Capítulo 01

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Booa tarde gente, tudo bem com vcs!? Trago a nova fic pro mês de Outubro com o casal que todo vcs amam: Shikatema 😍 Espero que vcs gostem da fic e deixem bastante comentário em 😅 Boa leitura a todos e até o final ❤️

Capitulo 01

— Ei! Tenten! Quero sair daqui! — gritou Temari Sabaku. Não conseguia enxergar nada. Não dava para saber se suas amigas ainda estavam por perto. — Tenten? Eu mudei de idéia. Perdi a coragem. Não posso seguir em frente com o plano.
— Sim, você pode.

Não era a voz de Tenten, a doce e tímida criatura apaixonada por romances e novelas. Não. A voz tinha uma nota de cinismo e de autoridade. Era a voz inconfundível de uma outra amiga que também seria sua dama de honra.

— Oh, Hinata, por favor, tire-me daqui. Foi uma idéia bizarra. Pain não irá
gostar.
— Não irá gostar? O homem se consumirá em chamas quando a vir saindo do bolo praticamente nua. Se isso não acontecer, ao menos você não casará enganada. Antes descobrir hoje do que amanhã à noite quando já seria tarde demais. — Houve um breve silêncio. — Agora, trate de ficar quieta. Nós ainda temos de tirar os convidados dele da festa.

Temari suspirou. Conhecia Hinata. Nada do que dissesse iria comovê-la. Com Tenten, a história seria diferente. Tenten era sua melhor amiga desde criança. Ela a teria ajudado a sair daquela estrutura metálica coberta de massa de bolo e de glacê em um piscar de olhos. Mas enquanto Hinata e Ino, suas colegas de trabalho, estivessem por perto, Tenten não teria chance de libertá-la.
Temari ergueu os olhos para verificar se havia alguma brecha que indicasse a
tampa por onde ela poderia sair. Assustou-se ao perceber que o papelão que protegia a abertura estava cedendo sob o peso do glacê. Cogitou destruir o bolo e sair de uma forma ou de outra, mas o medo de ser flagrada por algum colunista e ir parar nas páginas do jornal a deteve.

— Oh, céus! — Temari murmurou. Estava dobrada em duas. Os joelhos
estavam firmemente apoiados sob seu queixo. Suas costas estavam coçando e
ela não podia se mexer. — Nunca imaginei que usassem glacê de verdade nesse tipo de bolo.

Ela já estava sendo colocada dentro do bolo quando Hinata lhe contou que
muitos homens ficavam tão excitados com a surpresa que muitas vezes lambiam o glacê que ficava no corpo de seu presente!
Temari engoliu em seco.

— Não será o caso de Pain — a doce e otimista Tenten se apressou a tranqüilizá-la. — Todas nós sabemos que ele não faria isso com você.
— Pois eu acho que Pain deveria lamber até a última gota — Ino retrucou.
— A menos que ele não goste de mulheres... Quero dizer, de doces!

Dentro do bolo, Temari sentiu o estômago dar uma reviravolta.

— Por favor, tirem-me daqui!
— Ora, por favor! — Hinata protestou. — Depois de todo trabalho que tivemos,
você resolve se acovardar no último momento?
— Sim! — Temari confessou. — Estou com tanto medo que serei capaz de
qualquer coisa para sair daqui!

Uma risadinha foi a prova de que sua súplica fora ouvida, mas ignorada. Temari mordeu o lábio. Como fora se meter em uma enrascada como aquela?
Examinou-se mais uma vez e sentiu um arrepio. O minúsculo biquíni vermelho de lantejoulas preso por um fio dental na parte de trás seria uma provocação extra. E também as sandálias de salto agulha da mesma cor.
Nunca sentira tanto frio em sua vida. A base de metal que servia de proteção
para ela e para o bolo parecia feita de gelo. Que maneira idiota de passar sua
última noite de solteira! De onde tirara aquela idéia?
No fundo, ela sabia a resposta. Fora aquela voz interior que a convencera a
testar Pain. Havia tempos ela a perseguia com uma pergunta: Por que Pain não tentara nem sequer uma vez tornar mais íntimo o relacionamento? Por que se restringira a beijos durante os seis meses de noivado?
E por que você está se casando com ele?, Temari viu-se perguntando a si
mesma.
Porque apesar de Pain não a ter seduzido fisicamente, ele a conquistara,
Temari respondeu. Nenhum outro homem correspondia com tanta perfeição a seu ideal. Eles gostavam das mesmas coisas. Tinham opiniões idênticas a respeito de tudo, desde política até sabores de sorvete. Jamais discutiram, muito menos brigaram. Depois de testemunhar tantas discussões entre seus pais, Pain passara a representar a oportunidade de paz para ela.
O relacionamento entre eles era firme e estável. Pain era tão perfeito que além
de ter sido seu único namorado, a defendera em sua escolha de emprego quando o pai insistiu que procurasse outro.
Os pais não se conformavam que ela trabalhasse em uma instituição que cuidava de jovens carentes e que ficava a quilômetros de distância de sua casa. Para eles era um absurdo que trocasse as reuniões no clube, os jogos de golfe e os passeios de iate por um bando de adolescentes revoltados.
Pain a compreendia e a consolava. Ele satisfazia suas necessidades emocionais
e intelectuais. Quanto ao aspecto físico... Por que ele não a tocava? Por que não a acariciava nem lhe sussurrava palavras sensuais ao ouvido?
Temari não era experiente em assuntos de sexo. Ao contrário. Mas tinha idade
suficiente para saber que pessoas apaixonadas o suficiente para quererem viver ao lado de outras tinham de sentir desejo por elas. E ela havia insinuado a Pain, mais de uma vez, que o queria.
Que Pain era um homem normal, ela sabia. Conhecia sua reputação dos tempos que freqüentava o escritório de seu pai. Ao menos até namorá-la, Pain trocava de mulher como trocava de camisa. Não era estranho, portanto, seu desinteresse atual pelo sexo?
Embalada por seu temperamento romântico, Temari havia planejado uma lua-de-mel idílica em um resort exclusivo para casais em Lake Tahoe. Vira um anúncio do local em uma revista especializada para noivas e elegera-o naquele instante.
Pretendia fazer uma surpresa para Pain. Tinha certeza de que ele iria gostar.
Quem, afinal, poderia preferir ficar em uma cabana em frente a um lago cedida
por um amigo a desfrutar de um paraíso de luxo e sensualidade?
A não ser que Pain não reagisse bem à idéia de esquecer as inibições e o
mundo exterior. Nesse caso, ela poderia dar meia-volta e terminar com a viagem de núpcias antes mesmo que o casamento começasse.
Temari zangou-se consigo mesma. Não devia dar asas à imaginação. Como
podia ter dúvidas sobre o homem com quem iria se casar? Mais do que isso.
Como pudera exagerar na bebida e desabafar com as amigas a esse respeito em seu próprio chá de cozinha?
Tenten ficara estupefata. Ino balançou a cabeça sem poder acreditar. E Hinata afirmou que ele devia ser gay.

Planos de Sedução Where stories live. Discover now