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Era madrugada, o vento frio batia contra o corpo descoberto de Robin que se sentou coçando os olhos, sua boca estava seca. Molhou levemente com os lábios mas sabia que era de sede. Olhou para o lado e Finn dormia longe dele, estava completamente enrolado nas cobertas. Se levantou um pouco envergonhado e com medo de Finney acordar. Foi em direção a cozinha quando chegou  abriu um armário delicadamente na expectativa de achar um copo mas lá estavam cereais, continuou abrindo outros armários mas nada dos copos.

Estava quase desistindo quando ouviu uma voz familiar perto de si.

─ O que está fazendo? ─ Finn estava parado enfrente a porta com o cabelo completamente bagunçado e com uma cara de sono impagável.

─ E-eu estava procurando um copo para tomar água! ─ Robin falou e Finn sorriu de lado

O garoto de aproximou de Robin o suficiente para sentir a respiração do mexicano, Arellano sentiu todo seu corpo desmanchar em vergonha, para a surpresa dele, Finn desviou o olhar para baixo e abriu uma porta embaixo da pia, se abaixou levemente e tirou dois copos de vidro.

─ Aqui... ─ falou e entregou um para Robin que ficou parado incrédulo

─ Malditos americanos, ¿quién guarda vasos debajo del fregadero? ─ disse irritado. (Quem guarda copos embaixo da pia?)

Finn sorriu e pegou a água na geladeira enchendo ambos dos copos. Tomou o seu em um gole e ficou olhando para Robin. O mexicano engoliu seco ao notar que Finn o encarava.

─ O que foi? ─ perguntou colocando o copo na mesa.

─ Nada, eu vou voltar para a sala ─ disse se virando

Robin sentiu uma adrenalina correr por todo seu corpo. Se aproximou de Finn:

─ Espera... ─ o segurou pelo braço de uma forma nada delicada.

Finney parou parou de andar e se virou tão rápido que sua cabeça girou por dentro, sentiu seu peito apertar...estava com medo do passo a seguir e Robin estava na mesma.

─ Eu quero fazer uma coisa... Disculpame ─ Finn o olhou confuso.

Robin se aproximou de Finn tanto que o garoto sentiu o hálito fresco de Arellano, sem pensar duas vezes Robin beijou a bochecha de Finn Finney , algo que poderia ser banal para alguns mas para os dois...foi uma mistura de sensações.

─ Me desculpa...eu, eu vou ir dormir! ─ Robin falou se virando

Finn ficou alguns segundos parado segurando onde o beijo foi dado. Começou a se culpar por não ter dito nada naquele exato momento mas ele estava tão perdido que poderia até ter se esquecido como se falava. Aquilo era errado? E se era por que ele se sentiu tão bem?
Ele tinha tantas perguntas mas nenhuma resposta.
Voltou para a sala e se deitou ao lado de Robin, poderia sentir que o garoto ao seu lado estava acordado mas fingia dormir.

Seu pai sempre o dizia que dois homens são dois homens e nunca poderiam passar disso, mas o que diabos ele estava pensando? Gwen acreditava em deus, Finn tinha suas dúvidas mas se gostar de um garoto é pecado por que deus o permitiu sentir borboletas no estômago ao receber um beijo na bochecha. Isso claramente era maldade da parte dele.

Também começou a cogitar que isso tudo foi um surto e que o açúcar acabou com seus neurônios.

Já Robin, esperto o suficiente para saber que amou aquilo mas que não queria perder a amizade de Finn, não pelas notas, que de danem as notas mas sim pela companhia do garoto de cabelos castanhos. Mas o que estava acontecendo com o maior valentão da escola?

» continue? ˎˊ˗ ࿐°

Desculpem pela demora :(

{Pessoal peço consideração, eles são crianças então cada experiência é nova para eles. Só que passou ou está passando pelo início da puberdade sabe como é cada gesto amoroso por alguém. Quero passar essa sensação para vocês, não achem que está tudo mt demorado, eu como autora acho que está tudo indo no tempo certo} :)

𝐂𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨-𝐑𝐢𝐧𝐧𝐞𝐲Where stories live. Discover now