Capítulo 3

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Marcos

Eu sinto meu corpo pesado como se tivesse sido esmagado e tento abrir meus olhos porém a claridade me atinge em cheio e eu os fecho novamente abrindo devagar.

Estou em um quarto a maioria de madeira, tento sentar na cama e sinto uma dor no meu estômago e vejo um curativo, com um pouco de esforço consigo me sentar.

Começo a olhar pelos lados e vejo uma porta de vidro que tem uma vista para uma lagoa, sinto um leve cheiro de baunilha e inspiro profundamente para ver de onde vem, no entanto eu sinto um cheiro de vampiro junto e entro em alerta tento levantar da cama imediatamente, porém vou com tudo para o chão.

Pof

– O que aconteceu? _ Ouço uma voz doce perguntar e quando levanto minha cabeça para ver de onde vem a voz eu fico hipnotizado com o olhar dela.

Minha _ Meu lobo depois de anos calado se manifesta.

Encostada na porta vejo a miragem de um anjo, não sei quanto tempo passei encarando ela entretanto deixei de olhar quando o cheiro de vampiro com baunilha ficou mais forte então eu me esforço a levantar.

Encostada na porta vejo a miragem de um anjo, não sei quanto tempo passei encarando ela entretanto deixei de olhar quando o cheiro de vampiro com baunilha ficou mais forte então eu me esforço a levantar

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O cheiro de baunilha vem dela, lembro quando era mais novo e minha mãe fazia chá de baunilha, era o meu preferido, tínhamos uma plantação com ela especialmente porque eu gostava de cuidar delas.

Santa Selene me trouxe diretamente para minha companheira, acho que o destino finalmente está sorrindo para mim.

Aperto o curativo na minha barriga que está doendo e ela vem em minha direção ao mesmo tempo em que o cheiro de vampiro aumenta e é então que eu percebo que o cheiro vem dela.

Eu orei tanto a Deusa para que me ajudasse, me salvasse do cativeiro, pedi uma chance de ser livre e poder encontrar minha companheira e ela deve estar rindo da minha cara.

– NÃO _ Grito quando ela tenta me tocar e dou um passo para trás pegando o abajur que estava ao lado e rumando nela e ele acerta o chão se despedaçando.

Com tantas criaturas no mundo que ela poderia escolher, logo uma da mesma espécie que ajudou a me torturar, eu só posso ser uma piada de mal gosto para Deusa.

O destino estava sorrindo mais foi para minha cara de imbecil que achei que finalmente fosse ter minha chance de ser feliz.

Sinto minha respiração ficar irregular e acho que vou ter uma síncope a qualquer momento, ela tenta vim em minha direção porém eu a paro.

– Não chegue perto _ falo querendo sair correndo, com um prato de sopa na mão ela continua vindo em minha direção.

– Se eu não chegar perto quem vai trocar o seu curativo, você se machucou e ela ainda não está curando direito, se eu quisesse você morto já estaria não gastaria meu tempo cuidando de você agora decida aceitar minha ajuda de livre escolha ou não? _ Fala me fuzilando com os olhos.

– Você não pode me obrigar a ficar aqui.

– Realmente não posso, Todavia posso cuidar dos seus ferimentos com você desacordado aí se você quiser ir embora será uma escolha sua, porém não vou deixar sair daqui indefeso _ Fala colocando a sopa em cima da mesa e indo em direção a uma porta.

– É sopa de carne como você é um lobo achei que gostaria de algo com mais nutrientes do que apenas legumes, e não esqueça se eu quisesse morto teria te matado quando encontrei você desacordado. _ Disse isso voltando para o quarto.

– Você só vai comer a sopa quando terminar o banho então vamos antes que esfrie eu ainda preciso trocar o seu curativo, O banheiro fica atrás da porta que eu saí, aproveite que eu já deixei seu banho preparado.

Fui em direção a porta que ela sai e o banheiro é enorme com uma banheira ao lado, duas pias de frente e um chuveiro ao fundo.

A banheira já está cheia, tiro a minha cueca que é a única coisa que eu tenho no corpo e entro a água está morna e relaxa meu corpo assim que entro completamente demoro um pouco aproveitando e depois de uns 15 minutos termino meu banho

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A banheira já está cheia, tiro a minha cueca que é a única coisa que eu tenho no corpo e entro a água está morna e relaxa meu corpo assim que entro completamente demoro um pouco aproveitando e depois de uns 15 minutos termino meu banho.

Tem uma toalha ao lado e uma roupa que coube perfeitamente em mim, quando saio do banheiro os cacos do abajur não estavam mais la e ela está sentada na cama com um kit de primeiros socorros e bateu a mão do seu lado, e levantou as sobrancelhas olhando como se perguntasse se vai sentar ou não.

Então eu sentei do lado dela, realmente se me quisesse morto já estaria, ela não se daria o trabalho de fazer um curativo e preparar uma sopa pra mim, quanto tempo faz desde que alguém cuidou de mim.

– Porque? _ Pergunto enquanto ela começa a trocar o curativo.

– Não entendi sua pergunta seja específico, porque se a pergunta é porque estou ajudando você já sabe a resposta.

– Porque você não me olha com nojo ou medo quando olha para o meu rosto? Perguntei me referindo a cicatriz que os vampiros me deixaram no rosto abaixo dos meus olhos.

Todos do antigo laboratório subterrâneo  me olhavam assim.

– Porque eu sentiria qualquer uma dessas coisas olhando pra você, a cicatriz é a prova de que a vida é uma merda coisas ruins acontece com todos, ela apenas mostra que é um sobrevivente jamais ache o contrário, agora coma vai fazer você se curar mais rápido _ Falou colocando a tigela de sopa na minha mão, eu nem percebi que ela tinha terminado.

– Obrigado por me ajudar. _ Minha mãe sempre me ensinou a agradecer as pessoas quando elas nos ajudam.

– Faria qualquer coisa por você.

Começo a comer a sopa e ela é deliciosa e ela ainda está morna

– Como ainda está quente? _ perguntei a ela

– Estava fervendo antes, Temos visitas.

Plinnnnnnnnnn.

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