca o castelo, seria atacado pelos nossos e Baela ajudaria eles. Em teoria é fácil e parece algo que já fizemos, parece tão simples, mas daquela vez eram em torno de oito balistas apontadas apenas para mim, no castelo tem pelo menos quinze delas, isso só as que estão de frente, lá dentro pode haver mais, no campo de batalha tem mais, eles vieram muito bem preparados, não era um plano premeditado, isso já foi arquitetado tem bastante tempo e por isso não tinham tanto medo dos dragões, só quiseram reduzi-los para facilitar esse trabalho.

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— O risco é muito maior para você, sabe disso. – Baela começa a falar. — Rhaenys... Você tem certeza? – Me sento perto de Storm, olho para o meu dragão, que me olha fixamente.
— Sim, não podemos deixar que eles consigam tomar VilaVelha, essa é a nossa missão, proteger o nosso povo e é isso o que vou fazer. – Minha irmã se senta ao meu lado, encosta sua cabeça em meu ombro.
— Não sei o que faço da minha vida se... – Ela nem consegue terminar, encaixo minha mão na dela.
— Você sempre foi a minha melhor amiga, sabe, o meu grande exemplo, acho que sempre me espelhei muito em você... – Sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto. — Se algo acontecer e eu... Quero que cuide deles, não permita que façam algo que causará arrependimentos no futuro, eu... – Baela levanta na mesma hora.
— Pare de falar em tom de despedida, você não vai morrer. Nós vamos voltar para casa juntas e não tem discussão. – Ela sai irritada, vejo Daeron encarando com uma expressão confusa, ele vem na minha direção.

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenWhere stories live. Discover now