Capitulo quinze - Piloto automático.

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Na terça-feira voltei ao shopping para comprar um vestido novo. Afinal não posso usar o mesmo vestido que outra pessoa. Não quis pegar o vestido antes do dia da festa, sim estou com medo de ser plagiada novamente. Deixei na loja e volto para pegar apenas no dia da festa. 

Na quarta-feira o dia dos testes para a nova cena eu sai da faculdade e fui almoçar com meus pais. Nesses dois dias eu não troquei uma palavra com o Diego, estou ate começando a achar que ele desistiu de tentar fazer dar certo entre nos dois.

Estava perdida em pensamentos quando vejo um rosto familiar entre os candidatos e procurei seu currículo na pilha. Felipe Barbosa, 23 anos, formado em artes cênicas pela Juiliard¹ e meu mais novo vizinho. Pedi para que se aproximasse e comecei as perguntas.

 - porque você quer trabalhar em um filme pornô com esse currículo?

- por que e sempre gostei de filmes pornôs pela arte que ele expressa e a formação é mais coisa dos meus pais.

- você tem noção de que vai decepcionar muito seus pais, ainda mais com esse currículo?

- plena consciência. E eles não precisam ficar sabendo. - fiquei olhando para ele.

- ok então pode se despir. - ele tirou a roupa e começou a desfilar. Eu estava precisando de um baldinho para a baba, o abdominal completamente definido, de cabelo preto e olhos verdes.

-quantos centímetros duro?

- 18 cm

- Tempo que consegue manter uma ereção?

- cerca de uma hora.

- obrigada. Entramos em contato caso seja escolhido.

E assim seguiu a entrevistas. Com diversos caras.  Os testes acabaram por volta das 18h. Fiquei mais um tempo com o diretor escolhendo quatro pessoas para o papel, e o Felipe estava nesse meio.

- diretor por que escolhemos quatro pessoas para o papel, se vamos precisar de apenas um?

-primeiro: tem os exames se um não passar já tem o outro; segundo: não é só esse filme que estamos precisando de casting e terceiro: a desenvoltura com a atriz na hora da filmagem.

- Entendi. Estou liberada?  - ele assentiu.

***

 No dia seguinte.

- Val.

- oi Diego tudo bem? Lembrou que eu existo? – ele nem teve chance de responder, pois a chiclete Bruna estava colada nele novamente.

- oi Tina, tudo bem? Sumiu desde o começo da semana nem te vi aqui na Faculdade. –ai que vontade matar essa vagabunda.

- é, mas eu estava aqui todos esses dias.

- A então me desculpa, estava distraída com meu novo namorado. É isso mesmo que esta pensando eu e o Diego estamos namorando oficialmente agora. – quem eu mato primeiro ele ou ela? – ei, essa blusa não é do Diego?

- É sim. Ele deve ter deixado na ultima vez que esteve lá. Sai apressada de casa peguei a primeira que eu vi. - a Bruna deu o sorriso mais cínico do mundo e puxou o Diego para algum canto. Mais logo ele voltou.

- Val me desculpa mais eu vou precisar da blusa a Bruna disse que esta com frio e como essa blusa é minha...

- virou pau mandado agora? Se ela estivesse com frio tinha trazido blusa.

-ela esqueceu.

-sei, finjo que eu acredito. Ela só quer porque esta comigo. E alias esse não era o nosso trato.

- trato que trato?  - Bruna intrometida me cortou.

- nada que te interessa assunto meu e do Diego. Né Diego?

- é sim, não se preocupe minha ruivinha. Val, a Blusa.

- aqui esta. –tirei e joguei na cara da Bruna. – aproveita e queima. Você nem sabia que estava comigo se eu não tivesse vindo com ela hoje. –sai batendo os pés e bufando.  Minha ruivinha? Mato ele. Acabei por não me sentir muito bem, mas tentei ficar na faculdade ate o intervalo da aula. Mas a sensação de mal estar não me deixou em paz e decidi ir para casa. Me cuidar um pouco.  Encontrei o Felipe no elevador.

- oi vizinho.

- oi vizinha, alias como é o teu nome, agente pornô?

- Valentina. Mais quando eu estou na agencia me transformo na baby Buller.

-pera. Você é a Baby Buller? Mas você não é loira. Sou completamente louco nos seus filmes. Já foram tantas homenagens...

- não que eu não goste da exposição, mas você sabe como é Brasil né? Não ia ter paz usando minha verdadeira cara a tapa. E eu agradeço, eu acho, as suas homenagens. Em fim. Já recebeu a ligação da agencia?

- eu passei no teste?

- com louvor.

Chegamos ao nosso andar. Eu estava quase entrando em casa quando ele me chama.

- que almoçar comigo? Assim podemos nos conhecer melhor. Afinal somos vizinhos e possivelmente atuaremos juntos.

- claro. Restaurante?

- Assim você me ofende. Sou um ótimo chefe de cozinha - sorri fechei a porta e fui para o apê dele.

-bom saber. Por que eu não lá essas coisas na cozinha. – ele preparou um macarrão ao molho branco delicioso. Que espantou o meu mal estar para bem longe. Só sai da casa dele depois de deixar a cozinha em ordem e conversarmos muito.

Eu só fui para casa tomar banho e vestir o "uniforme" para cena. Hoje é dia de externa. Vamos gravar em um motel no centro da cidade. Sai de casa com um, sobretudo, afinal seria impossível sair de casa o maiô todo transparente que a cena pede. A cena de hoje vou gravar com o léo.

***

- 3...2...1...AÇÃO.

Eu estava próxima à banheira sensualizando, e assim foi ate estar completamente nua. Peguei um consolo que estava apoiado na banheira e comecei a chupar seduzindo a câmera sem vergonha, medo ou amarras. Recoloquei na borda da banheira e fui sentando devagar. Fiquei assim durante alguns minutos me divertindo sozinha.

- devia ter me ligado meu amor. Vinha correndo satisfazer as vontades da minha mulher.

-então vem agora meu maridinho lindo. To cheia de tesão. Louca para ter minha bucetinha esfolada por você.

Ele se aproximou de mim ainda tirando a roupa, eu o ajudei liberando seu pau. Ele pegou no meu cabelo ditando o ritmo do vai e vem. Fazendo-me engolir todo o seu pau. Subi para a sua boa o beijando e fiquei de quatro para ele me comer gostoso. Ele montou em mim e com movimentos ágeis estava me comendo muito fundo. Essa posição é ótima para uma penetração mais intensa. Trocamos de posição onde eu ficava por cima cavalgando e ele chupando meus seios.

Não sei o motivo, mas, gravei a cena toda no piloto automático. Não consegui me concentrar no ato em si. A minha sorte é ter muita experiência. Por meu corpo estava ali, minha cabeça não.



[1] Maior escola de artes dos EUA


AVISOS


Me desculpem pelos quinze dia sem postagem. Eu estava com dengue e não tinha como escrever. Esse capitulo esta curto, mas amanha já tem a continuação. Ficou curto devido a acontecimentos que eu tive que contar o capitulo no meio.

Em fim, quero agradecer a todas (os) que estão lendo, comentando e dando estrelinhas. Isso me ajuda muito e eu amo quando vocês comentam. Assim eu tenho um feedback e tenho como avaliar se estão gostando ou não do rumo da historia.

Beijos e obrigada novamente.


A amizade foi só o começoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora