Ano Novo / 46

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Quebra de tempo

6 dias se passaram desde o natal, e chegou o ano novo.

- Ashtrayyyyy! - falo animada
- Hoje é ano novooo! Ai 'tô muito ansiosa! Você tem que ver a roupa que vou usar. É linda, e você vai usar qual?

- Qualquer uma. - ele diz

- Usa essa... - mostrei a camisa de botão com detalhes dourados, da Versace.

- Pode ser.

- Esse casaco também. Ai, você vai ficar lindo - elogio ele

Ele ri de canto e me aproximo do mesmo, sentando em seu colo.

- Eu te amo... - falo

- Eu também me amo - ele ri

- Idiota. Mas é sério, eu te amo, muito!

Ele acente com a cabeça e me levanto de seu colo.

- Vou na casa da Maddy, as meninas vão estar lá.

- Quer carona?

- Não precisa, vou caminhando. Beijos, te amo - falo e saio de casa

Ashtray

- Também te amo... - digo quando ela sai de casa

Eu não me lembro de como eu cheguei aqui, muito menos de como é a minha mãe. Fez me contou que a minha mãe me deixou como garantia até as 22:00 da noite.

- Ah, uma fofura esse filho da putinha. Uma história triste, a sem vergonha da mãe dele, me deu ele como garantia, ele é nosso até as 22:00 da noite.

Mas ela nunca voltou pra me buscar. Ele me contou que eu chorava com saudades da minha mãe. Não importava oque ele fizesse, eu não parava de chorar.

Fezco me contou como eu ganhei esse nome, ele 'tava conversando com a avó dele quando eu coloquei um dos cigarros descartados do cinzeiro da avó, na boca, enquanto eu banhava na jacuzzi improvisada, vulgo a pia da cozinha.

- Ah porra, oque que 'cê 'tá fazendo? Me dá aqui, deixa eu tirar. Não, não, não! Cospe, isso. - Ela falou e deu risada - Esse moleque, comendo a porra do cigarro. Agora você é um de nós ein, você 'tá achando que é um cinzeiro?!
- Ele 'tá curtindo a vida, nessa merda de jacuzzi improvisada.

Fezco sempre me levou pra conveniência, foi assim que fiquei com a parte de vender drogas nos fundos. Um dia, a avó dele meteu a porrada em um cara que 'tava devendo dinheiro pra ela, e nisso... o pé de cabra que ela 'tava usando pra espancar o cara, acabou pegando no Fez... ele passou quase 2 meses sem se lembrar de nada, ele ficou com medo de quem iria cuidar de mim. Ele nunca culpou a avó dele, e ela também nunca se desculpou. Mas ele sabia que ela se sentia mal.

Ele encontrou a avó no chão do banheiro, por motivos óbvios o Fez não quis ligar pra emergência, então levou ela de carro pro hospital... oque levou um tempão. Com certeza foi um erro, o próprio médico falou.

Quando se deu conta... ele tinha um negócio pra administrar, e um irmão menor pra cuidar. E por mais difícil que ele pensasse que a vida era, ela ficou ainda mais difícil e mais complicada. Porque quanto mais você sobe na vida, mais inimigos você tem.

Narradora

Ele imaginava como a vó dele iria lidar com alguém como Nate, mas ele não tinha mais a vó dele. Só o cinzeiro, o cinzeiro era o irmão dele. Ele amava o cinzeiro como um irmão... e quando acontecia alguma merda, ele ia pra guerra com o irmão.

Sora

Bati na porta da casa da Cassie e ela abriu.

- Oi - digo e abraço ela

𝑻𝒉𝒊𝒔 𝒊𝒔 𝑬𝒖𝒑𝒉𝒐𝒓𝒊𝒂 / 𝑨𝒔𝒉𝒕𝒓𝒂𝒚Where stories live. Discover now