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•OLÍVIA•

assim que passamos pela porta o ambiente ficou em silêncio, estava um clima tenso e o motivo não era segredo para ninguém.

andei devagar até a cama, torcendo para ele apenas esquecer o que aconteceu.
mas fui interrompida pela sua voz grossa e rouca, me causando arrepios.

-você não acha que me deve desculpas, Olívia? (olhei para trás devagar, vendo ele tirar seu cinto)

-Dylan... eu só fiquei com raiva, a culpa foi sua por me tratar assim na frente dos outros, eu não sou sua cadelinha. (eu grunhi com raiva, tentando disfarçar o medo que estava sentindo)

-sim, você é. (ele disse me empurrando no chão, em frente a cama) -e achei que já tivesse aprendido isso.

então, Dylan prensou meu rosto contra a cama, me deixando ajoelhada de costas.
até que senti a primeira cintada.
minha pele ardeu pra caralho e eu senti meus olhos se encherem de lágrimas.
como estava com o rosto pressionado na cama, consegui apenas soltar gritos abafados.
não conseguia nem me mexer para me soltar do aperto de Dylan, sua força era realmente anormal.
então, várias outras cintadas foram desferidas nas minhas nádegas e costas, me fazendo chorar como uma criança.

em um ato rápido, consegui segurar o pulso de Dylan, com as mãos tremendo.
ele parou por um instante e eu consegui falar com dificuldade.

-me desculpa... e-eu já entendi o que eu sou. (eu disse entre soluços, implorando mentalmente pra isso ser o suficiente para ele parar com as agressões)

-e o que você é? (ele falou perto do meu ouvido, levantando minha cabeça um pouco para cima pelos cabelos, meu coro cabeludo ardeu)

-sua cadelinha. (grunhi com vergonha, me sentia humilhada, com nojo)

então, Dylan soltou uma risada pelo nariz.
em seguida me soltou, se levantando.

-vou no banheiro, quando eu voltar quero você deitada. (ele disse antes de passar pela porta)

me levantei com dificuldade, pois me sentia dolorida pra caralho.
me deitei encolhida na cama, com as lágrimas ainda descendo do meu rosto, tentava não fungar muito alto, não queria irrita-lo.

ao mesmo tempo que me sentia humilhada, achava que por um lado toda essa agressão era boa.
pois me faria odiar Dylan, me faria expulsar de mim todos os sentimentos que eu sentia por ele.

quando escutei ele entrar no quarto novamente, fechei meus olhos com força.
senti a cama afundar e imaginei que ele havia se deitado.

o cômodo ficou em silêncio por alguns minutos.

-a culpa é sua, você me faz fazer isso. (ele disse ríspido, abri os olhos um pouco)

não disse nada.
não queria falar com ele ou responder as coisas absurdas que ele falava.

-se não falar nada que me desagrade deixo você conversar sempre com eles tranquilamente, tudo bem? (ele disse parecendo querer que eu falasse algo)

-ok. (respondi de forma ríspida, ainda sem olhar para ele)

-está muito dolorida? (ele perguntou me fazendo ferver de tanta raiva, como ele era capaz de ser tão sem noção?)

Nas garras de um assassino Onde histórias criam vida. Descubra agora