Capitulo dezessete - Grávida.

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Diego narrando.

O pessoal foi para a parte superior da casa onde fica os quartos e eu e a Bruna fomos para a sala no térreo. É pelo jeito hoje é o dia de conversas privadas e pesadas. Em menos de duas horas essa já é a segunda.

- Bruna acho melhor eu começar a falar – ela apenas assentiu – eu tomei uma descrição muito importante e para isso começar a dar certo, eu tenho que terminar esse namoro. No inicio eu havia um proposito, hoje ele acabou se tornando sem sentido pra mim. E esta me afastando de uma peça muito importante na minha vida.

-você estava me usando todo esse tempo para esquecer a Valentina não é?

- não vou mentir para você. Esse foi o proposito, mas agora eu acertei alguns ponteiros e eu quero e preciso tentar viver minha historia com ela.

- e como eu fico nessa sua equação perfeita?

- nos podemos ser amigos. Eu gosto de ti, mas quem eu amo mesmo sempre foi ela e sempre será.

- mas acontece querido que agora você esta preso a mim. – ela começou a alisar a mão na barriga. – você achava que ia ser fácil me jogar para escanteio e ficar com a sua amada? Me usar e jogar fora? Acontece que dessa vez você cometeu um erro e eu estou grávida.

- não pode ser. Eu sempre uso camisinha. – sentei na cama com as mãos na cabeça. – você me disse que tomava o anticoncepcional certinho.

- não na noite na balada. Você não usou. Estava com uma pressa absurda e a excitação de estar me comendo em um canto estudo em uma boate te fez não perder tempo para pegar e colocar a camisinha. Você sabe muito bem que não estou mentindo.  - não acredito. Acho que o meu destino não é com a Tina mesmo. É muita desgraça para um casal só passar. Eu não quero ter um filho agora tenho 21 anos, estou no auge da minha vida. Ainda mais com uma pessoa que eu não amo. A Bruna e legal, mas só também. Eu quero ter um filho um dia, mas com a Tina. Quero construir uma vida ao lado dela e não da Bruna. Virei de costas e dei um soco no sofá. Preciso pensar.

- que saber de uma coisa? Eu posso terminar com você sim. Não é por que você esta gravida de um filho meu que eu sou obrigado a ficar ou me casar com você. Os tempos mudaram. Não vai ser esse filho que você diz ser meu que vai me separar da minha Valentina. Eu quero o teste de gravidez na minha mão, e o teste de DNA quando essa criança nascer. E se for comprovado que esse filho é meu vou dar todo o meu amor e carinho pra ele, só pra ele e não para você.

-eu achei que você gostasse de mim.

- e eu gosto. Você é uma pessoa bacana. A gente ficou juntos por um tempo e só. Foi só isso. Um mês não significa que eu vou te amar para resto da minha vida. - Larguei-a chorando na sala e fui para a cozinha. Não estou acreditando nisso logo agora.

Valentina narrando.

A Rebeca foi para o quarto de hospedes desfazer as malas e o Felipe a acompanhou. Já eu fui para o quarto do Diego novamente e fiquei olhando as fotos de seu mural. Faz tanto tempo que não reparo nele que ate me assustei pela predominância de fotos minhas com ele e sozinha. Fotos que ele tirou de mim e eu nem sabia a da existência. Na maioria delas eu estava distraída em momentos aleatórios, com roupas e cenários aleatórios. Mas com um ângulo que deixava cada uma delas perfeita e de uma forma especial.

 Estava distraída olhando foto por foto quando a porta do quarto se abre com muita força se chocando com a parede. Assustei-me e virei de frente para a porta onde uma Bruna com muita raiva no olhar estava prestes a me atracar.

- já ficou sabendo da noticia não é?- Perguntei direta. – fico feliz da escolha dele.

- sua vadia ele terminou comigo por sua causa - ela pulou em cima de mim, caímos no chão ela por cima de mim me batendo e puxando meu cabelo. Eu rolei ficando por cima batendo sem dó em seu rosto, montada em sua barriga descontando cada angustia que ela me fez passar. Quando fui arrancada de cima dela pelo Diego. Eu me debatia inteira.

- VALENTINA PARA. ELA TA ESPEREANDO UM FILHO MEU - O QUE ELE DISSE? Parei de me mexer completamente em choque. Não é possível que isso esteja acontecendo logo agora. Quando finalmente íamos ter o nosso final feliz.

- não é possível – cai sentada no chão do quarto sem conseguir acreditar. Ele a colocou sentada a cama. Seu rosto estava completamente vermelho com pequenos pontos sangrando e parte do rosto e do colo ficando arroxeadas.

Virei-me ficando de costa pra eles e as lagrimas já teimavam em cair sem nenhum pedido de licença. Perdi completamente o rumo depois dessa.

- vou pegar o kit de primeiros socorros no banheiro se comportem. - não tinha notado mais a Rebeca e o Felipe estavam na porta do quarto assistindo tudo com caras muito assustadas. A Rebeca foi atrás o Diego e o Felipe vinha na minha direção quando fiz sinal negativo e ele recuou e saindo do meu campo de visão. O problema e que a Bruna também ouviu, ate agora ela estava se contorcendo de dor, ou melhor, dizendo fingindo, fazendo teatro para as outras pessoas. 

Levantou-se e grudou no meu cabelo me arrastando ate o corredor ate eu conseguir me virar, ter algum tipo de equilíbrio e a mínima chance de acerta-la em qualquer lugar, eu estávamos no topo da escada, a única coisa que me mantinha parcialmente em pé era a Bruna que fez toda a questão de me soltar. Perdi totalmente o equilíbrio e cai para trás, rolei a escada inteira e quando cheguei ao fim da escada senti uma forte dor, insuportável, no estomago e um liquido saindo de minhas pernas.

Eu já não estava enxergando absolutamente nada, mas ouvi algumas coisas, que ao poucos foi ficando distante, havia varias outras vozes mais não consegui identificar, ate que não ouvi nada. Apenas sentia que estava nos braços de alguém supus que fosse o Diego mais não sabia identificar. Logo a dor sessou assim como as sensações.


A amizade foi só o começoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora