Estou morrendo.
A cada dia morro um pouquinho mais.
Antes morria com lentidão.
Hoje morro depressa.
A cada dia morrem mais partes de mim.
E restam menos motivos pra ficar.As manhãs são entediantes, as tardes deprimentes e as noites melancólicas.
É quando estou dormindo que me sinto melhor.
Quando mais me pareço morta é quando pareço feliz.Encenar a morte, aquela que findaria minha tristeza,
Que me livraria dos problemas e pessoas que preciso enfrentar,
Aquela que finalmente me abraçaria de corpo e alma.
Aquela que me mostraria o verdadeiro amor.É quando penso na morte que sinto vontade de algo.
E não me faltam motivos para ela abraçar.
É quando deito e durmo, que sonho em nunca mais voltar.
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Desimportante
Non-FictionDas crises de ansiedade pro papel, enquanto a sanidade durar.