eu escolhi um vestido preto de alcinha, tinha o decote reto e era um pouco acima dos joelhos, para combinar também peguei um salto preto da Sabrina.
a sorte era que nosso pé era praticamente do mesmo tamanho, então não teve nenhuma complicação em questão a calçados.

quando saímos do quarto, Dylan e Henry estavam nos esperando na sala, seus olhares foram direcionados para nós assim que chegamos no cômodo.

Henry deu um sorriso para Sabrina, puxando ela pela cintura e a beijando em seguida.
Dylan ficou parado me olhando de cima a baixo, parecia estar emburrado, depois de me olhar por alguns segundos se virou e saiu andando em direção a porta.

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andamos cerca de meia hora de carro até chegarmos ao tal clube.
ele não estava vazio mas também não estava lotado, a música era boa e parecia um lugar legal.

nos sentamos em alguns sofás pequenos no canto do clube, logo o garçom trouxe algumas bebidas e colocou na nossa mesa.

Henry e Sabrina foram para o meio da pista de dança, pareciam se divertir bastante.
Dylan estava bebendo um whisky parecendo inquieto, mas ficou em silêncio.
eu estava totalmente nervosa, com uma caralhada de pensamento passando o tempo todo na minha cabeça.

eu deveria tentar fugir?
deveria gritar?
por que ao mesmo tempo que isso parecia tão fácil, também parecia tão difícil?
por que ao mesmo tempo que eu queria fugir de Dylan, sentia que ele era tudo para mim?

sabia que o certo seria gritar e sair correndo o mais rápido possível, mas simplesmente não conseguia, não conseguia deixar Dylan.

suspirei derrotada.
então, a atenção de Dylan se voltou para mim.

-por que não está bebendo? (ele disse olhando para mim)

-você também não está, mal toma o copo na sua mão. (eu respondi)

-tenho medo de beber demais e acabar deixando você fugir... (ele disse mais para si do que para mim, olhando para o copo)

-não vou fugir, Dylan. (eu fitei ele séria)

-sei... (ele soltou uma risada pelo nariz)

-tudo bem, se não quer beber, eu quero! (eu disse virando com poucos goles o copo todo que havia na minha frente)

-vai com calma, filha da puta! (ele disse irritado, me olhando de cara feia)

-tá bom, vovô. foi mal! (eu ri vendo que as vezes Dylan parecia um velho)

-vai se foder... (ele grunhiu, dando um gole no seu copo)

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cerca de uma hora se passou.
agora Henry e Sabrina estavam sentados conosco e todos conversavam e gargalhavam sem parar.
Sabrina e Henry me ajudavam a distrair Dylan para que eu pudesse beber.
já estava virando meu oitavo copo, me sentia cada vez mais alterada e ria do nada sem entender o motivo.
o pior foi quando fui me levantar e tombei no chão, choramingando.
Dylan bufou e se levantou, me tirando do chão.

Nas garras de um assassino Kde žijí příběhy. Začni objevovat