Fadada a carregar uma herança de família após uma tragédia, Agnes Howe é uma bruxa da qual teve que se adaptar ao Reino do Sonhar para escapar de um destino cruel.
Convivendo com diferentes seres místicos, incluindo o Sonho dos Perpétuos, a jovem a...
Notas (iniciais) da autora:Hey pessoal, como estão?
Primeiramente, eu quero agradecer pela atenção que vocês estão dando na fanfic, já temos mais de 1K de visualizações! Sério, isso aquece o coração.
Em comemoração, temos a galeria e alguns trechos que coloquei no capítulo do elenco, se vocês puderem (e quiserem) dar uma olhadinha, fiquem a vontade.
Boa leitura!
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Andando em fila única, as três Howe andavam cada vez mais para dentro do local do ritual escondidas sob a capa. Em silêncio, para que não fossem encontradas, Rebecca liderava o caminho com o coração acelerado e com receio, que não desse para chegar a tempo.
— Chegamos — murmurou baixinho, vendo que tudo estava limpo e olhou para Agnes — Prepare tudo, começaremos o quanto antes. Darei as últimas instruções para Beatrice.
Agnes assentiu e foi para o centro da campina, carregando a cesta com os cristais e as velas, preparando o círculo onde sua irmã deitaria para assumir seu lugar na família.
Sendo um local já marcado pelos rituais anteriores de sua mãe, a garota sabia exatamente onde tinha que ir, fora que, sentia a magia de agitar dentro de si, como se soubesse que seria utilizada muito em breve.
Ou Lorde Morpheus estava se preparando do outro lado, e o Sonhar sabia do ritual.
A Howe mais velha cantarolava enquanto ajustava as posições dos cristais, quando ouviu um barulho estranho e ao olhar para onde a irmã e sua mãe estavam, pôde ver uma iluminação de tochas de fogo que não vinha de nenhuma das duas.
Aldeões.
Levantando-se alarmada, Agnes andou até sua mãe e irmã com cautela, notando que uma discussão acalorada ocorria entre as duas e o povo de Union.
Sentindo a magia agitar dentro de si, e mesmo tendo prometido a sua mãe que não usaria seus poderes exceto em uma situação de vida ou morte, Agnes sabia que não poderia impedir o que estava vindo, o que borbulhava dentro de si suplicando para ser libertado.
Ela era uma bruxa, não podia segurar por muito tempo os seus poderes, e ela não queria conter.
Mas a Howe logo sentiu-se petrificar no lugar quando viu dois forcados atravessarem Beatrice no meio.
Um grito de horror soou no ar e Rebecca pôde ver a filha mais velha observando a cena, o que acabou também atraindo a atenção dos aldeões, e a mais velha não precisou falar mais nada quando olhou para a filha.
Corra.
Agnes olhou uma última vez para a sua mãe e o corpo de sua irmã no chão, sentindo as lágrimas escorrendo por sua bochecha. Rebecca apenas olhou para a filha, um último olhar antes de conjurar uma magia profunda em meio a um grito do qual a cercou com fogo.
— BRUXA!
— MATEM-A!
Rebecca olhou para os homens com raiva, com o corpo de sua filha mais nova em seus pés e a mais velha longe de si, pronta para fugir ao seu destino.
— Vocês querem uma bruxa? Então terão a pior que podem imaginar.
Agnes observou a mãe explodir em chamas enquanto gritava, incendiando os homens e o corpo de Beatrice junto ao seu.
As pernas da garota tremeram e quase cederam, mas quando sua mente se lembrou da última ordem de sua mãe, seu corpo automaticamente, ou a magia dentro de si, correu para o lado oposto da campina recolhendo os seus pertences.
Sentindo os pés machucarem, assim como outros galhos que lhe arranhavam devido a velocidade da corrida, Agnes pode ouvir que alguns homens estavam atrás de si, gritando insultos e principalmente, para pegarem a bruxa.
Ela.
Queriam pegar Agnes.
Ela era a bruxa.
E eles iriam queimá-la.
Chegando na beira de um pequeno precipício, Agnes observou o rio e sabia o quão gelada estavam suas águas, além do perigo que havia naquele lugar onde não se atingia o fundo.
Mas ela preferia morrer como bruxa na água, do que deixar Union queimá-la.
E jogando-se na água enquanto segurava o colar em seu pescoço, Agnes pediu que alguém a ajudasse, rogou por proteção e suplicou por vingança.
Ela precisava de ajuda, e pedia por isso desesperadamente enquanto segurava seu colar.
Talvez, só talvez, ele pudesse ajudá-la como sempre lhe falaram.
E com o último sopro de fôlego que lhe restava, ela murmurou:
— Morpheus.
Seu corpo começava a afundar, sua visão foi ficando turva e pouco a pouco, a água adentrou seu corpo.
Até que tudo escureceu.
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Sentado em seu trono, Morpheus pode sentir que o Sonhar havia estremecido além de seus portões, e rapidamente, desceu as escadas saindo da sala.
— Senhor — Lucienne se curvou — O Sonhar inteiro tremeu, e os livros caíram das prateleiras. O grimório da família Howe, ele surgiu na mesa.
— Está acontecendo.
Os dois notaram que Jessamy voava desesperadamente até Morpheus, e parando em seu ombro, o corvo não escondeu a aflição.
— Milorde, houve abalos em todo o Sonhar. E além dos portões, eu vi alguém caída na praia. Era a Agnes, senhor.
Os olhos de Morpheus se arregalaram minimamente, embora o ato não houvesse passado despercebido para Lucienne. Sem dizer mais nada, o Lorde dos Sonhos saiu em direção aonde o corvo havia dito.
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A primeira coisa que Morpheus notou quando viu Agnes foram os machucados em seu rosto, e o quanto ela parecia serena mesmo desmaiada.
— Então… aconteceu? — Lucienne questionou.
— Creio que sim.
— E ela está machucada. Milorde, isso significa que ela a partir de agora…
Morpheus acolheu Agnes em seu colo, passando pela bibliotecária como se a bruxa em seus braços pesasse nenhuma grama.
— Deixaremos as suposições para depois, Lucienne. No momento, prepare um aposento no castelo e os cuidados necessários para cuidar dos machucados de Agnes — o Perpétuo fitou a garota em seus braços — O reino tem uma nova moradora.
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Notas da autora:O Sonhar tem uma nova moradora! Socorro que depois desse capítulo estou passando mal!
Me digam o que estão achando, quero saber de tudo, incluindo teorias.
