Caos - Parte 2

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Uma semana depois...

- O verão já foi embora. Começou a nevar faz apenas dois dias, mas já estou irritado. É tudo tão chato, frio e... Branco. Sem cor nenhuma. - Pars reclama enquanto caminha pelo quarto. Ele para perto de um dos jarros de flores que mandaram para Ceylin nos últimos dias e ajeita uma flor que estava caindo.

- Sabia que é difícil lidar com o seu marido? Ele é chato demais, Ceylo! Desde o acidente ele não quer sair do seu lado. Tudo bem, eu entendo, mas nós também queremos ficar. Então hoje mais cedo, dei um chute em sua bunda e o mandei ir descansar e resolver o que tinha para resolver. - O promotor sorri de lado e olha para a amiga, suspirando em seguida.

Ceylin continuava desacordada. Os médicos queriam tirar ela do coma induzido, mas o inchaço em seu cérebro ainda não tinha sido totalmente reduzido.

Em uma semana aconteceu muita coisa. Todas as coisas de Ceylin que estavam na casa dos pais voltaram para a casa dela e de Ilgaz. Neva tinha contado que foi ela, e não Cüneyt, que deixou escapar sobre eles irem embora e os horários. Eles estavam em um restaurante e a juíza acabou soltando. Engin estava por perto e acabou ouvindo.

Depois de atirar em Kenan, Pars acabou sendo julgado no tribunal. Não perdeu a licença para ser promotor, mas ficaria afastado por alguns meses.

O tribunal estava um caos e a delegacia também. Apenas Derya e os outros promotores estavam se virando para atender todos os casos possíveis, já que Ilgaz e Pars estavam indisponíveis.

Eren estava de cabelo em pé, já que descobriram muitas coisas sobre Kenan, e ainda teria que compartilhar com Ilgaz.

- Sinto sua falta. - O promotor diz depois de uns minutos e senta na poltrona ao lado dela, segurando a mão da mesma. - Sinto falta das suas teimosias, das vezes em que você nos irritava com aquele deboche chato. Por favor, melhore logo. Nós precisamos de você aqui. Ilgaz precisa de você aqui! Sem você, ele não respira. Ele não tem forças para lutar sem você. - Ele completa e beija a mão da amiga.

- Derya e eu estamos um pouco distantes. Não culpo ela, mas também não me culpo! Tudo tem estado tão errado depois do acidente. Ninguém é mais o mesmo. Sinto que, talvez, não seja a hora de casar, sabe? Ou de noivar, não sei. Talvez Derya não seja a dona do meu coração e eu não seja o dono do coração dela. Ou talvez seja a pessoa certa, mas na hora errada. Acho que você me entenderia, já que tem sua pessoa certa na hora certa. - Ele sorri fraco e acaricia a mão dela.

- Droga, Ceylin! Eu realmente preciso da minha amiga de volta. - Ele diz novamente e respira fundo, sentindo seus olhos cheios de lágrimas. - Eu só tinha Neva como família, e do nada ganhei uma família enorme. Vocês se tornaram meus suportes, quando eu menos esperava e sou eternamente grato à todos vocês. Bom... Vou ficar calado agora e te deixar descansar. Sei que você deve estar se revirando aí na sua mente querendo me abraçar. Te entendo, eu também quero te abraçar. - Ele se inclina, beija a testa dela e deita a cabeça na cama, em seguida a abraça de lado e fecha os olhos.

(...) - Bom dia, promotor. - Umut diz assim que vê Ilgaz na delegacia.

- Bom dia. Onde está Eren? - Ilgaz pergunta e olha às horas no relógio. Não precisava mais da tipóia no braço, mas mesmo assim ainda o incomodava um pouco. Os arranhões estavam quase sumindo por completo e ele já estava bem, pelo menos fisicamente.

Tinha passado em casa apenas para tomar banho, trocar de roupa e colocar algumas roupas na mochila para poder voltar ao hospital. Não queria sair de perto de Ceylin e do bebê deles.

One Shots - YargiWhere stories live. Discover now