- Draco, querido. - A mãe de Draco veio da da sala de estar à direita para abraçar seu filho. - Seus amigos chegaram sem você, temi que você não viesse.

- Estou aqui. - Draco respondeu sua mãe e lhe deu um beijo no rosto.

- E senhor Nott. - Narcisa sorriu para Harry com seus lábios circulados por um batom vermelho marcante. - Olhe só você. Está cada dia mais bonito. - Ela elogiou. - Obrigada por acompanhar meu filho até aqui. - Harry não respondeu até receber uma cotovelada em suas costelas.

- Ah. Não há de quê. - O garoto finalmente sorriu em resposta.

- Venham. Estamos nos passando o tempo até o jantar. - Se Narcisa percebeu o lapso de Harry, ela não comentou, apenas seguindo de volta para a sala.

A sala de estar poderia envergonhar qualquer outra sala que ousasse se considerar "de estar". Aqui as paredes o chão iam para um cinza mais pálido enquanto a decoração seguia tons de azul e prata, além de preto e do verde proveniente das folhas nos arranjos de flores e do pinheirinho decorado em tons prateados. Era imponente, mas também agradável. Se não lhe dissessem que esta era a mansão Malfoy, Harry poderia ser enganado em pensar que pertencia a um grupo menos sinistro. Narcisa se afastou quando outro se aproximou.

- Graças a Merlin. - Blaise apareceu diante deles quase imediatamente. - Vocês chegaram. - Ele parecia tão aliviado que devia ser apenas exagero. - Senhora Feather não para de tentar me arranjar com a filha dela, aquele pedaço de tofu sem personalidade e Astória está apenas dando corda nela.

- Deixe-me ter um pouco de diversão. - A garota surgiu para se defender. - E eu já joguei outro osso pra aquela velha roer.

- Céus. - Draco sibilou com humor. - Eu me atraso 30 minutos e vocês jogam Greg na fogueira? - Ele acompanhou os amigos até um local próximo à árvore de Natal, por outro um outro elfo doméstico passou com taças de água de Gilly numa bandeja prateada.

Draco pegou duas e ofereceu uma à Harry e seus amigos copiaram o gesto. A lareira era a única fonte alaranjada de luz na sala. Todo o resto parecia ter sido encantado para brilhar em um amarelo pálido, quase branco. Haviam cerca de vinte pessoas na sala agora, mas o ambiente não parecia lotado. Era amplo e cheio de espaços e recantos com rodas de conversa de três ou quatro, alguns casais e Lucius Malfoy, que Harry reconheceu concordando em silêncio com um senhor grisalho que gesticulava muito, parecendo quase inocente demais.

- Por que está tão quieto, Theo? - Blaise cobrou. A atenção de Harry foi chamada. Ele não sabia o que havia perdido de conversa enquanto olhava ao redor absorto.

- D-desculpe. - Harry gaguejou. - Eu estava destraído.

- Você parece até animado por estar aqui. - Astória comentou bebendo de sua taça com curiosidade no olhar. - Esperava que ficasse decepcionado por não ir àquela festa sobre a qual você não parava de comentar.

- Eu... Gosto daqui. - Harry tentou encerrar a desconfiança, mas recebeu dois pares de sobrancelhas incrédulas. - Quer dizer... Não é tão ruim. Passar tempo com... todos vocês. - Ele queria que isso ajudasse, mas não sabia o que esperar.

- Puta merda! - Blaise praticamente berrou e usou sua própria mão para se silenciar, atraindo alguns olhares de julgamento ou de curiosidade. - Santo Merlin. Você fez mesmo isso? - Blaise sussurrou dessa vez e riu um pouco alto demais.

- Eu não entendi. - Astória franziu as sobrancelhas. - Por que Theo está agindo como um cãozinho adorável? - Draco e Blaise apenas olhara para ela em resposta até que ela clicasse.

- Haha! - Ela riu alto de surpresa e também regulou o próprio volume em seguida, quase engasgando com sua bebida. - Você não presta Draco. - Ela riu em sua mão enquanto encarava o rosto emprestado de Theo ao lado de Draco. Harry tinha os olhos arregalados de surpresa por ser reconhecido e principalmente medo de ser exposto.

Minhas memórias de vocêWhere stories live. Discover now