Capítulo 46

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— Não é justo! Já estava olhando isso...

— Fui mais rápida e... – Ela expira. – Tanto faz quem pediu ou comprou alianças, só quero ser sua namorada... Minha cabeça está doendo, vou tentar dormir.

— Sim.

— O que?

— Aceito oficializar nosso namoro.

— Me abraça, estou mesmo com frio.

Manhã

— Que surpresa você aqui. – Letícia fala quando Luan abre a porta.

— Bom dia, chocolate! Cadê meus prin?

— Estão dormindo e não acho boa ideia os acordar.

— Vou pegar eles.

— Como a Keth está?

— A última vez que conferir estava sem febre e dormindo. Acho que a gripe piorou de ontem pra hoje, nariz entupiu e não dormiu quase nada, tosse sem fim, nariz começou escorrer, febre variou de 38° à 40°, calafrios, dores musculares, dores de cabeça e fadiga.

— Ela está tomando os remédios certos?

— Sim, anti-inflamatório, analgésico, pingou um trem no nariz.

— Ela devia tomar chá, apesar do sabor horrível é mais eficiente que esses remédios aí, pelo menos comigo.

— Como sempre te digo, deixa comigo que tô aqui e vou cuidar de tudo. – ele fala pegando um dos gêmeos e ri.

— O que foi?

— Com roupas iguais e olhos fechado não sei quem é quem.

— É o pai, devia os reconhecer. Esse é o Lucca e esse mais  bochechudo é o Gael. – Ela fala o pegando. - A Keth disse algo sobre gravar um comercial, confere com ela. Os levaria já que ela piorou, mas como está aí e marquei com o mozâo de passar o dia com ele.

— Deixa que cuido de tudo.

•••

— Beleza, obrigado! – Luan fala ao celular, estava adiando a gravação do comercial. – Vou pedi a minha equipe pra entrar em contato e resolver isso... Tchau.

— Não, não pode fazer isso! – Kethelen repreende o Lucca que mais uma vez pegou o brinquedo do irmão. – Tem um monte de brinquedos aqui, mas sempre vem pegar o que está com ele. Isso é feio, não pode!

— Gael é um bobão! – Luan fala sério. – Sempre deixa o Lucca fazer o que quer com ele, pegar os brinquedos, a chupeta, até o que ele come.

— Você têm que ser um pouco menos bondoso e carinhoso, porque seu irmão que é...

— Outro bobão que fica tirando proveito do irmão.

— Seu irmão que é espertinho tira vantagem da sua bondade. Não os chame de bobos.

— São dois bobões! – Luan senta no chão ao lado dos filhos. – Lucca, não pode fazer isso com seu irmão... Na verdade, com ninguém, é feio demais! Falta de educação e não estamos te ensinando isso. Gael, não pode deixar ninguém fazer isso com você, principalmente seu irmão! Ser generoso e carinhosos é bom, excelente, mas não pode deixar isso ser lerdeza e deixar usarem seus pontos positivos contra você mesmo. No mundo tem um monte de gente bobona que faz isso, não estou te criando pra ser capacho de ninguém.

— Sabe que eles não entenderam nada, certo? E que o Lucca não faz essas coisas por maldade.

— De tanto falar uma hora fará sentindo, entenderão assim como aprenderam a entender sim e não. E sei que não tem maldade, mas se não ensinar cresce tendo maldade.

— Posso ir deitar? Dar conta deles sozinho?

— Dei... – Luan ri ao ver o Gael indo até ela. – Antes, mama.

— Vem pacotinho de amor. – ela o pega no colo. – Espero que não peguem a gripe da mamãe.

— O outro também tá indo.

— Vem pacotinho de amor. – Lucca vai, mas não pra mama, apenas deita a cabeça na mãe a abraçando – Só quer carinho... Amor, pega remédio de dor de cabeça pra mim, por favor.

•••

— Está melhor? – Luan fala ao entrar no quarto com uma xícara de chá.

— Sim, muito melhor. – Kethelen fala sentando na cama.

— Toma, esse chá aqui é bom pra gripe.

— Odeio chá.

— Esse te fará bem, beba direitinho e amanhã há essa hora estará 100% bem.

— Chá milagroso?

— Não, mas como já estava tomando remédios e tudo mais, se tomar o chá direitinho ficará mesmo bem.

— E de onde tirou esse chá?

— A mamusca! Ela está aí e fez o chá.

— Mães sempre salvando. – ela bebe e faz careta. – Eca!

— O Gael deu cinco passos, acredita? – Luan fala sorrindo.

— Não, ele só tem 10 meses.

— Sim, mas você sabe que ele e o Lucca são adiantados, desde cedo os estimulamos a isso quando seguramos as mãos deles e os ajudamos, colocando brinquedos pra eles buscarem, conversando com eles, colocando pra andar em diferentes texturas do chão...

— Sua fonte é?

— Nossa pediatra! Liguei pra ela e me disse que bebês já podem começar a andar sozinho por volta dos 9 meses de idade, também é completamente normal que o bebê demore até os 18 meses para andar sem que isso seja nenhum motivo de preocupação.

— Ele andou mesmo?

— Andou, muié!

— Não acredito que perdi os primeiros passos do meu trenzinho por causa de uma gripe.

— Vai poder ver depois. – Luan beija a testa dela. – Coloquei uma caixinha de perguntas no perfil dos meninos, responde comigo? Não, não precisa aparecer só responder, só sua voz.

— Ok, mas não vamos responder coisas que revele nossa rotina ou qualquer outra coisa que facilite a vida de pessoas maldosas que talvez tenham pensamentos inadequados de maldade.

— Sei, isso é perigoso e não é bom ninguém revelar sua rotina em redes sociais. Me dá aqui. – ele pega a xícara. – Cadê sua aliança?

— Não peguei ontem.

— Pois trate de usar, pra quer comprou se não usará?

— Depois uso. Vamos começar?

— Uhum! – Luan escolhe uma das perguntas e começa gravar. – Qual é a comida que eles mais gostam de comer? O Lucca gosta de sopa. Pensa num bebê apaixonado por sopa? É ele!

— O Gael gosta de purê, tudo que é purê.

— Também são apaixonados por pão de queijo... Quem é mais bagunceiro? – Luan ri muito. – Lucca, isso disparado! Gael parece anjo perto dele.

— Ele é mais hiper ativo, curioso e sem medo nenhum de se machucar. O Gael tem medo, é arrisco e por isso não apronta tanto, só fica observando o irmão.

— Quem é o mais manhoso?

— Gael! Não é manhã, ele é mais sensível, carinhoso. – Kethelen responde e expira.

— Saúde! Mais inteligente?

— Lucca! Até mesmo por isso de ser mais curioso e aventureiro.

꧁ Notas da autora ༻꧂

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Os capítulos PODEM SER atualizados terça e quinta, isso depende de muita coisa, mas sempre esforçarei pra postar nesses dias.

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