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Finney estava em total silêncio andando ao lado de Arellano,o Blake não era de falar muito e o clima estava agradável daquele jeito.

─ Chegamos! ─ Robin parou enfrente a uma casa de dois andares no fim da rua.

Nela havia duas bandeiras na janela, uma mexicana e outra americana. Robin passou na frente abrindo a porta de madeira antiga.

─ Madre  Cheguei. ─ falou alto.
(Mãe)

─ Demorou hoje hijo ─ uma mulher alta de cabelos escuros apareceu com um avental vermelho ─ ¿Quien es su amigo?

Finney ficou envergonhado, sua vontade foi abrir a porta e sair correndo.

─ Esse é o Finn, Finn essa é a minha mãe. ─ Apresentou ─ Ele veio me ajudar com as atividades de matemática!

─ Oh, claro... vou deixar vocês a vontade. Siéntete como en casa Finn  ─ falou e voltou para a cozinha
(Sinta-se em casa)

Finney fingiu entender o que a mulher disse para não ficar feio para ele mas a verdade é que ele não entendeu uma só palavra.

─ Vem, vamos para o meu quarto.  ─ Robin o chamou subindo as escadas.

No corredor havia vários retratos e fotos de Robin criança, ele era fofo...pensou Finney.

Pararam na frente de uma porta com vários posters de filmes e bandas de rock e uma placa bem grande em vermelha "não entre". Finn achou engraçado já que se em seu quarto tivesse uma dessa seu pai iria arrancar no mesmo minuto.

Robin deu espaço para Finney entrar, o quarto era incrível. Tinha outros posters nas paredes a cor era um beje mais para cinza, na parede esquerda estava um guarda roupa de madeira antiga de duas portas com um espelho na porta direita. Na parede de frente para porta havia uma cama de casal estilo antiga com um lençol camuflado do exército. E o que mais chamou atenção de Finney foi uma coleção de bandanas em uma escrivaninha ao lado da cama.

─ Entra, fica a vontade ─ Falou fechando a porta.

Finney ficou parado olhando ao redor ainda com vergonha de se mover. Quando criou coragem de dar um passo ele se sentou na cama tirando sua bolsa.

─ em o que exatamente você precisa de ajuda? ─ Ele tirou um caderno de matemática de dentro da bolsa.

─ Em tudo...─ Robin falou arrancando um sorriso genuíno de Finney.

Finney resolveu explicar algumas coisas básicas para Robin que ele ainda não sabia, segundo ele, no México era um pouco diferente e lá ele já não era bom, quando chegou em Denver, tudo foi por água abaixo. Finn passou duas questões sobre o que ele havia explicado para ver se o Arellano entendeu. Robin estava sentado na escrivaninha e Finney na cama.

O mexicano estava concentrado tentando fazer a conta, enquanto isso Finney o analisava por completo. Robin tinha cabelos até os ombros, liso e preto, estava usando uma bandana vermelha e por isso havia uma falha em sua coleção da escrivaninha. Por conta da sua aparência no início muitos o chamavam de "boneca" ou "princesa" mas pararam depois que ele arrancou todos os dentes do primeiro brincalhão que o colocou o apelido. Ele realmente tinha uma aparência angelical e Finney tinha que admitir, impossível imaginar que aquele garoto era o mais temido da escola.

─ Finn! ─ O chamou alto

Ele já estava o chamando a um bom tempo e Finney estava em seu mundinho pensando sobre Robin.

─ Desculpa, eu estava pensando...─ Se desculpou se levantando e ficou do lado Robin.

Pegou o caderno e analisou cada questão fazendo a conta mentalmente.

─ Bom... você errou uma, a outra o resultado está certo mas a conta em si parece que você se confundiu um pouco! ─ analisou novamente

─ O que importa não é o resultado? ─ perguntou parecendo entediado

─ Sim, mas a conta também é relevante Robin.

Percebeu que era a primeira vez que ele falava o nome do garoto e riu com ele mesmo.

─ Bom, vou explicar de novo! ─ Falou e se aproximou se inclinando na mesa para poder escrever.

Agora foi a vez de Robin observar Finney Shaw Blake. O mexicano valentão não costumava olhar a aparência das pessoas e não se dava o trabalho de ligar para isso mas os cabelos castanhos quase loiros de Finney eram encantadores, os olhos brilhantes enquanto explicava as covinhas em seu sorriso a cada risada genuína e envergonhada. Robin não havia notado isso a alguns segundos atrás mas agora parecia que tudo estava mais radiante diante de seus olhos.

─ entendeu Robin? ─ perguntou

─ O que? Ah, sim entendi ─ na verdade ele não havia ouvido nada que o garoto tinha dito.

A porta foi aberta e a mãe de Robin estava com uma bandeja em mãos.

─ Meninos, trouxe um lanchinho!

─ Mãe! Bate na porta... ─ Robin se levantou na hora

─ Desculpa mi amor, eu sempre esqueço...─ deixou a bandeja na escrivaninha e saiu

Robin pareceu envergonhado afinal estava na fase "não preciso de dengo mãe, já sou homem" mas não resistiu ao ver os biscoitos de maisena em cima da bandeja.

─ Coma, são os melhores. ─ ofereceu a Finn que recusou por educação

Robin não deixaria Finney sair de sua casa sem provar os biscoitos de maisena da sua mãe, pegou um e colocou na mão de Finney praticamente a força.

─ É ritual de passagem, não sai daqui sem comer o biscoito. ─ Robin disse e se sentou na cadeira de forma despojada.

─ Tudo bem, eu como... ─ ele estava com fome mesmo.

Mordeu e na hora sentiu um sabor que nunca havia sentido antes, Gwen costuma dizer que quando algo é feito com carinho, costuma ser mais gostoso. Finney ficou imaginando o carinho que a senhora Arellano colocou em seus biscoitos.

Finney olhou para o relógio de ponteiro perto da janela e se assustou, começou a guardar suas coisas rapidamente.

─ Droga, já é tarde tenho que ir! ─ colocou a bolsa nas costas.

─ Calma eu vou com você. ─ Robin se levantou batendo as mãos para sair os farelos.

Desceram as escadas rapidamente.

─ Finney querido, já vai embora!? Fique para o jantar ─ A mulher apareceu novamente

─ Eu sinto muito, hoje eu não posso senhora Arellano... Falei para o meu pai que estaria em casa a duas horas atrás. ─ Falou

─ Bem, marque outro dia então você é sempre bem vindo! ─ Falou e sorriu para ele.

Finney saiu da casa de Robin e começou a andar rápido, o mexicano o seguia em silêncio. Quando chegaram Finney se virou para ele tão rápido que o corpo de ambos se chocaram um contra o outro e eles caíram.

─ Desculpa! ─ Finney pediu enquanto ria

Robin soltou uma gargalhada gostosa e alta. Aqueceu o coração de Finn por alguns segundos que estendeu a mão para ajudar o mais novo amigo.

─ Obrigado pela ajuda. ─ Robin falou

─ De nada, foi legal ajudar tenho que ir... ─ Finney falou e Robin esticou sua mão para um aperto que saiu desajeitado.

Finn entrou em casa e Robin seguiu para a sua.

» continue? ˎˊ˗ ࿐°

𝐂𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨-𝐑𝐢𝐧𝐧𝐞𝐲Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon