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Rex conferiu pela terceira vez em seu magnífico Rolex prata as horas. De forma impaciente enquanto sua mandíbula convertia numa linha reta e rígida ele encarou o homem a sua frente. Barry era seu conhecido de anos, desde que começou naquele ramo. Precisava de pessoas confiáveis ao seu lado, por mais que fosse um mundo do crime e um tanto quanto traiçoeiro, adquirir as pessoas certas ao seu lado fazia a diferença naquele mundo de jogos sujos e pela vida.

Barry era dono das melhores armas e melhores produtos na região Norte de Roadland. Não havia limites para o vendedor de armas e sempre separava as melhores para Colton. O melhor para o melhor.

Controvérsia ou não o melhor de Rex Colton era matar. Matava bandidos e tudo que exalasse em sua frente um cheiro de culpa ou péssimo cheiro, como o assassino gostava de julgar. Não matava inocentes e muito menos mulheres, mas como em qualquer jogo, há sempre uma exceção. Rex vivia aquela exceção, no momento.

O assassino passou as mãos pelos cabelos em uma clara demonstração de nervosismo. Quando estava com Barry, prestava atenção no homem a sua frente, mas realmente não era uma boa hora para comprar armas. Não depois da leve discussão com Alix e da lei do silêncio adotada por ela. Rex encarou o relógio mais uma vez e pegou o celular dentro do bolso interno do terno, só para confirmar que não havia mensagem ou ligações.

Recomponha-se, Colton.

Ele não podia perder Alix. Seu atual trabalho consistia em mantê-la intacta por alguns dias e sua melhor estratégia foi deixar claro que sua casa não era uma colônia de férias e que o futuro dela só dependia dele e de mais ninguém.

— O que você achou dos produtos, Sr. Colton?

Rex virou confuso ao perceber que Barry falava com ele.

— Ficarei com todas, Barry.

O homem barrigudo, mas bem-apessoado e vestido com elegância, abriu um amplo sorriso mostrando alguns dentes de ouro em sua arcada dentária.

— Nunca perco minha viagem quando o visito. O senhor sempre fica com tudo. — Barry fez um sinal para um dos homens que o acompanhava para pegar o notebook.

Rex pegou o seu celular e pelo aplicativo do banco transferiu o valor dos produtos para a conta de Barry.

— Já sabe. — Rex ficou de pé guardando o celular. — Quando houver mais novidades, avise-me.

— Com certeza, Sr. Colton.

Barry pegou todas as suas coisas e as guardou. Rex observou o comerciante de armas e seus companheiros no serviço guardar todas as armas. Minutos depois os acompanhou para fora do seu escritório e em seguida do seu apartamento. Com um aceno de cabeça, Rex se despediu de Barry e fechou a porta.

— Bom dia, Sr. Colton. — Dorothea apareceu, caminhando da cozinha em direção à sala. — Daqui a uns minutos começo o preparo do almoço e gostaria de saber o que o senhor e a Senhorita Hine gostariam de comer?

— Alix não virá para o almoço. Somos só nós dois, Dorothea.

— Algum pedido especial?

Qualquer coisa.

Sem olhar para sua assistente do lar, Rex saiu rapidamente em direção ao seu escritório. Enlouqueceria dentro de casa, precisava de um alvo urgentemente.

— Spencer James.

Alix sorriu e estendeu a mão na direção do homem parado bem à sua frente. Conhecia-o de vista. Spencer advogava para Dale há algum tempo.

— Em que posso ajudá-lo?

— Estou aqui em nome do Sr. Gordon.

— Qual seria o assunto?

REX - Série: Homens da Máfia - Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora