O36. elle | vinnie

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A última coisa que eu quero é me preocupar com essa história – mesmo ela já me afetando –, porque eu já tenho problemas muito maiores. Minha mãe precisa de mim mais tarde e eu preciso descansar. Eu estou exausta, esgotada e vê-los juntos me deixou ainda pior.

No momento em que entro no meu apartamento e fecho a porta, liberto toda a agonia que prendi durante as horas que passei no hospital e também depois da cena que eu vi ao sair do carro do Jordan.

Ok. O Vinnie não sabe o que aconteceu e muito menos o que levou a eu estar com o Jordan, mas ele não tem o direito de reagir dessa forma pra cima de mim e muito menos me chamar de "idiota".
E sim, se fosse eu não em seu lugar, pensaria que ele me deixou pra ficar com a ex idiota, mas não foi isso.

Não tive oportunidade de me explicar porque ele já veio com várias pedras para me atirar. Ele foi um idiota.

E merda! Eu também não deveria tirar conclusões precipitadas em relação a ele e London. Ela é a minha melhor amiga, ela não me trairia desse jeito.

Porém… já foi e não vou esquecer da forma que ele falou comigo. Talvez isso seja um sinal, primeiro ele rouba a minha gata e depois me chama rudemente de idiota. Totalmente de graça.

Relacionamentos, todos os tipos, são complicados pra cacete e por isso, tento ficar o mais longe possível. Eu não quero mais saber dessa merda.

Estou quase dando uma de Arthur Fleck e coringando.

Me abaixo quando o miado da Hera chama a minha atenção, pego a mesma no colo, acariciando o seu pêlo e peço desculpas por ficar tanto tempo longe. Ainda com ela sobre mim, ando até a cozinha e adiciono ração em seu potinho, que está completando vazio.

— Perdoa a mamãe. — me sento no chão, admirando a mesma devorar sua comida. — Está difícil, amor. — digo baixinho, depois de alguns minutos em silêncio. — Minha mãe foi atropelada e está internada no hospital… ela se encontra bem, mas eu tenho medo do que pode acontecer. — desabafo. — Eu sou tão azarada, Hera. Mas fui tão sortuda de te encontrar e trazer para morar comigo.

Novamente, fico em silêncio, apenas escutando o som da felina se alimentando e da minha respiração, porém logo me levanto ao lembrar que o meu celular está sem bateria e irei precisar dele.

Depois de colocá-lo pra carregar, pego uma peça de roupas íntimas e a camisa que deixei em cima da cama quando eu saí. Involuntariamente, aproximei do meu nariz e senti o cheiro perfumado do Vinnie. Droga!

Me direciono para o banheiro, tentando esquecer do mesmo.

Adoraria, por pelo menos um mês, ficar tranquila, sem ter uma crise de ansiedade, ser feliz e ter um total de zero problemas… mas isso é impossível para minha pessoa.

Paz, realmente não é uma opção para Electra Rivera.

Desligo o registro depois de uma hora e pouco embaixo do chuveiro. Pego uma toalha e me enrolo, com outra, enrolo em meus cabelos depois de tirar a umidade após lavá-lo.

Encaro o meu reflexo por alguns segundos e decidi passar uma máscara hidratante em meu rosto, em seguida, passo um creme corporal, vestindo minha roupa logo depois. Penteio os meus cabelos, os deixando soltos para secar naturalmente e vou para a cozinha, preparar algo simples para comer.

Quando as coisas irão se acertar na minha vida?

Quando as coisas irão se acertar na minha vida?

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