-eu... acho que não. (realmente achava que não tinha, minha vida inteira não teve nada de emocionante, a não ser quando fui sequestrada)

-teve a vez que ela dormiu com a janela aberta e eu sequestrei ela. (Dylan sorriu)

-Dylan!!! (Sabrina o repreendeu, mas pude ver Henry não controlando uma risada abafada)

-teve a vez que Dylan assistiu Barbie comigo a tarde toda e ficou como uma criança questionando tudo sobre o filme. (eu ri sarcástica, se ele queria brincar, iríamos brincar)

-sua... (Dylan grunhiu)

-Barbie, Dylan?? (Henry caiu na gargalhada junto com a Sabrina)

vi o rosto de Dylan ficar vermelho, não sei se pela vergonha ou pela raiva.
ele me encarou com sangue nos olhos, senti meu corpo tremer de medo, mas apenas dei um sorriso debochado.

-também teve a vez que Henry estava bêbado e apanhou de bengala de uma senhora depois de arrumar briga com ela. (Sabrina disse quase chorando de tanto rir)

-e-ei... não foi bem assim. (Henry fechou a cara, parando de rir)

-de uma senhora, Henry? (Dylan riu de forma sarcástica)

-e aquela vez que você se mijou de medo quando estávamos escondidos dentro do cofre do banco quando os policiais invadiram? (ele riu, apontando o dedo na cara dela)

-vai se ferrar, babaca! eu só estava apurada. (Sabrina bateu na mão dele, fechando a cara em seguida)

• • • • • • • • • • • • • • • •

cerca de uma hora se passou e já estávamos mais alterados.
Sabrina e Henry conversavam na cozinha enquanto tentavam preparar mais petiscos, tendo que refazer tudo novamente o tempo inteiro por estarem mais alterados do que eu e Dylan juntos.

eu e Dylan estávamos até que tranquilos, mas visivelmente alterados.
gostaria de estar que nem a Sabrina, mas Dylan ficava tirando o copo de mim o tempo todo, me olhando de cara feia.

estávamos um do lado do outro do sofá, sem trocar nenhuma palavra.
até que senti sua mão apertar minha coxa.

-a bebida já tá afetando seu cérebro pra achar que pode me afrontar? (ele disse ríspido, me olhando nos olhos, que agora estavam mais fechadinhos por conta do álcool)

-não afrontei você. (eu disse tentando abrir mais meus olhos, queria fingir estar sóbria)

-ficar falando merda sobre mim é me afrontar. (ele aumentou o aperto em minha perna)

-qual é, todo mundo já viu Barbie alguma vez na vida! (eu ri e cutuquei seu nariz, o que a bebida não fazia)

-tá tirando uma com a minha cara, Olívia? (ele grunhiu me puxando pelo maxilar)

-sabia que você fica mais bonito quando tá irritado? (eu ri, mordendo os lábios)

então, Dylan olhou alguns segundos para meu rosto, intercalando entre meus olhos e minha boca.
sem aviso prévio, avançou nos meus lábios de forma intensa.
tentei resistir no começo mas ele forçou sua língua nos meus lábios até eu abri-los completamente.
então, nossas línguas se entrelaçaram enquanto ele me puxava para o seu colo.
Dylan apertava minha cintura e agarrava com força o meu cabelo, me fazendo soltar gemidinhos abafados.

Nas garras de um assassino Onde histórias criam vida. Descubra agora