Prólogo

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Londres, 14 de maio de 1814

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Londres, 14 de maio de 1814.

Mary não entendia muito bem porque a família inteira estava na cidade. Nem ela tampouco Natalie, com apenas quatorze e quinze anos, podiam ir a nenhum dos eventos sociais da elite londrina. Ela se imaginava dançando nos bailes e participando de saraus e até se divertia por alguns segundos, mas era entediante ficar presa dentro de Blackburn Hall quando todos os outros entravam e saíam quando bem entendiam.

Com as obrigações do pai na Câmara dos Lordes e da necessidade desenfreada de Valerie Blackburn em encontrar uma esposa para os filhos mais velhos, todos seguiam para Londres, inclusive a caçula, Elise, de apenas três anos, visto que a matriarca não conseguiria manter todos na linha se estivessem separados e, no fundo de seu ser, provavelmente, sentiria muita saudade das meninas deixando-as no campo, em Hampshire.

Ela havia escapado de fininho de sua preceptora e se encontrava escondida na biblioteca — um esconderijo um tanto óbvio para ela — e devorava as páginas de um romance publicado no ano anterior sob um pseudônimo, que conseguira graças ao olhar atento de Henry, seu irmão mais velho. Contava a história de cinco irmãs que necessitavam se casar e casar bem e, em especial, Elizabeth, que era, de certa forma, a mais interessante das irmãs. Ela se imaginava no lugar da senhorita Bennet. Como quatro anos demoravam a se passar!

— Achei que estaria aqui...

Mary deu um pulo e derrubou o livro, perdendo a página da leitura. Seus olhos ergueram-se em um misto de culpa e raiva, por ter sido flagrada ali quando devia estar com a preceptora.

— Que susto, Joshua! — ela se ouviu dizer.

— Avisei a senhora Anderson que você e Natalie se ausentariam comigo, sob ordens da condessa...

— Ora e onde iremos com tamanha ordem?

O irmão, que estava prestes a se graduar em Cambridge, compartilhava um olhar travesso.

— Para uma cavalgada no Hyde Park, o que me diz?

Mary se levantou rapidamente e guardou o livro com a página perdida. Ela certamente encontraria o capítulo em que havia parado em uma leitura posterior. Antes que o irmão desistisse, ela seguiu pelos corredores em busca de Natalie, que era apenas dez meses mais velha que a morena.

— Joshua perdeu os limites — os olhos verdes de Natalie brilhavam de empolgação.

Depois que as damas estavam devidamente equipadas em seus trajes de montaria, o lorde pediu que os criados preparassem três cavalos e não tardou para que os irmãos seguissem em direção ao parque.

Mary amava a equitação e gostava de cavalgar pelas sebes de Beaumont Abbey, a propriedade da família no campo. Era muito diferente cavalgar em Londres, entretanto, com tantos pedestres e distrações para observar.

Assim que chegaram ao parque, ela se sentiu mais livre. Hyde Park era como um pulmão verde em meio a caótica Londres. Seus instintos se acalmaram e ela chegou a imaginar que estava em casa. Alguns casais caminhavam pelo ambiente, seguidos de suas acompanhantes quando necessário. Joshua e Natalie estavam em uma discussão acirrada sobre os benefícios da sela lateral, mas tal assunto não interessava a Mary.

O Destino de Lady Mary | Irmãos Blackburn 4Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ