Capítulo 17- Oldtown

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Depois de um dia inteiro e mais uma parte da noite pesquisando, lendo e anotando qualquer informação sobre Dorne, nós vamos finalmente descansar e relaxar, Daeron está nos levando para conhecer os prazeres de VilaVelha, mais cedo enviamos um carta ao meu avô, com nosso sumiço ele poderia pensar que algo aconteceu ou que Dorne agiu, então preferimos avisar que estamos com o meu tio e que vamos ajudá-lo, porque não conseguiríamos ficar paradas, enquanto todos faziam algo pelo Reino.
Tenho certeza de que ele não gostará nada de nossa desobediência, ele havia dito que não enviaria ninguém e aqui estamos nós, o povo com certeza deve pensar que estamos aqui por ordens dele, para se caso decidam atacar a cidade, nós vamos poder protegê-los. Isso também é como uma mensagem a Dorne, que nós estamos preparados para qualquer ameaça.

Meu tio nos leva a uma praça bem próxima a torre, onde há músicos, dançarinos, muitas barracas com comidas, outras com vendas de coisas exóticas, muitas bebidas, vinhos e cervejas, que vinham de todos os cantos dos sete reinos.
— A maioria das noites são assim, eles querem festejar à vida. – Daeron parece animado com tudo aquilo, consigo entender o porquê de ele nunca ter retornado a Porto Real. Nós ficamos por ali mesmo, conversando, bebendo e dançando, até que o primeiro raio de sol perfurou as nuvens a leste, e os sinos matinais tocaram e ecoaram por toda a cidade, e ai retornamos para Torralta.

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— Rhaenys, Tyrosh iniciou o ataque às nossas frotas. – Me levanto no susto, eu estava relendo alguns tratados antigos entre as Cidades livres e Dorne, para tentar entender o que poderia ter causado tanta revolta da parte deles, além do óbvio. — Parece que eles não estão sozinhos, as frotas de Volantis também estavam se movimentando. O rei enviou nosso pai, Aemond e minha avó com extrema urgência. – Baela parece muito preocupada. Não é para menos, não imaginávamos que as frotas dobrariam o tamanho.
Tento tranquilizar minha irmã, digo que eles já estão acostumados com tudo isso, vão se sair bem, vão contornar qualquer dificuldade, mas a quem eu quero enganar? Se eu pudesse tirar a minha família de lá, não hesitaria.

Assim que isso foi anunciado, a cidade pareceu entrar em desespero, mesmo com toda a segurança que VilaVelha exibia, qualquer cidade tem um ponto fraco, e Jaime Martell não atacaria se não soubesse qual era o dessa, suas movimentações aceleraram durante a madrugada, seu pequeno exército estava a pelo menos um dia de viagem. O clima estava tenso na cidade, os meistres não pararam de trabalhar nem por um segundo, mas já não havia mais o que pesquisar, nós precisávamos agir.

— Vocês podem andar pela cidade se quiserem, não há mais o que fazer por enquanto. Mael disse que suas anotações estão sendo muito úteis, Rhaenys, ajudaram bastante com as pesquisas dos aprendizes. E Baela, você é uma ótima conciliadora, fez Goodwin e Alfador se entenderem e trabalharem juntos, isso é algo inédito aqui. Não poderíamos ter ajudantes melhores, obrigado por terem vindo. Aproveitem o dia de folga. – Agradecemos a ele e vamos em direção a saída.
— Irei até a torre da patrulha de VilaVelha, quer ir comigo? Tenho um amigo que quero rever. – Baela fala. Não estou muito afim, então digo que irei caminhar pela cidade, e para ela me encontrar no final do dia em frente a mesma praça de ontem.
Ela concorda e sai.

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Ando pelas ruas da cidade, paro em várias barracas de escrivões, há inúmeras histórias sobre a construção de VilaVelha, sobre como se estabeleceu a Cidadela e muito mais.
Avisto um livro, ele é o maior ali, em sua folha principal está escrito "Dorne e suas intrigas durante o reinado do Dragão", quando estou prestes a pegar, alguém o pega antes, o que me causa um susto, pois eu não o vi se aproximar.
— Droga, que susto. – Coloco a mão no peito.
— Ah... Perdão, senhorita, eu não queria assusta-la. – Me viro para ver quem é, e me deparo com um homem alto, com cabelos escuros na altura do queixo, ele é forte, parece até um guerreiro, ele está usando as cores da casa Hightower, suas feições são marcantes, como se ele fosse feito de vento, terra e sol, mas o que mais chama a minha atenção são os seus olhos, são como... são como ouro derretido, e eles estão levemente arregalados. — Quero dizer, perdão, princesa. – Ele se corrige e faz uma leve reverência, bem desajeitada, como se nunca tivesse feito isso antes.
— Não precisa fazer isso, está tudo bem. Eu que estava concentrada demais, que nem prestei atenção ao meu redor. – E novamente eu faço isso, mesmo quando essa falta de atenção quase custou minha vida, se Aemond estivesse aqui, com certeza levaria uma bronca. O homem pede desculpa de novo, paga ao vendedor e leva o livro. Logo depois retorno para a praça para encontrar Baela, e assim vamos para uma taverna encher a cara, enquanto ainda podemos.

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Boa tardeeeee🫶🏻
Vamos ter mais capítulos com pov do Aemond hein,
espero que estejam gostando.

Mais tarde deve ter mais um capítulo hein💃🏻

The Fate of House Targaryen - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora